Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Igreja da Misericórdia
Designação
DesignaçãoIgreja da Misericórdia
Outras Designações / PesquisasIgreja da Misericórdia da Covilhã / Igreja da Santa Casa da Misericórdia da Covilhã (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Religiosa / Igreja
TipologiaIgreja
CategoriaArquitectura Religiosa
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaCastelo Branco/Covilhã/Covilhã e Canhoso
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Praça do Município (antiga Praça do Pelourinho)Covilhã Número de Polícia:
Rua do Visconde da CoriscadaCovilhã Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
40.280632-7.503526
DistritoCastelo Branco
ConcelhoCovilhã
FreguesiaCovilhã e Canhoso
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDecreto n.º 67/97, DR, I Série-B, n.º 301, de 31-12-1997 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO22051577
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaSituada no amplo largo da Praça do Município, a igreja da Misericórdia da Covilhã foi alvo, no final do século XIX e no decorrer da centúria de Novecentos, de várias tentativas de destruição, com o objectivo de criar uma nova e mais ampla praça, ou de alargar a Rua Visconde da Coriscada. Os cidadãos e a "Associação de Defesa do Património local" nunca permitiram a demolição do templo, que foi classificado como Imóvel de Interesse Público, em 1997.
Na realidade, a igreja da Misericórdia reveste-se de especial importância no contexto da história local, por testemunhar as diferentes campanhas arquitectónicas e decorativas que foram actualizando o templo, desde o final do século XVI até à década de 40 do século XX. Por outro lado, a própria Irmandade da Misericórdia, com sede nesta igreja, faz convergir sobre si própria todo um passado de tradição assistencial, que remonta ao século XIII. Assim, há notícia da existência de uma Irmandade de Nossa Senhora da Alâmpada, em 1213, cujos bens foram transferidos para a posse da Misericórdia, aquando da sua instituição (SIMÕES, 1999, p. 35).
De acordo com o Compromisso de 1680, a Irmandade teve início em 1577, mas estudos recentes vieram revelar documentação anterior, da primeira metade de Quinhentos, onde se refere já a existência da Misericórdia (SIMÕES, 1999, p. 38).
A igreja foi edificada no final do século XVI, com as obras a prolongarem-se, muito possivelmente, até c. de 1601, data inscrita no portal lateral. Nesta medida, a arquitectura revela o gosto chão que lhe deu origem, bem visível na depuração arquitectónica e decorativa de todo o edifício. À excepção dos portais, onde se pode observar um compromisso entre um maneirismo vinculado aos ideais contrareformistas, e por isso mesmo, chão, e uma linguagem proto-barroca, eclética e de grande efeito cenográfico no portal lateral. De facto, este pórtico tira partido da utilização de pilastras alteadas, com capitéis de ordem compósita, que enquadram o vão rectangular com frontão de volutas interrompido, a que se sobrepõem duas janelas de sacada, geminadas, unidas por coroamento único, com moldura e frontão triangular. A escada de acesso ao coro, situa-se ainda neste alçado.
Por sua vez, o portal principal é ladeado por pilastras, sobre as quais se apoiam as figuras da Esperança e da Caridade, complementadas pela imagem escultórica da Fé presente no acrotério, numa iconografia representativa das Virtudes Teologais, que percorrem a fachada num esquema triangular. As armas de Portugal encontram-se sobre o frontão da janela do coro, e o nicho aberto neste eixo central acolhe a imagem de Senhora da Misericórdia, esta última uma réplica actual (SIMÕES, 1999, p. 45).
O interior apresenta capela-mor mais baixa e de menores dimensões, com retábulo de talha de estilo nacional, e pintura maneirista nas paredes laterais. Os altares laterais conheceram algumas alterações ao nível da invocação, e as imagens que se encontram nos retábulos são relativamente recentes, remontando, tal como as pinturas do tecto e do arco cruzeiro, e outras intervenções de menor monta, à campanha concluída em 1946 (SIMÕES, 1999, p. 46).
Rosário Carvalho
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens7
Nº de Bibliografias1

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Santa Casa da Misericórdia da Covilhã - cibos para a sua históriaSIMÕES, MaurícioEdição1999Covilhã

IMAGENS

Igreja da Misericórdia da Covilhã - Fachada principal

Igreja da Misericórdia da Covilhã - Fachada lateral esquerda: vista parcial e torre sineira

Igreja da Misericórdia da Covilhã - Vista geral

Igreja da Misericórdia da Covilhã - Fachada lateral esquerda: portal

Igreja da Misericórdia da Covilhã - Fachada principal

Igreja da Misericórdia da Covilhã - Torre sineira

Igreja da Misericórdia da Covilhã - Fachada principal: portal

MAPA

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