Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Palácio da Serra d'El Rei
Designação
DesignaçãoPalácio da Serra d'El Rei
Outras Designações / PesquisasPaço de D. Pedro I / Palácio da Serra dEl-Rei (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Civil / Palácio
TipologiaPalácio
CategoriaArquitectura Civil
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaLeiria/Peniche/Serra d' El-Rei
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Largo D. Pedro ISerra d' El-Rei Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
39.330801-9.272891
DistritoLeiria
ConcelhoPeniche
FreguesiaSerra d' El-Rei
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDespacho de 19-01-2007 do diretor da DR de Lisboa do IPPAR a determinar que, não se tratando de assunto urgente, o processo ficasse a aguardar que se calendarizasse uma visita ao local
Requerimento de 19-10-1999 do proprietário para a reclassificação como MN
Requerimento de 5-01-1995 do proprietário para a alteração da designação da classificação para "Paço de D. Pedro I, da Serra de El-Rei"
Decreto n.º 29 604, DG, Série I, n.º 112, de 16-05-1939 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO9914630
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaNão são exactamente conhecidas as origens deste paço régio. A opinião mais consensual atribui a sua edificação ao monarca D. Pedro I, pelos meados do século XIV, mas pouco mais se pode avançar a respeito das motivações que terão levado a esta opção por parte do rei, bem como do processo de construção do monumento. O conjunto terá sempre desempenhado um papel secundário no contexto das residências régias baixo-medievais, razão pela qual tem sido constantemente esquecido (ou escassamente referido) nos trabalhos que se debruçaram sobre os paços reais do final da Idade Média.
Os vestígios materiais góticos contextualizam-se com os meados do século XIV, embora seja de admitir que possam, antes, corresponder a uma reforma parcial, executada no século XV por iniciativa do rei D. Duarte, que se sabe ter estanciado no paço durante algum tempo. Na primeira metade de Quinhentos, o conjunto foi bastante ampliado, na prática triplicando os espaços anteriormente existentes. Esta reforma prolongou-se certamente por grande parte da centúria, como o atestam alguns portais chanfrados, de verga já recta, que se abrem em alguns alçados.
Ao que tudo indica, e sem que se tenha ainda realizado um estudo monográfico rigoroso, o paço gótico resumir-se-ia a um corpo rectangular regular, de planta longitudinal homogénea, fenestrado por vãos de arco apontado. No século XVI, a este corpo juntaram-se outros dois transversais, a partir dos extremos, o que fez com que o espaço exterior fosse definido em forma de pátio quadrangular, aberto num dos lados. Nos alçados modernos existem janelas e portas manuelinas, a maior parte delas recorrendo a arcos canopiais ou trilobados, pés-direitos chanfrados e bases oitavadas.
Em 1588, certamente algum tempo depois de concluída a reforma de ampliação, o paço foi comprado pelos Condes da Atouguia, que aqui passaram a residir. Presume-se que também estes senhores tenham efectuado algumas obras, em que se inclui, por exemplo, o portal principal do pátio. À semelhança do que sucedeu com esta família nobre, e com a própria vila de Atouguia, também o paço decaiu de importância ao longo da época moderna. Não consta que tenha recebido trabalhos relevantes no século XVII e, na centúria seguinte, foi integrado no processo de confiscação dos bens dos condes. A partir dessa altura, acentuou-se a degradação do monumento, parcialmente estancada com a renovação neoclássica promovida pelos proprietários oitocentistas. Uma das alas foi adaptada a residência, sendo as suas paredes revestidas por painéis de azulejos polícromos e, algum tempo depois, dois dos topos do conjunto foram aproveitados para construir miradouros de carácter romântico.
Pelo que se acaba de enunciar, facilmente se compreende que o Paço da Serra d'el-Rei constitui uma unidade patrimonial ímpar no contexto local, cujo aprofundamento de estudo (acompanhado por escavações arqueológicas) certamente revelará uma história bem mais rica que a que pode, por agora, ser escrita.
PAF
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens0
Nº de Bibliografias3

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Paços Medievais PortuguesesSILVA, José Custódio Vieira daEdição1995Lisboa Tipo : Colecção - Arte e Património
Inventário Artístico de Portugal, vol. V (Distrito de Leiria)SEQUEIRA, Gustavo de MatosEdição1955Lisboa
Peniche na história e na lendaCALADO, MarianoEdição1991Peniche

IMAGENS

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