Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Anta dos Coureleiros I
Designação
DesignaçãoAnta dos Coureleiros I
Outras Designações / PesquisasAnta 1 dos Coureleiros / Anta dos Coureleiros I (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) / (Ver Ficha em www.arqueologia.patrimoniocultural.pt)
Categoria / TipologiaArqueologia / Anta
TipologiaAnta
CategoriaArqueologia
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaPortalegre/Castelo de Vide/Santiago Maior
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Sítio dos CoureleirosCoureleiros Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
39.44316-7.470138
DistritoPortalegre
ConcelhoCastelo de Vide
FreguesiaSantiago Maior
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDecreto n.º 67/97, DR, I Série-B, n.º 301, de 31-12-1997 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMESítio
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO9914630
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaSítio
A Anta dos Coureleiros I, localiza-se no lugar dos Coureleiros, freguesia de Santiago Maior, concelho de Castelo de Vide. Encontra-se a cerca de 3 km a noroeste da sede de freguesia. Implanta-se em encosta, a uma cota de 420 metros, sensivelmente a 850 metros a oeste da Ribeira de São João.
Integra-se na Necrópole Megalítica dos Coureleiros, constituída por cinco monumentos (Anta dos Coureleiros I, Anta de Couleiros, Anta dos Coureleiros III, Anta dos Coureleiros IV e Anta dos Coureleiros V), divulgada por George e Vera Leisner em 1959. As distintas denominações conferidas às suas antas pelos investigadores podem conduzir a dificuldades na respetiva identificação. Assim, a Anta dos Coureleiros I foi originalmente nomeada pelo casal Leisner como Anta 5 da Herdade dos Coureleiros; Maria Conceição Rodrigues, por sua vez, atribui-lhe a nome de Coureleiros 3; finalmente, Jorge de Oliveira, propõe uma numeração ordenada de sul para norte, que a classificação dos monumentos da necrópole respeitou.
Dista cerca de 100 metros da Anta de Couleiros, 168 metros da Anta dos Coureleiros III, 253 metros da Anta dos Coureleiros IV e 845 metros da Anta dos Coureleiros V.
Este monumento funerário megalítico, muito arruinado pelos trabalhos agrícolas, apresenta câmara e corredor bem diferenciados. A câmara poligonal é delimitada por sete esteios de granito, dos quais apenas restam 3, estando o posicionamento dos restantes patente nos alvéolos de fixação. Possuía cerca de 3,20 metros de diâmetro e a laje de cobertura está ausente. O corredor de acesso, orientado a nascente, paralelo, mede de comprimento de 3,50 metros. Seria formado por dois ortóstatos de cada lado que não se acham preservados. A escavação realizada nos finais do século passado assinalou dois alvéolos que poderiam corresponder aos pilares de sustentação da laje de fecho. Não foram detetados vestígios do tumulus envolvente. Aparenta ser a anta com dimensões mais modestas da Necrópole Megalítica dos Coureleiros.
História
A edificação da Anta dos Coureleiros I baliza-se, genericamente, entre o final do Neolítico e inícios do Calcolítico, na transição entre o 4º e o 3º milénio a.n.e.. Jorge de Oliveira dirigiu uma campanha arqueológica, em 1991, que a intervencionou na totalidade, permitindo a recuperação da sua planta. Revelou, contudo, várias violações desde a Idade Média, embora não tenham comprometido totalmente a recolha de espólio, designadamente pontas de seta, um micrólito geométrico, dois machados de pedra polida, diversas placas de xisto, uma das quais talhada a partir de um fragmento de báculo, e alguns fragmentos cerâmicos.
São conhecidas referências documentais a monumentos megalíticos na bacia hidrográfica do Rio Sever desde 1489, constando nas Ordenanzas del Concejo de Valencia de Alcantara onde assumem a função de marcos territoriais. No entanto, torna-se quase impossível discernir as mencionadas.
Pereira da Costa no estudo Noções sobre o estado pré-histórico da terra e do homem seguidas da descripção de alguns dolmins ou antas de Portugal, publicado em 1868, refere um dos monumentos dos Coureleiros que designa dolmin ou Anta de Corleiros. Em 1924 regista-se uma menção na monografia Terras de Odiana da autoria de Possidónio Coelho. Mereceu, igualmente, a atenção de George e Vera Leisner, sendo aludida na publicação de 1959, Die Megalithgraber der Iberischen Halbinsel: der Westen.Mais tarde, nos finais do século passado, é incluída nos trabalhos da Carta Arqueológica de Castelo de Vide executada por Maria Conceição Rodrigues e no Levantamento Arqueológico do mesmo concelho, elaborado por Jorge de Oliveira. Recentemente, o espólio recolhido foi estudado por Ana Paroleiro no âmbito da sua dissertação de mestrado, Estudo dos Recipientes Cerâmicos dos Monumentos Megalíticos do Concelho de Castelo de Vide, apresentada em 2016.
Ana Vale
DGPC, 2020
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens0
Nº de Bibliografias6

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Carta Arqueológica do Concelho de Castelo de VideRODRIGUES, Maria da Conceição MonteiroEdição1975Lisboa130 est. + 1 mapa, il. Publicado a 1975
"Monumentos megalíticos da bacia hidrográfica do Rio Sever", IBN MARUÁNOLIVEIRA, Jorge deEdição1997Marvãon.º 7, p. 774
Portugal, 1001 sights an archaeological an historical guide (University of Calgary, Alberta, Canadá)ANDERSON, James M.Edição1994London
Portugal, 1001 sights an archaeological an historical guide (University of Calgary, Alberta, Canadá)LEA, M. SheridenEdição1994London
"O megalitismo no concelho de Castelo de Vide ", Actas das 1ªs Jornadas de Arqueologia do Nordeste Alentejano-Edição1987Coimbra
O "Eterno Descanso" no Neolítico do Alentejo Norte, in Arqueologia de Transição: O Mundo FunerárioOLIVEIRA, Jorge deEdição2015
Estudo dos Recipientes Cerâmicos dos Monumentos MegalíticosPAROLEIRO, Ana Emília BarrosEdição2016Dissertação realizada no âmbito do Mestrado em Pré-história, Faculdade de letras da Universidade do Porto

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