Lagar de Azeite do Pinhalzinho, na Quinta do Pinhalzinho | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Lagar de Azeite do Pinhalzinho, na Quinta do Pinhalzinho | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Lagar de Azeite do Pinhalzinho / Lagar de Azeite da Quinta do Pinhalzinho (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | / | ||||||||||||
Tipologia | |||||||||||||
Categoria | |||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Setúbal/Seixal/Seixal, Arrentela e Aldeia de Paio Pires | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Setúbal | ||||||||||||
Concelho | Seixal | ||||||||||||
Freguesia | Seixal, Arrentela e Aldeia de Paio Pires | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IM - Interesse Municipal | ||||||||||||
Cronologia | Edital 06/2001 de 27-04-2001 da AM do Seixal Deliberação de 27-04-2001da AM do Seixal a aprovar a classificação como de IM Deliberação n.º 271/2001 de 4-04-2001 a aprovar a classificação como de IM Em 12-10-2000 foi dado conhecimento do despacho à CM do Seixal Despacho de concordância de 20-09-2000 do vice-presidente do IPPAR, com o consequente arquivamento do procedimento de classificação de âmbito nacional Proposta de 19-09-2000 do Departamento de Estudos do IPPAR para a não atribuição de uma classificação de âmbito nacional Em 14-07-1999 a CM do Seixal enviou nova documentação para instrução do processo de classificação Proposta de classificação de 22-03-1999 da CM do Seixal | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 181504 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Imóvel O Lagar de Azeite do Pinhalzinho, situado numa quinta com o mesmo nome, encontra-se no perímetro urbano da Aldeia de Paio Pires. O imóvel insere-se hoje na propriedade da empresa de "Transportes Gama, S.A." que instalou, no espaço da antiga quinta, desde 1992, garagem, escritórios e serviços de apoio. Contudo, na envolvente direta do imóvel, subsistem vários exemplares do olival da antiga propriedade que deram origem à construção deste lagar segundo os processos tradicionais. O edifício apresenta uma volumetria paralelepipédica e estrutura de paredes autoportantes em alvenaria de adobe e argamassa de cal, rebocada e pintada. Os vãos, emoldurados a cantaria, contêm arcos de ressalva, em tijolo maciço, sobre as vergas. A cobertura é de duas águas com estrutura em asnas de madeira e revestimento em telha-vã cerâmica, do tipo Marselha, com beirados em telha de meia-cana. Em termos de organização espacial, o lagar conserva as suas caraterísticas funcionais, organizando-se em dois espaços essenciais: o de laboração, de piso único, acolhendo a casa das tulhas, lagar e inferno e o espaço residencial, destinado ao proprietário ou arrendatário do engenho, de dois andares compartimentados em várias dependências e localizado num dos extremos do conjunto. No interior do imóvel, podemos encontrar também in situ , o equipamento principal de fabrico de azeite, que se enquadra nos processos de produção tradicionais: um moinho de três galgas cilíndricas, em granito, acionado por meio de tração animal, utilizado na trituração e moenda da azeitona e uma prensa de duas colunas e parafuso central em ferro, associada a sarilho (através do qual se procedia ao aperto), onde a massa da azeitona, depois de devidamente enseirada e encastelada, era prensada e espremida, extraindo-se o azeite. No mesmo espaço existe ainda uma estrutura, construída em tijolo cerâmico, com duas tarefas para decantação do azeite, fornalha e chaminé, estrutura parcialmente reconstruída aquando da última intervenção de reabilitação do imóvel, realizada pelo proprietário, entre 2008 e 2009. Permanece no lagar o vasilhame metálico para onde o azeite era vertido depois de depurado, bem como diversos utensílios de medida, entre outros objetos associados a esta atividade, também eles intervencionados pelo proprietário. Do imóvel fazem parte outros compartimentos, como a abegoaria e dormitório (casa dos bois), e a casa do bagaço (adaptada a casa de habitação). História Não se conhece a data de fundação da quinta - denominada Quinta de Vale de Abelha e Quinta do Pinhalzinho - onde se insere este equipamento agrícola. O edifício, construído para albergar inicialmente um lagar de vinho do qual ainda subsistem alguns vestígios, deverá remontar ao século XIX, atendendo ao seu sistema construtivo, materiais da construção, morfologia das edificações e tipologia de equipamento. Na sequência de venda da propriedade, o lagar de vinho terá sido deslocado para outro local, adaptando-se então o imóvel a lagar de azeite. Em 1926, o lagar de azeite foi comprado a Pedro António Monteiro Barros, por José de Sousa e Maria do Rosário, tendo transitado para o seu filho, José de Sousa e família, que o manteve em atividade até 1956. De facto, foi sobretudo a partir da memória oral que se conseguiu efetuar a leitura e a interpretação do espaço de laboração do lagar, bem como de outros espaços associados e complementares àquela função. O espaço foi recuperado em 2009 pela empresa "Transportes Gama, S.A", encontrando-se aberto esporadicamente, para visitas. Maria Ramalho/DGPC/2016 com a colaboração de Fátima Afonso, Jorge Raposo, João Paulo Santos e Ana Luísa Duarte/Divisão de Património Histórico e Museus da C.M. Seixal. | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 26 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 7 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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"Ecomuseu municipal do Seixal. Das realizações aos problemas actuais, na perspectiva do desenvolvimento local", VII Encontro Nacional Museologia e Autarquias, pp.73-95 | FILIPE, Graça | Edição | 1998 | Seixal | |
