Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Igreja de Nossa Senhora da Conceição
Designação
DesignaçãoIgreja de Nossa Senhora da Conceição
Outras Designações / PesquisasIgreja de Nossa Senhora da Conceição (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Religiosa / Igreja
TipologiaIgreja
CategoriaArquitectura Religiosa
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaLeiria/Peniche/Atouguia da Baleia
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Largo de Nossa Senhora da ConceiçãoAtouguia da Baleia Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
39.336512-9.325332
DistritoLeiria
ConcelhoPeniche
FreguesiaAtouguia da Baleia
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDecreto n.º 44 452, DG, I Série, n.º 152, de 5-07-1962 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12699926
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaDez anos depois de D. João IV ter consagrado o reino de Portugal a Nossa Senhora da Conceição, a vila de Atouguia seguiu esta directiva, declarando Nossa Senhora sua protectora, por decreto de 1656. Contudo, só muito mais tarde se edificou a igreja dedicada à padroeira do reino e da vila, ou seja, já no reinado de D. Pedro II, após a ocorrência de um milagre, em 1693, relacionado com uma imagem muito antiga de Nossa Senhora da Conceição.
Com o apoio da rainha D. Maria Sofia de Neuburgo, e a expensas da Misericórdia local, as obras da igreja que deveria albergar a referida imagem, iniciaram-se logo no ano seguinte, estando concluídas em 1698 (TAVARES, 1908).
De planta rectangular, a igreja apresenta uma nave única abobadada e uma capela-mor, a que se adossa a sacristia e a sala de reuniões. A fachada principal é ladeada por duas torres sineiras, cupuladas, ligadas por arcaria de três vãos que antecede o portal e as três janelas do coro. Nos alçados laterais encontramos mais cinco vãos em cada arcaria, rasgando-se, no registo seguinte, as janelas que iluminam a nave.
Embora se desconheça o arquitecto do templo, este tem vindo a ser integrado no conjunto de obras atribuídas a João Antunes, "(...) figura máxima que rasga o caminho para a introdução tardia dos modelos do Barroco Internacional na arquitectura portuguesa (...)" (SERRÃO, 2003, p. 155). De facto, o edifício reúne um conjunto de características que nos habituámos a encontrar noutras obras do arquitecto de D. Pedro II, nomeadamente a conjugação e recriação de tradições construtivas de épocas anteriores, aqui bem vincadas na galilé da fachada principal, que emprega um modelo sebástico evocativo da igreja de Santa Maria da Graça de Setúbal ou de São Pedro de Peniche (HORTA CORREIA, 1991). Também as duas torres da fachada testemunham a tradição militar patente na igreja de São João Baptista de Angra, embora as cúpulas bolbosas de Nossa Senhora da Conceição sejam "(...) suficientemente esclarecedoras sobre o diverso sentido da cenografia que o artista propunha" (SERRÃO, 2003, p. 163).
Por outro lado, e se na fachada e alçados laterais o contraste entre a pedra e as paredes em cal branca é fortíssimo, o ritmo e o dinamismo associados à sinuosidade das linhas, que este recurso possibilita, transforma a igreja numa enorme massa cenográfica. Contrastes esses que se evidenciam no interior do templo, cujas linhas de puro classicismo e tonalidade rósea dos mármores empregues (PEREIRA, 1986, p. 50) se opõem às massas exteriores mais pesadas e estáticas. O retábulo-mor, de embutidos marmóreos finos, muito semelhante a tantos outros riscados por João Antunes, traduz o esforço e a intenção de superação do gosto da talha, no sentido da busca pela modernização dos espaços.
(Rosário Carvalho)
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens0
Nº de Bibliografias5

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
"A Arquitectura - Maneirismo e «estilo chão»", História da Arte em Portugal - O ManeirismoCORREIA, José Eduardo HortaEdição1986LisboaVol. 7 Local de Edição - Lisboa
"Resistências e aceitação do espaço barroco: a arquitectura religiosa e civil", História da Arte em Portugal, vol. 8PEREIRA, José FernandesEdição1986LisboaVolume 8
O BarrocoSERRÃO, VítorEdição2003Lisboa
Duas palavras acerca dum monumento esquecidoTAVARES, Pe. José Nunes FerreiraEdição1908
Inventário Artístico de Portugal - Aveiro, Beja, Coimbra, Évora, Leiria, Portalegre, Porto e SantarémSEQUEIRA, Gustavo de MatosEdição2000LisboaAcademia Nacional de Belas Artes 3 CD ROM Tipo : Multimédia - CD Rom

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