Convento dos Congregados | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Convento dos Congregados | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Câmara Municipal de Estremoz / Biblioteca Municipal de Estremoz / Museu de Arte Sacra de Estremoz / Convento dos Congregados / Câmara Municipal de Estremoz / Biblioteca Municipal de Estremoz (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / Convento | ||||||||||||
Tipologia | Convento | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Évora/Estremoz/Estremoz (Santa Maria e Santo André) | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Évora | ||||||||||||
Concelho | Estremoz | ||||||||||||
Freguesia | Estremoz (Santa Maria e Santo André) | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 516/71, DG, I Série, n.º 274, de 22-11-1971 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Conjunto | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9914631 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | A importância deste convento Norte-Alentejano, dedicado a Nossa Senhora da Conceição, e pertença dos Padres Congregados do Oratório de São Filipe Néri, encontra-se bem testemunhada nos vários estudos de que tem sido alvo, quer de um ponto de vista arquitectónico, quer no que diz respeito ao vasto património móvel e integrado que o caracterizou, e ainda caracteriza. A própria história dos Oratorianos no nosso país, e as novidades introduzidas por esta Ordem em matéria de ensino e cultura, apoiadas por D. João V, foram muito significativas, entrando em confronto com os jesuítas, numa dinâmica que teve paralelo nas suas arquitecturas, também elas de grande inovação, afastadas das tradições nacionais (PEREIRA, 1986, p. 45). Por todos estes motivos, o que de seguida apresentamos mais não é do que uma brevíssima introdução a este significativo complexo conventual, cuja origem recua até ao século XVI e às casas nobres de D. Constantino de Bragança. No século XVII, o arcebispo de Évora D. Frei Luís Teles da Silva, adquiriu as casas já referidas, tendo sido autorizada a fundação do convento em 1697, por D. Pedro II. Os trabalhos de adaptação às necessidades dos Oratorianos tiveram início logo de seguida, devendo estar concluídos em 1703, pois no ano seguinte já se ministravam aulas no convento (ESPANCA, 1978). A igreja deverá ter sido objecto, nessa época, de um primeiro plano que, em todo o caso, nunca chegou a ser concluído, e cujo autor permanece por esclarecer. São conhecidos, no entanto, os nomes dos responsáveis pela orientação da grandiosa obra - o Padre José da Silveira e o empreiteiro António Franco -, bem como os de tantos outros mestres e oficiais que aí trabalharam. O complexo conventual desenvolve-se ao lado da igreja, estruturando-se em torno de um claustro de cinco tramos, com arcaria a pleno centro, e cuja edificação remonta a 1705-1706, sob a responsabilidade do mestre de pedraria Manuel Simões (ESPANCA, 1978). No seu interior ganham especial importância os diferentes revestimentos de azulejos, cuja cronologia abarca a primeira metade do século XVIII. De forma muito esquemática, podemos apontar o conjunto da antiga Capela do Arcebispo, executado por Manuel dos Santos em 1706; os dos corredores, de cerca de 1702-1703; os da Portaria, da década de 1730, com representações da vida de São Filipe Néri, e para os quais Túlio Espanca defende uma influência dos gravados italianos de Jacomo da Vignola, na obra Alcune Opera d'Architettura; os da escadaria e salas diversas, da mesma época e com temáticas profanas de caçadas e batalhas; os do ante-coro com episódios variados dos Evangelhos; e os da antiga capela, hoje Biblioteca, atribuídos a António de Oliveira Bernardes. O alçado do templo apresenta maior interesse: divide-se em cinco panos (através de plilastras), sendo o central convexo e os laterais côncavos, imprimindo uma sinuosidade ao conjunto que destaca, naturalmente, a zona ao centro. As torres laterais são unidas através de uma balaustrada que acompanha o ritmo do alçado. É clara a filiação desta fachada na igreja lisboeta de Santa Engrácia, chegando mesmo a ser atribuído o seu plano a João Antunes ou a um seu discípulo próximo (PEREIRA, 1986, p.45). A este propósito, não deixa de ser interessante recordar as palavras com que Paulo Varela Gomes enquadra o templo no contexto do barroco nacional, fugindo aos eclectismo habituais e inscrevendo-se numa corrente mais sóbria e clássica: "a julgar pela Igreja da Conceição dos Congregados do Oratório de São Filipe de Nery de Estremoz, o Alto Alentejo teria sido, na transição final do século XVII, o palco de experiências barrocas por parte da ordem religiosa que dera a primeira grande oportunidade a Borromini em Roma, cerca de meio século atrás" (GOMES, 1988, p. 20). Depois da extinção das Ordens Religiosas, o convento acolheu a Câmara Municipal, a que se juntou, mais tarde, a Biblioteca-Museu e uma série de outras dependências municipais. (RC) | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | Castelo de Estremoz, composto pela muralha e respectivos baluartes da primeira linha de fortificações do século XIII, pelas portas e baluartes da segunda linha de fortificações do século XVII e pela Torre das Couraças | ||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 5 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 6 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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"Resistências e aceitação do espaço barroco: a arquitectura religiosa e civil", História da Arte em Portugal, vol. 8 | PEREIRA, José Fernandes | Edição | 1986 | Lisboa | Volume 8 |
Inventário Artístico de Portugal - vol. IX (Distrito de Évora, Zona Sul, volume I) | ESPANCA, Túlio | Edição | 1978 | Lisboa | O vol. II é totalmente dedicado às ilustrações. |
A cultura arquitectónica e artística em Portugal no séc. XVIII | GOMES, Paulo Varela | Edição | 1988 | Lisboa | |
Azulejaria em Portugal no século XVIII | SIMÕES, J. M. dos Santos | Edição | 1979 | Lisboa | |
"French Models for Portuguese Tiles", Apollo | SMITH, Robert C. | Edição | 1973 | Londres | |
"Miscelânia Alentejana", A cidade de Évora, anos XXV-XXVI, n.º 51 e 52 | Obra |
Convento dos Congregados - Fachada principal da igreja
Convento dos Congregados - Fachada principal da igreja: janelas centrais
Convento dos Congregados - Interior da igreja: nave e capela-mor (adaptado a auditório)
Convento dos Congregados - Interior da igreja: pormenor dos arcos da parede do lado do Evangelho
Convento dos Congregados - Claustro: arcaria