Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Ruínas do Convento de Penafirme
Designação
DesignaçãoRuínas do Convento de Penafirme
Outras Designações / PesquisasConvento de Nossa Senhora da Assunção de Penafirme / Convento de Nossa Senhora da Assunção / Ruínas do Convento de Penafirme (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Religiosa / Convento
TipologiaConvento
CategoriaArquitectura Religiosa
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaLisboa/Torres Vedras/A dos Cunhados e Maceira
Endereço / Local
LATITUDE LONGITUDE
39.163484-9.355733
DistritoLisboa
ConcelhoTorres Vedras
FreguesiaA dos Cunhados e Maceira
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDecreto n.º 45/93, DR, I Série-B, n.º 280, de 30-11-1993 (alterou a redacção para "Ruínas do Convento de Penafirme") (ver Decreto)
Proposta de 22-07-1991 da CM de Torres Vedras para que a designação fosse alterada para "Ruínas do Convento Velho de Penafirme"
Decreto n.º 29/90, DR, I Série, n.º 163, de 17-07-1990 (classificou as "Ruínas do «terceiro edifício» do Convento de Penafirme") (ver Decreto)
Edital N.º 57 de 27-05-1987 da CM de Torres Vedras
Despacho de homologação de 6-08-1985 do Ministro da Cultura
Despacho de concordância 29-07-1985 do vice-presidente do IPPC
Parecer de 23-07-1985 do Conselho Consultivo do IPPC a propor a classificação como IIP
Proposta de classificação de 4-04-1985 do IPPC
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO181502
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaImóvel
Localizadas no limite da Póvoa de Penafirme, na freguesia de A dos Cunhados e Maceira, as Ruínas do Convento de Penafirme consistem nos vestígios que subsistem de um antigo cenóbio agostinho. É ainda visível a delimitação da estrutura da igreja, nomeadamente as paredes da nave retangular e da cabeceira quadrada sem transepto, à qual se adossava a sacristia. Ao templo juntam-se os indícios construtivos das dependências conventuais, que incluíam originalmente o claustro e as celas.
História
Segundo a Chronica da Ordem dos Agostinhos, escrita no século XVII por Frei António da Purificação, a fundação primitiva do Convento de Penafirme data de 840, sendo o edifício reedificado, nas palavras do cronista, no século XII (SILVA, Carlos G., www.cm-tvedras).
Na realidade, as primeiras referências documentais à presença de eremitas em Penafirme datam de 1226, reportando-se à decisão tomada pela Câmara de Torres Vedras de doar algumas propriedades a "Frei Gaibetino (...) da Ordem de Santo Agostinho, para que aí se pudesse instalar com os seus companheiros" (Idem, ibidem). Esta referência confirma o historial das fundações agostinhas no reino de Portugal, que se iniciaram precisamente nesta época e da qual se destacou a fundação da casa-mãe, em Lisboa.
Instalado num local ermo, junto ao mar, o cenóbio pouco terá crescido nos anos seguintes, recebendo diversas doações de nobres locais e esmolas da coroa ao longo dos séculos XIV e XV. No início do século XVI, a Ordem de Santo Agostinho passou por um período de profunda renovação, que alcançou o seu expoente no reinado de D. João III, com a execução da reforma da ordem dirigida por Frei Francisco de Vilafranca e Frei Luís de Montoya.
Em 1547 terá sido iniciada a edificação de um novo edifício conventual em Penafirme, junto ao cenóbio medieval. Devido possivelmente à pobreza da comunidade que ali estava sediada, a fábrica de obras prolongou-se até meados da centúria seguinte. Apenas em 1638 era sagrado o templo, dedicado a Nossa Senhora da Assunção, e no ano de 1642 ainda decorriam algumas obras no edifício conventual (Idem, ibidem).
Infelizmente, o que resta do Convento de Penafirme são algumas ruínas, uma vez a estrutura ficou profundamente destruída depois do terramoto de 1 de Novembro de 1755, obrigando a comunidade agostinha a abandonar o que restava do edifício. A sua proximidade do mar provavelmente acelerou o processo de degradação da estrutura que permaneceu depois do cataclismo, pelo que se pode considerar que o que hoje subsiste são vestígios não só da estrutura original mas da própria ruína setecentista pós-terramoto.
O sítio foi classificado como de interesse público em 1990, atendendo à memória histórica do local.
Catarina Oliveira
DGPC, 2018
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens0
Nº de Bibliografias4

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
"Agostinhos", Dicionário de História Religiosa de Portugal, vol. 1AZEVEDO, Carlos MoreiraEdição2000Lisboa
Chronica da Antiquissima Provincia da ordem dos Eremitas de S. Agostinho, parte primeiraPURIFICAÇÃO, Frei António daEdição1642Lisboa
"Os Eremitas de Santo Agostinho: o Mosteiro de Nossa Senhora da Assunção de Penafirme", www. cm-tvedras.ptSILVA, Carlos GuardadoEdição
Descrição histórica e económica da vila e termo de Torres VedrasTORRES, Manuel Agostinho MadeiraEdição1861Coimbra

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