Abrigo rupestre da Solhapa | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Abrigo rupestre da Solhapa | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Abrigo rupestre da Solhapa (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arqueologia / Abrigo | ||||||||||||
Tipologia | Abrigo | ||||||||||||
Categoria | Arqueologia | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Bragança/Miranda do Douro/Duas Igrejas | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Bragança | ||||||||||||
Concelho | Miranda do Douro | ||||||||||||
Freguesia | Duas Igrejas | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 28/82, DR, I Série, n.º 47, de 26-02-1982 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Sítio | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 12707538 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Particularmente abundante em vestígios arqueológicos, abarcando diferentes tipologias arqueológicas, o território relativo, na actualidade, ao concelho de Mirando do Douro notabiliza-se especialmente pela existência de estações arqueológicas de arte rupestre, como, ademais, parte significativa desta vasta região do Noroeste peninsular (Cf. BERNARDO, H. A., 2000 e SANCHES, M. de J., 1992).
Situado a cerca de três quilómetros da localidade de Duas Igrejas e nas proximidades de um povoado de altura proto-histórico, o "Abrigo rupestre da Solhapa" corresponde a uma situada num ermo granítico implantado no meio de escarpas sobranceiras ao rio Douro e a um vale, respectivamente propícios à actividade agrícola e ao pastoreio, e no interior da qual foram identificadas várias representações parietais. Utilizada desde tempos imemoriais por pastores que aí guardavam os seus rebanhos durante os rigorosos meses de Verão, foi na década de cinquenta que as gravações existentes nas suas paredes interiores chamaram a atenção do padre António Maria Mourinho (1917-1995), personalidade a quem se deve boa parte das diligências tendentes a preservar a língua, a cultura e o património histórico-cultural das terras de Miranda. Alertado por um pastor, A. M. Mourinho deslocou-se ao local, entrevendo o que desde logo identificou como insculturas rupestres distribuídas por três séries de representações dispostas horizontal e verticalmente, numa observação rapidamente transmitida a outras entidades, nomeadamente a quem se especializava, à época, no estudo desta tipologia arqueológica (Cf. SANTOS JÚNIOR, J. R. dos, 1978). Uma das particularidades das gravuras deste sítio (Cf. LEBRE, A. G., SANCHES, M. de J., 1987) consistirá na presença, sobre a cobertura do abrigo, de uma inscultura representando, esquematicamente, uma figura humana, cuja cabeça, de configuração trapezoidal, termina em pontas a relembrar um par de galhos, semelhando-se as duas linhas gravadas ao nível da bacia a uma cauda e a um falo erecto, com aparentes paralelos em insculturas encontradas em Espanha e em França, onde tem sido interpretada como feiticeiro (MOURINHO, A. M., 1972, pp. 33-61). O interior da gruta abriga, quer nas paredes, quer no próprio pavimento, uma maior diversidade iconográfica. São disso exemplo as covinhas, os traços perpendiculares, os semicírculos e as barras rectilíneas e interligadas, de forma quase labiríntica, a par de um elemento serpentiforme e de figurações humanas, cronologicamente balizáveis entre os finais do Neolítico e o início do Calcolítico/Idade do Bronze, num momento, quando "A realidade cultural apresenta-se múltipla, eivada de assimetrias de desenvolvimento, em função da inserção das comunidades em ecossistemas mais ou menos favoráveis ao pleno florescimento da agricultura e do pastoreio, ou do apego mais ou menos arreigado dos grupos a formas de subsistência tradicionais, entre outros aspectos condicionantes do seu percurso cultural." (JORGE, S. de O., 1990, p. 102). [AMartins] | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 0 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 6 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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"O abrigo gravado com arte esquemática da Solhapa (Duas Igrejas - Miranda do Douro)", Trabalhos de Antropologia e Etnologia | SANCHES, Maria de Jesus | Edição | 1987 | Porto | vol. 26, pp. 139-152. |
Pré-História recente no Planalto Mirandês (Leste de Trás-os-Montes) | SANCHES, Maria de Jesus | Edição | 1992 | Porto | n.º 3, p. 170. |
Para a carta arqueológica do concelho de Miranda do Douro | BERNARDO, Hermínio Augusto | Edição | 2000 | Miranda do Douro | |
"Catálogo dos monumentos e sítios arqueológicos do Planalto Mirandês (Pré-História)", Brigantia, vol. 13, nº3/4, pp.193-233 | MARCOS, Domingos dos Santos | Edição | 1993 | Bragança | |
"O abrigo gravado com arte esquemática da Solhapa (Duas Igrejas - Miranda do Douro)", Trabalhos de Antropologia e Etnologia | LEBRE, Anabela Gomes | Edição | 1987 | Porto | vol. 26, pp. 139-152. |
"As gravuras rupestres do Outeiro Machado (Val d'Anta - Chaves)", Trabalhos de Antropologia e Etnologia | SANTOS JÚNIOR, Joaquim Rodrigues dos | Edição | 1978 | Porto | 23:2-3, p. 207-234 |
"O abrigo rupestre da "Solhapa" - em Duas Igrejas, Miranda do Douro", O Arqueólogo Português | MOURINHO, António Maria | Edição | 1972 | Lisboa | 3.ª série, vol. 6, pp. 327-331. |