Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Igreja Paroquial de Santa Eufémia de Lavandeira
Designação
DesignaçãoIgreja Paroquial de Santa Eufémia de Lavandeira
Outras Designações / PesquisasIgreja de Santa Eufémia, paroquial de Lavandeira / Igreja Paroquial de Lavandeira / Igreja de Santa Eufémia / Igreja de São Salvador (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Religiosa / Igreja
TipologiaIgreja
CategoriaArquitectura Religiosa
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaBragança/Carrazeda de Ansiães/Lavandeira, Beira Grande e Selores
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
-- -Lavandeira Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
41.193437-7.300895
DistritoBragança
ConcelhoCarrazeda de Ansiães
FreguesiaLavandeira, Beira Grande e Selores
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDecreto n.º 45/93, DR, I Série-B, n.º 280, de 30-11-1993 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12707538
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaA elevação da localidade de Lavandeira a paróquia, em 1734, sob a invocação de São Salvador, reflectiu-se, também, na sua igreja, até aí dedicada a Santa Eufémia. É neste crescendo de importância que se deve procurar as razões da campanha decorativa barroca de que o templo foi objecto, na primeira metade do século XVIII, e que visava, com certeza, dignificar a nova igreja paroquial.
Implantada num declive acentuado, que os volumes da igreja acompanham, esta impõe-se na malha urbana não apenas pelas suas dimensões, mas principalmente pela colunata toscana, que sustenta o alpendre. A linguagem maneirista que aqui se observa, estende-se à totalidade do templo, muito embora a intervenção barroca seja notória em determinados elementos. Assim, o portal principal, de linhas rectas, e flanqueado por duplas pilastras, é encimado por um nicho recortado, com um inscrição referente à invocação a Santa Eufémia, de gosto barroco, tal como o portal que se abre no alçado lateral Norte, com frontão de volutas, interrompido por um querubim.
O volume da capela-mor diferencia-se do da nave por ser mais abaixo e estreito, sendo que todos os corpos são delimitados por pilastras nos cunhais, elevadas por pináculos de remate esférico. Do lado da sineira, que se desenvolve no plano da fachada principal, o alçado é composto pelo volume da torre, e pelo da sacristia, mais salientes, embora esta última se encontre no prolongamento da capela-mor.
No interior, de nave única (com coro-alto e púlpito), com arco triunfal a pleno centro a articular este espaço com a capela-mor, é mais evidente a campanha barroca, que veio dinamizar o espaço maneirista, ao forrar a cobertura com caixotões e revestir outras áreas de talha dourada. O tecto da nave exibe motivos hagiográficos diversos, enquanto o da nave ilustra uma versão da Árvore de Jessé, ou seja, a árvore da descendência de Jesus - uma temática menos bem vista pelo Concílio de Tento, mas que conheceu grande fortuna no nosso país ao ligar-se à iconografia de Nossa Senhora da Conceição (PEREIRA, 1992, pp. 228-229). Neste caso, a representação respeita a passagem do Evangelho de São Mateus, embora apresente uma versão reduzida e historicamente desordenada (IDEM, pp. 229-240).
A talha dourada, de gosto proto-barroco, ou nacional, encontra-se presente nos altares laterais e colaterais, desenvolvendo-se, a partir deste últimos, e envolvendo o arco triunfal, como se de um gigantesco retábulo se ratasse, que emoldura e enquadra o retábulo-mor, criando um ambiente de ouro, que se estende às molduras do tecto.
Todo este conjunto é complementado pelas pinturas dos panos murários quer da nave quer da capela-mor. Alusivos a cenas bíblicas, foram executados a azul e branco, no que pensamos ser uma tentativa de imitar os revestimentos azulejares que, habitualmente e nos interiores barrocos, se conjugam com a talha. Trata-se de uma solução de grande interesse, onde se respeita, inclusivamente, o lambril cm enrolamentos e folhagens, próprio dos painéis cerâmicos, embora aqui bastante simplificado.
(Rosário Carvalho)
Processo
Abrangido em ZEP ou ZPAlto Douro Vinhateiro
Outra Classificação
Nº de Imagens7
Nº de Bibliografias3

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Carrazeda de Ansiões. Notas MonograficasFERREIRA, Candida FlorindaEdiçãoPublicado a 1932
Portugal antigo e moderno: diccionario geographico, estatistico, chorographico, heraldico, archeologico, historico, biographico e etymologico de todas as cidades, villas e freguezias de Portugal e de grande numero de aldeias...PINHO LEAL, Augusto Soares d'Azevedo Barbosa deEdição1990Lisboa
"A Árvore de Jessé - um exemplar da igreja de Lavandeira", Brigantia, vol. XII, n.º 3, pp. 221-240PEREIRA, Henrique Manuel S.Edição1992Bragança
Portugal antigo e moderno: diccionario geographico, estatistico, chorographico, heraldico, archeologico, historico, biographico e etymologico de todas as cidades, villas e freguezias de Portugal e de grande numero de aldeias...FERREIRA, Pedro AugustoEdição1990Lisboa

IMAGENS

Igreja Paroquial de Santa Eufémia de Lavandeira - Vista geral (IPPC)

Igreja Paroquial de Santa Eufémia de Lavandeira - Fachada lateral, vendo-se a torre sineira e a sacristia (IPPC)

Igreja Paroquial de Santa Eufémia de Lavandeira - Fachada lateral direita (IPPC)

Igreja Paroquial de Santa Eufémia de Lavandeira - Fachada principal: portal (IPPC)

Igreja Paroquial de Santa Eufémia de Lavandeira - Fachada lateral esquerda (IPPC)

Igreja Paroquial de Santa Eufémia de Lavandeira - Interior: retábulo-mor (IPPC)

Igreja Paroquial de Santa Eufémia de Lavandeira - Interior: pormenor do tecto de caixotões com pinturas representando santos (IPPC)

MAPA

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