Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Escola Secundária Rodrigues de Freitas (Antigo Liceu D. Manuel II)
Designação
DesignaçãoEscola Secundária Rodrigues de Freitas (Antigo Liceu D. Manuel II)
Outras Designações / PesquisasLiceu Rodrigues de Freitas / Liceu D. Manuel II / Escola Secundária Rodrigues de Freitas (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / Tipologia /
Tipologia
Categoria
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaPorto/Porto/Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
- -Porto Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
DistritoPorto
ConcelhoPorto
FreguesiaCedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória
Proteção
Situação ActualProcedimento caducado - sem protecção legal
Categoria de ProtecçãoNão aplicável
CronologiaProcedimento caducado nos termos do artigo 78.º do Decreto-Lei n.º 309/2009, DR, 1.ª série, N.º 206 de 23-10-2009 (ver Diploma)
Despacho n.º 67/GP/05 de 21-07-2005 do presidente do IPPAR
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12707538
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaA designação actual da Escola Secundária Rodrigues de Freitas substitui a do anterior Liceu D. Manuel II (que herdou o arquivo do antigo Liceu Central do Porto), cuja denominação teve origem em sessão do Conselho Escolar de 27 de Junho de1908, num momento específico de expansão da rede escolar secundário-liceal portuense, até ao momento em que, em 1910, o advento republicano imprimiu o nome do destacado político Rodrigues de Freitas como seu patrono, prevalecente até 1947, ano em que o Liceu retomou a designação anterior (NÓVOA, A., SANTA-CLARA, A. T., 2003, pp. 660-661), espelhando, no fundo, os diversos momentos de reforma do ensino enunciados por diferentes gabinetes ministeriais e regimes ao longo de mais de um século e meio de existência.
Na verdade, o Liceu esteve instalado em prédios arrendados ou cedidos, até 1932, ainda que, já em 1818, se ponderasse a possibilidade de mandar erguer um edifício especialmente concebido para o efeito, conhecendo-se, então, um longo período de apreciação do risco então apresentado, e de avaliação dos possíveis terrenos para sua construção, finalmente concretizada junto à Igreja de Cedofeita, entre 1927 e 1932, sito na Praça de Pedro Nunes.
Traçado pelo conhecido arquitecto José Marques da Silva (1869-1947), que viveu em Paris, entre 1889 e 1896, depois de ter cursado na Academia de Belas-artes do Porto, e antes de ter obtido vários prémios de reconhecimento internacional, designadamente no âmbito das Exposições Universais de Paris (1900) e do Rio de Janeiro (1908), o projecto foi concluído quando ainda assumia as funções de director da Escola de Belas-artes do Porto, acrescentando, deste modo, uma indiscutível maior valia à proposta então executada.
Herdeira de uma longa e fecunda tradição pedagógica desenvolvida e implementada na cidade do Porto desde meados do século XIX, onde leccionaram individualidades de referência do panorama cultural da cidade - dentre os quais os destacados historiador da Arte Joaquim de Vasconcellos (1849-1936) e o antropólogo e arqueólogo António Augusto Esteves Mendes Corrêa (1888-?) -, formando gerações sucessivas de novos intelectuais (mas não só), a "Escola Secundária Rodrigues de Freitas" notabiliza-se de igual modo pelo edifício que a alberga desde os primeiros anos da década de trinta do século passado (vide supra), constituindo, na verdade, a principal linha de força da proposta de classificação, sobretudo por se tratar de uma obra de referência desse expoente da arquitectura portuense da primeira metade da centúria que foi, sem dúvida, J. Marques da Silva (vide supra).
Trata-se, na verdade, de um nome indissociável da História da cidade do Porto deste período cronológico, revelando-se um dos exemplos maiores do panorama artístico da urbe, assim como da vitalidade dos círculos académicos da área, então ainda sob forte influência francesa (bem patente, por exemplo, nos enormes janelões rasgados nos alçados principais), características bem presentes noutras três obras da sua lavra: o Teatro Nacional São João, a Estação de São Bento e a própria Casa de Serralves.
[AMartins]
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens2
Nº de Bibliografias9

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Liceus de Portugal. Histórias. Arquivos. Memórias.NÓVOA, AntónioEdição2003Porto
Liceus de Portugal. Histórias. Arquivos. Memórias.SANTA-CLARA, Ana TeresaEdição2003Porto
"Escola Secundária Rodrigues de Freitas", Liceus de Portugal. Histórias. Arquivos. Memórias.CORREIA, Luís GrossoEdição2003Portopp. 599-685
"A minha «Estrada de Santiago» nos campos da Etnografia: do Liceu Central do Porto ao Museu Etnológico de Lisboa", O TripeiroCHAVES, LuísEdição1970Portosérie 6, ano 10, n.º 12, pp. 358-361
"O Liceu Nacional Central do Porto. Palavras Prévias", O TripeiroLIMA, Augusto César Pires deEdição2003Portosérie 5, ano 11, n.º 9, pp. 272-280
"O Liceu do Porto há meio século", O TripeiroCORREIA, António Augusto MendesEdição1946Portosérie 5, ano 2, n.º 6, pp. 121-123
"O velho Liceu de Rodrigues de Freitas", O TripeiroBESSA, CarlosEdição1988Portosérie: nova, ano 7, n.º 4, pp. 104-108
"Acerca do velho liceu do Porto", O TripeiroMATOS, Júlio de Melo eEdição1947Portosérie 5, ano 2, n.º 10, p. 226
"Casas por onde peregrinou o Liceu do Porto até possuir edifícios próprios", O TripeiroEdição1953Portosérie 5, ano 9, n.º 3, p. 68
Arquitectura Moderna Portuguesa 1920-1970. Um Património a Conhecer e SalvaguardarObra

IMAGENS

Escola Secundária Rodrigues de Freitas (Antigo Liceu D. Manuel II)

Escola Secundária Rodrigues de Freitas (Antigo Liceu D. Manuel II) - Vista parcial e envolvente

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