Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Igreja de Santa Marinha de Arcozelo
Designação
DesignaçãoIgreja de Santa Marinha de Arcozelo
Outras Designações / PesquisasIgreja Paroquial de Arcozelo / Igreja de Santa Marinha (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Religiosa / Igreja
TipologiaIgreja
CategoriaArquitectura Religiosa
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaViana do Castelo/Ponte de Lima/Arcozelo
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
EN 306 e caminho municipal 1240- Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
41.79182-8.592127
DistritoViana do Castelo
ConcelhoPonte de Lima
FreguesiaArcozelo
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDecreto n.º 47 984, DG, I Série, n.º 233, de 6-10-1967 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12707538
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaOs mais antigos vestígios arquitectónicos da igreja matriz de Arcozelo datam do final da época românica, altura em que se deve ter levantado o templo (ou, em alternativa, refeito um anteriormente existente, que alguns autores supõem recuar ao século XII, altura em que teria sido doado por D. Afonso Henriques à Sé de Tuy). Sucessivas remodelações, em diferentes alturas da história do edifício, conferiram-lhe um aspecto muito diferente do que teve na Idade Média, fazendo com que se possam visualizar distintas épocas de construção.
De românico, conservam-se alguns modilhões, ainda incorporados nas cornijas das faces laterais que suportam o telhado. São elementos decorados com motivos frequentes, maioritariamente figurativos e retratando bustos humanos e animais, aqui e ali relacionados com caracteres geométricos. A cronologia a atribuir-lhes não é pacífica. Carlos Alberto Ferreira de Almeida propôs uma datação a rondar "os fins do século XII ou inícios do XIII" (ALMEIDA, 1987, p.113), mas é também provável que possam ser de época ligeiramente posterior, pelo sucesso e pela longa duração que o Românico teve no Alto Minho. A cornija é ornamentada com uma sucessão de bolas, ou meias esferas, solução que Gerhard Graf concluiu ter inspiração na arte pré-românica (GRAF, 1986, vol.2, p.25), mas que vamos ver aparecer na região Norte do país ao longo dos séculos da Baixa Idade Média.
As grandes obras que reformularam, quase por inteiro, o templo ocorreram na época moderna. Ferreira de Almeida mencionou uma campanha do século XVI, a que atribuiu parte dos bustos humanos da cachorrada (ALMEIDA, 1987, p.113). A esta provável reforma pode pertencer também o portal principal, em arco de volta perfeita de aduelas chanfradas, mas nada mais conhecemos desse momento.
Bastante melhor documentadas estão as transformações do século XVIII, que poderão mesmo ter-se iniciado algumas décadas antes. Nessa altura, a planta do templo não foi objecto de modificações de maior, mantendo-se a nave única e a capela-mor quadrangular, mas tudo o resto foi amplamente reformulado. Na fachada principal, a janela do segundo registo passou a ostentar uma moldura e o provável campanário axial foi demolido em benefício da construção de uma torre sineira - adossada à frontaria pelo lado Norte, de secção quadrangular e com arcos sineiros nas quatro faces. No interior, o tecto (que seria originalmente de madeira) recebeu uma abóbada ligeiramente abatida, e edificou-se, sobre a porta principal, um coro-alto assente em placa recta e protegido por balaustrada de madeira. Diversos altares de talha dourada, relativamente tardios de um ponto de vista estilístico, pontuam o interior da nave e, transposto o arco triunfal, de volta perfeita sobre pilastras, encontram-se dois corpos laterais à capela-mor, de planta quadrangular e menor altura, a que se acede por arcos abatidos, que conferem ao templo uma falsa sensação de transepto.
Estas alterações provocaram a destruição quase integral dos vestígios mais antigos que, sintomaticamente, se resumem aos modilhões das naves laterais. No geral, as várias campanhas de obras que se sucederam neste espaço religioso provam uma mesma e ininterrupta modéstia de meios e de criação artística. Se, para a época românica, podemos equacionar um templo comum a tantos outros edificados no Alto Minho por essa altura, a empreitada barroca actuou sobre o edifício de forma essencialmente pragmática, não recorrendo a rasgos artísticos e estéticos assinaláveis, mas actualizando-o de forma minimamente aceitável para os cânones então vigentes.
PAF
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens0
Nº de Bibliografias6

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
"Primeiras Impressões sobre a Arquitectura românica portuguesa", Revista da Faculdade de Letras do Porto, Série História, nº1, pp.3-56ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira deEdição1972Porto
Alto MinhoALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira deEdição1987Lisboa
História da Arte em Portugal - O RomânicoALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira deEdição2001Lisboa
"Igrejas e capelas românicas da Ribeira Minho", Caminiana, ano IV, nº6, pp.105-152ALVES, LourençoEdição1982Caminha
Arquitectura religiosa do Alto Minho, 2 vols.ALVES, LourençoEdição1987Viana do Castelo
Inventário Artístico da Região Norte - III (Concelho de Ponte de Lima)Edição1974Portosérie «Estudos Regionais» - n.º 10

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