História do Concelho do Seixal: I - Cronologia. | NABAIS, António | Edição | 1981 | Seixal | |
Retalhos da minha terra: monografia do Concelho do Seixal. | REBELO, Manuel d'Oliveira | Edição | 1959 | Seixal | |
INVENTÁRIO e estudo do património industrial do concelho do Seixal: lagares de azeite | Edição | 2001 | Seixal | ||
Lagares de azeite : entre a ruralidade e a industrialização | Edição | 1992 | Seixal | ||
Agricultura e espaços rurais no Concelho do Seixal. | Edição | 1992 | Seixal | ||
Lagar de azeite da Quinta do Pinhalzinho | Edição | 1995 |
Lagar de Azeite do Pinhalzinho - Vista geral
Lagar de Azeite do Pinhalzinho - Vista geral do edifício habitado
Lagar de Azeite do Pinhalzinho - Fachada voltada ao rio: painel de azulejos com inscrição e data
Lagar de Azeite do Pinhalzinho - Vista geral do conjunto edificado
Lagar de Azeite do Pinhalzinho - Pátio interno (zona habitada)
Lagar de Azeite do Pinhalzinho - Dependências adossadas à estrutura original
Lagar de Azeite do Pinhalzinho - Interior: prensa de duas colunas e parafuso axial
Lagar de Azeite do Pinhalzinho - Interior: moinho de galgas e eixo central
Lagar da Quinta do Pinhalzinho em Paio Pires (Transportes Gama, SA) - Pormenor da prensa para massa de azeitona, tendo, à direita da imagem, o respetivo sarilho. João P. Santos, 2015.
Lagar da Quinta do Pinhalzinho em Paio Pires (Transportes Gama, SA) - Aspeto interior da área oficinal de produção de azeite, com moinho de galgas e vasilhame. Jorge Raposo, 2015.
Lagar da Quinta do Pinhalzinho em Paio Pires (Transportes Gama, SA) - Aspeto do interior salientando-se o moinho de três galgas cilíndricas em granito. Jorge Raposo, 2015.
Lagar da Quinta do Pinhalzinho em Paio Pires (Transportes Gama, SA) - Perspetiva interior de ligação à área oficinal de produção de azeite. Jorge Raposo, 2015.
Lagar da Quinta do Pinhalzinho em Paio Pires (Transportes Gama, SA) - Perspetiva interior de ligação entre a casa das tulhas e a área de produção de azeite. Jorge Raposo, 2015.
Lagar da Quinta do Pinhalzinho em Paio Pires (Transportes Gama, SA) - Aspeto interior, com pormenor de vasilhame de recolha de azeite junto a painel interpretativo do lagar. Jorge Raposo, 2015.
Lagar da Quinta do Pinhalzinho em Paio Pires (Transportes Gama, SA) - Aspeto exterior do lagar de azeite e da zona residencial a partir da via pública. Jorge Raposo, 2015.
Lagar da Quinta do Pinhalzinho em Paio Pires (Transportes Gama, SA) - Perspetiva interior da casa das tulhas. Ao fundo, na parede, a concavidade onde encastrava a vara e lagariça do antigo lagar de vinho. Jorge Raposo, 2015.
Lagar da Quinta do Pinhalzinho em Paio Pires (Transportes Gama, SA) - Área interior de ligação entre o moinho de galgas e a casa das tulhas. Jorge Raposo, 2015.
Lagar da Quinta do Pinhalzinho em Paio Pires (Transportes Gama, SA) - Perspetiva interior da área de decantação de azeite e de prensagem da massa de azeitona. Jorge Raposo, 2015.
Lagar da Quinta do Pinhalzinho em Paio Pires (Transportes Gama, SA) - Aspeto exterior do lagar de azeite e da zona residencial a partir da Quinta do Pinhalzinho. Jorge Raposo, 2015.
Lagar da Quinta do Pinhalzinho em Paio Pires (Transportes Gama, SA) - Pormenor dos tijolos de adobe utilizados na construção do imóvel. João P. Santos, 2015.
Lagar da Quinta do Pinhalzinho em Paio Pires (Transportes Gama, SA) - Pormenor dos tijolos de construção dos panos de parede. João P. Santos, 2015.
Lagar da Quinta do Pinhalzinho em Paio Pires (Transportes Gama, SA) - Aspeto exterior e acesso ao lagar de azeite. Jorge Raposo, 2015.
Lagar da Quinta do Pinhalzinho em Paio Pires (Transportes Gama, SA) - 2015.
Lagar da Quinta do Pinhalzinho em Paio Pires (Transportes Gama, SA) - Aspeto exterior do lagar de azeite e da zona residencial, a partir da via pública. Jorge Raposo, 2015.
Lagar da Quinta do Pinhalzinho em Paio Pires (Transportes Gama, SA) - Perspetiva dos objetos expostos e dos materiais de construção à vista, na área de ligação entre a área de produção de azeite e a casa das tulhas. João P. Santos, 2015.
Lagar da Quinta do Pinhalzinho em Paio Pires (Transportes Gama, SA) - Aspeto interior, pormenor da prensa para massa de azeitona, tendo, à direita da imagem, o respetivo sarilho. Jorge Raposo, 2015.