Igreja da Misericórdia de Alenquer, incluindo o seu recheio, nomeadamente a pia baptismal, os azulejos, a talha dourada, as pinturas do tecto e do altar-mor e as lápidas e esculturas antigas ainda existentes | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Igreja da Misericórdia de Alenquer, incluindo o seu recheio, nomeadamente a pia baptismal, os azulejos, a talha dourada, as pinturas do tecto e do altar-mor e as lápidas e esculturas antigas ainda existentes | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Edifício, Igreja e Hospital da Santa Casa da Misericórdia de Alenquer / Teatro Ana Pereira (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / Igreja | ||||||||||||
Tipologia | Igreja | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Lisboa/Alenquer/ Alenquer (Santo Estêvão e Triana) | ||||||||||||
Endereço / Local |
| ||||||||||||
Distrito | Lisboa | ||||||||||||
Concelho | Alenquer | ||||||||||||
Freguesia | Alenquer (Santo Estêvão e Triana) | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 8/83, DR, I Série, n.º 19, de 24-01-1983 (ver Decreto) Edital de 18-06-1980 da CM de Alenquer Edital de 14-07-1978 da CM de Alenquer Despacho de homologação de 25-01-1978 do Secretário de Estado da Cultura Parecer de 18-01-1978 da COISPCN a propor a classificação como IIP Em 10-12-1976 a CM de Alenquer enviou a documentação solicitada Em 25-10-1976 foi solicitado à CM de Alenquer o envio de documentação adicional para a instrução do processo de classificação Despacho de concordância de 24-09-1976 Parecer de 17-09-1976 da 4.ª Subsecção da 2,ª secção da JNE a solicitar uma melhor instrução do processo Proposta de classificação de 16-06-1976 da DGPC Proposta de classificação de 4-03-1975 da CM de Alenquer | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 22051577 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Ao que tudo indica, a Misericórdia de Alenquer foi instituída em 1527, mas pouco ou nada se conhece sobre as suas primitivas instalações (na documentação régia surge apenas a partir da segunda metade da centúria), uma vez que a igreja apenas foi iniciada em 1595. Na verdade, a sua construção ficou a dever-se à iniciativa de um casal - Aires Ferreira (fidalgo da Casa d'el Rei e vedor da Fazenda do Cardeal D. Henrique) e Catarina de Góis (sobrinha de Damião de Góis) -, que para tal deixou os seus bens e a obrigação de rezar uma missa quotidiana (GUILHERME, 1902, p. 118). Aires Ferreira faleceu em 1591 encontrando-se sepultado na igreja juntamente com a sua mulher, o que significa que foi necessário esperar cerca de quatro anos para se dar início ao cumprimento das suas vontades. A igreja, de planta longitudinal, apresenta portal principal num dos alçados laterais, marcado ainda pela abertura de duas grandes janelas. O portal, de verga recta, é definido por pilastras toscanas e encimado por frontão de lanços em cujo tímpano se inscrevem as armas nacionais. O interior, de nave única, obedece ao modelo unificado dos espaços das igrejas das misericórdias, com presbitério num plano mais alto em relação ao corpo do templo e ao qual se acede através de escadaria central. A nave é percorrida por silhar de azulejos enxaquetados próprios do século XVII, destacando-se o coro alto, de planta curva assente sobre colunas toscanas, bem como o púlpito e o cadeiral dos mesários, este do lado da Epístola. No frontal do presbitério, um conjunto de azulejos azuis e brancos apresenta figurações inscritas em cartelas, uma das quais a Visitação, que tem vindo a ser atribuídas a Policarpo de Oliveira Bernardes. É possível que sejam anteriores à intervenção de que o templo foi objecto em 1730 e cuja extensão se desconhece. As capelas colaterais, abertas por arcos de volta perfeita e inscritas numa estrutura maior que inclui o arco triunfal, termina num frontão semicircular. Este, enquadra a capela-mor, ainda mais elevada e com retábulo de talha dourada de estilo nacional. Já depois da construção da igreja, que se situava, como era próprio destas instituições, junto aos principais centros de poder, neste caso, o edifício dos Paços do Concelho, teve início a obra do hospital anexo. O primeiro projecto, de dimensões reduzidas, arrancou em 1655, optando-se pela sua ampliação em 1707. Em 1863 o hospital transitou para o convento de São Francisco e as instalações da Misericórdia receberam diversas funções até serem adaptadas a teatro, a partir de 1891, o que alterou profundamente as funcionalidades e articulação dos espaços. Inaugurado em 1895, o Teatro da Sociedade Dramática de Alenquer manteve-se em funcionamento recebendo alguns melhoramentos esporádicos e mudando de nome em 1912 para homenagear a actriz natural de Alenquer, Ana Pereira. Mais recentemente, e com projecto do arquitecto Miguel Beleza Seixas e Sousa (1994), o teatro foi objecto de uma intervenção, iniciada em 2002, com o objectivo de recuperar e devolver este equipamento cultural a Alenquer. (RC) | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | Capela da Igreja de São Pedro (e recheio)Castelo de Alenquer | ||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 0 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 3 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
---|---|---|---|---|---|
Alenquer e o seu concelho | HENRIQUES, Guilherme João Carlos | Edição | 1873 | Lisboa | |
Retábulos das Misericórdias Portuguesas | LAMEIRA, Francisco | Edição | 2009 | Faro | |
"As Misericórdias da fundação à União Dinástica", Portugaliae Monumenta Misericordiarum - fazer a história das Misericórdias, vol. 1, pp. 19-45 | SÁ, Isabel dos Guimarães | Edição | 2002 | Lisboa |
Palacete Vilar de Allen
Rua António Cardoso, nº 175
4150-081 Porto, Portugal
NIF 517 842 920
Tel. +351 226 000 454
geral@patrimoniocultural.gov.pt