Fortaleza de Faro, incluindo todo o conjunto de elementos ainda existentes das muralhas | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Fortaleza de Faro, incluindo todo o conjunto de elementos ainda existentes das muralhas | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Muralhas de Faro (confrontações: a nascente, o Largo de São Francisco e a Rua José Maria Brandeiro; a sul, a linha dos caminhos de ferro; a poente, a Rua do Comandante Francisco Manuel; e a norte, o Largo Dr. Francisco Gomes e a Ruado Albergue) / Fortaleza de Faro / Cerca urbana de Faro (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Militar / Fortaleza | ||||||||||||
Tipologia | Fortaleza | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Militar | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Faro/Faro/Faro (Sé e São Pedro) | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Faro | ||||||||||||
Concelho | Faro | ||||||||||||
Freguesia | Faro (Sé e São Pedro) | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 45/93, DR, I Série-B, n.º 280, de 30-11-1993 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | Proposta de 15-11-2010 da DRC do Algarve para alargamento da ZEP do Património Classificado do Núcleo Histórico de Faro Vila Adentro Parecer de 23-05-2008 do Conselho Consultivo do IGESPAR, I.P. Proposta de 5-12-2007 da DRC do Algarve para a ZEP conjunta do Núcleo Histórico de Faro, abrangendo este imóvel | ||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9914629 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Imóvel Circundado todo o antigo centro urbano de Faro, a fortaleza da cidade corresponde a um agregado de muralhas pontuado por torres quadrangulares e semicirculares, com um perímetro ovalado com 1083m e abrangendo uma área de 73014 m². Na muralha subsistem duas portas medievais, uma na Rua do Município/Rua do Castelo, correspondendo ao antigo traçado romano do cardus, e outra na Rua do Repouso, equivalendo ao traçado do decumanus. O chamado Arco da Vila foi construído sobre uma das portas medievais, tendo a curiosidade de integrar dentro do vão uma porta da cidade islâmica, um arco quebrado que permitia a entrada de quem chegava a Faro por mar. Este arco em ferradura, formado por pequenos silhares, apresenta uma sequência de aduelas alternadas, sendo o único exemplar in situ deste género em toda a região do Algarve. História A Fortaleza de Faro, que em rigor corresponde à cerca muralha da chamada Vila-Adentro, a parte mais antiga da cidade, é o resultado dos vários projetos de fortificação executados desde a época romana, numa evolução que acompanhou não apenas diferentes períodos administrativos mas também os avanços da tecnologia defensiva. Sabe-se que a atual cidade é ocupada desde a Idade do Ferro, sendo possível que tivesse sido fortificada no período do Baixo Império (MAGALHÃES, Natércia, 2008, p. 98). Depois de uma eventual ocupação visigótica, a ocupação muçulmana trouxe um florescente período à cidade de Ossónoba, acompanhado com a construção da alcáçova islâmica e do reforço das muralhas então existentes com portas de ferro. A alcáçova situava-se no canto sudoeste da atual fortaleza, apresentando em todo o seu perímetro muralhas com torreões. O acesso ao seu interior fazia-se por duas portas; uma delas, a do Socorro, tinha acesso direto ao mar permitindo que uma embarcação saísse em busca de auxílio, enquanto a outra se abria diretamente para a malha urbana da cidade. No período Almóada, estas defesas seriam novamente remodeladas com a construção de duas torres albarrãs, junto à atual Porta do Repouso. Com a conquista da cidade pelas tropas do rei D. Afonso III de Portugal, a alcáçova muçulmana seria adaptada a castelo cristão, sem que se registassem grandes modificações estruturais, registando-se apenas a reparação das torres e das muralhas. A partir do século XVI introduzem-se as primeiras construções abaluartadas na cidade, reestruturando-se as muralhas existentes. No século XVII, com as intervenções do engenheiro Alexandre Massai que abriu a Porta Nova para permitir um acesso mais fácil dos navios à cidade, e depois de 1640 com as Guerras da Restauração, as adaptações da estrutura defensiva alteram ainda mais a feição das muralhas medievais com o derrube de ameias e de algumas torres por forma a nivelar a altura da cortina (MAGALHÃES, Natércia, 2008, p. 98). No século XVIII, a área do castelo medieval é ocupada pelo Quartel do Regimento de Artilharia do Reino do Algarve, mas ao longo desta centúria o conjunto muralhado vai perdendo importância militar, já que se tornara um alvo fácil da artilharia instalada em Santo António do Alto. No século XIX, parte da cortina foi progressivamente integrada em edifícios ocupados por particulares como residências, oficinas ou armazéns, acabando por perder a sua função defensiva. Apesar dos sucessivos restauros e adaptações, subsistiram suficientes elementos de interesse que levaram à classificação da Fortaleza de Faro como imóvel de interesse público em 1993, sendo hoje um imóvel emblemático da história da cidade. Catarina Oliveira DGPC, 2021 | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | Arco da VilaIgreja e Hospital da Misericórdia de FaroPalacete Belmarço | ||||||||||||
Outra Classificação | Arco da Vila | ||||||||||||
Nº de Imagens | 8 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 7 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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O Algarve islâmico : roteiro por Faro, Loulé, Silves e Tavira | CATARINO, Helena Maria Gomes | Edição | 2002 | Faro | |
"A cidade de Ossonoba e o seu território envolvente", 90 séculos entre a Serra e o Mar, pp.343-360 | GAMITO, Teresa Júdice | Edição | 1997 | Lisboa | |
"Dispositivos defensivos de Faro (Algarve, Portugal)", III Congreso de Arqueología Medieval española, vol. II, pp.287-295 | GOMES, Rosa M. Mendonça Varela | Edição | 1989 | Oviedo | |
"Dispositivos defensivos de Faro (Algarve, Portugal)", III Congreso de Arqueología Medieval española, vol. II, pp.287-295 | GOMES, Mário Varela | Edição | 1989 | Oviedo | |
Faro, evolução urbana e património | PAULA, Rui Mendes | Edição | 1993 | Faro | |
Algarve - Castelos, Cercas e Fortalezas | MAGALHÃES, Natércia | Edição | 2008 | Faro | |
Corografia ou memoria economica, estadistica, e topografica do reino do Algarve | LOPES, João Baptista da Silva | Edição | 1841 | Lisboa | |
Faro. Edificações Notáveis | LAMEIRA, Francisco | Edição | 1995 | Faro | |
Faro, evolução urbana e património | PAULA, Frederico Mendes | Edição | 1993 | Faro |
Fortaleza de Faro - Vista parcial de troço de muralha
Fortaleza de Faro - Arco do Repouso
Fortaleza de Faro - Arco do Repouso
Fortaleza de Faro - Antiga Fábrica da Cerveja
Fortaleza de Faro - Torreão junto ao Arco do Repouso
Fortaleza de Faro - Troço de muralha com torre circular
Fortaleza de Faro - Arco do Repouso: capela maneirista integrada na muralha
Fortaleza de Faro - Secção nascente das muralhas da cidade