Anta da Lameira do Fojo 1 | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Anta da Lameira do Fojo 1 | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Anta da Lameira do Fojo 1 (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arqueologia / Anta | ||||||||||||
Tipologia | Anta | ||||||||||||
Categoria | Arqueologia | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Viseu/Viseu/Coutos de Viseu | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Viseu | ||||||||||||
Concelho | Viseu | ||||||||||||
Freguesia | Coutos de Viseu | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 26-A/92, DR, I Série-B, n.º 126, de 1-06-1992 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Sítio | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9914630 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Em termos meramente morfológicos, os sepulcros megalíticos da Beira Alta têm sido divididos, regra geral, em três grandes grupos: monumentos com câmaras simples sem corredor; dólmens de câmara, em regra, poligonal, e corredor bem diferenciado (curto ou longo) e, por fim, dólmens de câmara subtrapezoidal ou poligonal, de corredor mais ou menos indiferenciado (JORGE, S. O., 1990, pp. 134-135). E, na verdade, o arqueosítio em epígrafe - "Anta nº 1 da Lameira do Fojo" - integrar-se-á no segundo grupo, pois, para além da câmara de planta poligonal, com quase quatro metros de diâmetro máximo e de dois de altura, ostenta um longo corredor com cerca de sete metros de comprimento, tendo sido erguido entre os finais do IV-inícios do III milénio a. C., coincidindo, portanto, com o entendimento genérico de Neolítico final (ou Neo-calcolítico) desta região do actual território português, ainda que alguns exemplares tenham sido reutilizados até ao II milénio. Apesar desta tendência generalizada, a sua morfologia poderá ter coexistido com outras formas, não resultando, propriamente, de um processo evolutivo tout court, decorrendo, pelo contrário, "[...] de uma diferenciação social emergente no seio de comunidades ainda de raiz igualitária; e, neste sentido, o interesse do estudo do megalitismo poderá ser o de ter fossilizado, sob a forma de uma arquitectura da terra e da pedra, um processo capital de evolução estrutural da sociedade." (Ibid.).
Quando, no final dos anos noventa do século XX se procedeu à avaliação do estado de conservação dos monumentos megalíticos identificados até então na região viseense, constatou-se que a câmara deste exemplar se encontrava bastante destruída, conservando tão somente quatro dos esteios que a comporiam na origem, certamente na sequência das múltiplas fainas agrícolas conduzidas no local ao longo dos tempos, bem como da busca de "tesouros encantados", por parte das gentes locais, que sempre entenderam estas estruturas como produto da presença moura no actual território português, um tema, aliás, assaz recorrente no nosso imaginário popular, ainda que não a ele circunscrito. Além disso, não podemos esquecer o facto de que, destituídos da sua função e sentido originais, muitos destes testemunhos pétreos foram retirados do seu local de origem a fim de integrarem outras realidades, mais consentâneas aos desejos e necessidades contemporâneos, como seriam os muros de delimitação de propriedades, bem como zonas estruturantes de algumas residências particulares. Não obstante, estamos perante um dolmen (ou "anta", como são, a par de outras designações, mais vulgarmente conhecidos na região) razoavelmente bem conservado, encontrando-se dois dos esteios da câmara ainda levantados e um inclinado para o seu interior, mantendo-se de igual modo os sete in situ erguidos de ambos os lados do corredor, três dos quais apresentam pinturas, onde aparecem dois antropomorfos, como identificadas foram também algumas figurações nos esteios remanescentes da câmara. Como seria de esperar de um exemplar destas dimensões, o dolmen ostenta uma mamôa - tumulus - de considerável diâmetro, apresentando-se razoavelmente conservada, conquanto, em 1989, se registassem crateras por onde terão tentado, em tempo incerto, aceder aos materiais que pudessem nele encerrar-se, e que muitos acreditariam serem realizados em materiais nobres, depois de ter sido parcialmente destruída pela abertura de um caminho no seu perímetro. [AMartins] | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 0 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 7 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Roteiro arqueológico do concelho de Viseu | VAZ, João Luís da Inês | Edição | 1987 | Viseu | |
Roteiro Arqueológico da Região de Turismo Dão Lafões | VAZ, João Luís da Inês | Edição | 1994 | Viseu | p. 206 |
"Monumentos pré-históricos do Concelho de Viseu", O Arqueólogo Português | GIRÃO, Aristides de Amorim | Edição | 1924 | Lisboa | 1.ª série, vol. 26, pp. 282-288 |
"Características Predominantes do Grupo Dolménico da Beira Baixa", Ethnos | MOITA, Irisalva Nóbrega | Edição | 1966 | Lisboa | n.º 5, pp. 189-277 |
"A consolidação do sistema agro-pastoril", Nova História de Portugal | JORGE, Susana de Oliveira | Edição | 1990 | Lisboa | pp. 102-162 |
"A Mamoa 1 da Lameira do Fojo", Estudos Pré-Históricos | CARVALHO, Pedro Manuel Sobral de | Edição | 1995 | Viseu | n.º 3, pp. 213-221 |
Roteiro Arqueológico da Região de Turismo Dão Lafões | PEDRO, Ivone dos Santos da Silva | Edição | 1994 | Viseu | p. 206 |
Roteiro Arqueológico da Região de Turismo Dão Lafões | ADOLFO, Jorge | Edição | 1994 | Viseu | p. 206 |
"Painted megalithic art in western Iberia", Actas do 3ª Congresso Nacional de Arqueologia | SHEE, Elizabeth | Edição | 1974 | Porto | 1, p. 105-123 |
"A Mamoa 1 da Lameira do Fojo", Estudos Pré-Históricos | GOMES, Luís Filipe Coutinho | Edição | 1995 | Viseu | n.º 3, pp. 213-221 |
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