Ermida de Nossa Senhora dos Mártires | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Ermida de Nossa Senhora dos Mártires | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Ermida de Nossa Senhora dos Mártires (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / Ermida | ||||||||||||
Tipologia | Ermida | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Faro/Silves/Silves | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Faro | ||||||||||||
Concelho | Silves | ||||||||||||
Freguesia | Silves | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 44 075, DG, I Série, n.º 281, de 5-12-1961 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 12699926 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | As informações acerca da capela de Nossa Senhora dos Mártires não são abundantes. A primeira notícia de que temos conhecimento, chegada aos nossos dias por via cronística - e, por isso, encarada com evidentes reservas - dá conta de uma primitiva fundação no reinado de D. Sancho I, durante os escassos três anos em que a cidade esteve em poder dos cristãos, onde inclusivamente se terão sepultado alguns companheiros de conquistas do nosso segundo rei. Desse primeiro edifício, que a ter sido construído seguiria certamente um figurino ainda bem românico, nada se conservou até hoje, facto que acentua as dúvidas acerca da real execução dessa campanha. Os vestígios materiais mais antigos que ali se conservam datam dos séculos XIII ou XIV (DOMINGUES, 2ªed., 2002, p.87) e dizem respeito a lápides tumulares de homens importantes do burgo baixo-medieval, algumas mesmo de bispos. Todavia, em termos arquitectónicos, o elemento mais antigo actualmente conservado é a capela-mor, edificada durante o ciclo manuelino. O arco triunfal, de perfil quebrado, possui três arquivoltas, a exterior das quais torsa. A abóbada da capela é estrelada, assente em quatro mísulas nas extremidades e com bocetes decorados, tendo-se representado, num deles, o camaroeiro, símbolo tão claramente indicativo da acção da rainha D. Leonor. Exteriormente, esta capela é bastante diferente do restante conjunto, construída segundo um plano rectangular bastante rigoroso e coroada com merlões que reforçam a sugestão de altura, mas também o tempo artístico em que foi levantada. Manuel Castelo Ramos supõe tratar-se de uma obra dos "inícios da terceira década de Quinhentos" (RAMOS, 1996, p.100), datação que testemunha bem a ampla diacronia do Manuelino algarvio, mas perfeitamente coerente perante os elementos artísticos preservados. Não sabemos se a campanha manuelina se alargou também ao corpo da capela. Infelizmente, em consequência do Terramoto de 1755, todo o corpo ruiu e a nova construção - ao que tudo indica terminada em 1779, ano que se encontra inscrito no portal principal - denuncia claramente as opções barrocas tardias que vemos em outros monumentos da região. A semelhança entre o registo superior da empena principal - ladeada por volutas e enquadrando inferiormente um óculo -, com a solução praticamente idêntica da frontaria da Sé de Silves foi já notada (DOMINGUES, 2ªed., 2002, p.87) e também o perfil estilisticamente incaracterístico da nave se enquadra nas apressadas obras que se seguiram ao terramoto. No interior, para além das numerosas lápides a que já fizemos referência, destaca-se o retábulo-mor, do século XVII, e os retábulos laterais, já setecentistas. Apesar das suas reduzidas dimensões e das múltiplas transformações por que passou, ao longo dos séculos, a Capela de Nossa Senhora dos Mártires é o templo que prova como a construção religiosa medieval de Silves não se limitou apenas à grandiosa obra da Sé. Com certeza existiu um conjunto mais vasto de templos, na cidade, construídos ou remodelados durante os anos do Gótico Final, uma dinâmica construtiva que se alargou ao ciclo manuelino, neste caso, através de uma campanha parcial, tão comum à época, mas integrando elementos relativamente raros no conjunto tardo-manuelino da região. PAF | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 4 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 3 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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"Decoração arquitectónica manuelina na região de Silves (séculos XV-XVI)", Revista Xelb, nº3, 1996, pp.79-142 | RAMOS, Manuel Francisco Castelo | Edição | 1996 | Silves | |
Silves. Guia turístico | DOMINGUES, José Domingos Garcia | Edição | 1958 | Silves | |
Silves. Guia turístico da cidade e do concelho | DOMINGUES, José Domingos Garcia | Edição | 2002 | Silves | 2ªed. |
Ermida de Nossa Senhora dos Mártires - Vista geral
Ermida de Nossa Senhora dos Mártires - Fachada principal: portal
Ermida de Nossa Senhora dos Mártires - Fachada principal: remate do portal com data inscrita de 1779
Ermida de Nossa Senhora dos Mártires - Fachada principal: pormenor de uma das janelas que ladeiam o portal axial