Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Torre de Coreixas, outrora denominada «Torre de Durigo»
Designação
DesignaçãoTorre de Coreixas, outrora denominada «Torre de Durigo»
Outras Designações / PesquisasTorre de Coreixas / Torre de Durigo (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Militar / Torre
TipologiaTorre
CategoriaArquitectura Militar
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaPorto/Penafiel/Irivo
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
- -Coreixas Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
41.18053-8.321051
DistritoPorto
ConcelhoPenafiel
FreguesiaIrivo
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDecreto n.º 129/77, DR, I Série, n.º 226, de 29-09-1977 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12707538
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaSolar da família Brandão, detentora dos morgados de Coreixas e de Peroselo, a torre senhorial de Durigo (como também é conhecida) é uma obra do final da Idade Média, muito possivelmente do século XV. A sua configuração, no entanto, parece apontar para uma construção primitiva anterior, testemunhada na aparente irregularidade de algumas fiadas inferiores do aparelho, mas esta é uma perspectiva que só poderá ser confirmada, ou rejeitada, depois de efectuado um rigoroso estudo do monumento.
De planta quadrangular, compõe-se de três registos, marcados exteriormente no alçado Sudoeste, o principal. Assim, no piso térreo e ao centro do alçado, abre-se uma porta de acesso ao interior, de arco ligeiramente abatido, antecedida por um pequeno lanço de escadas; o segundo andar é marcado axialmente por uma janela quadrangular em guilhotina. Esta é a parte mais adulterada da fachada, apresentando numerosos silhares salientes e outros dispostos irregularmente, parecendo que, na origem, a janela teria sido maior ou, em alternativa, teria existido no seu lugar uma varanda. O terceiro piso contém uma janela de arco apontado, solução que se repete nas restantes fachadas, fazendo crer tratar-se de uma sala única, profusamente iluminada, destinada a ser o andar nobre do conjunto senhorial. O monumento é encimado, a toda a sua volta, por uma linha de ameias de perfil prismático e integrava, nos ângulos, gárgulas, algumas já infelizmente desaparecidas.
Nos séculos seguintes, registaram-se muitas transformações na torre e na quinta, sucedendo-se as empreitadas construtivas que, apesar de terem afectado parcialmente a torre quatrocentista (entaipando alguns vãos, substituindo portas por janelas e alterando sistematicamente os soalhos e a organização interior), mantiveram-na como centro simbólico e funcional dos espaços.
Adossada à fachada Sudeste, existe um corpo moderno, de planta rectangular e organizado em dois andares, de difícil datação, mas que poderá corresponder ao século XIX, altura em que a propriedade passou para a posse da família Balsemão. Trata-se de uma construção organizada em duas funcionalidades distintas, a primeira de serviços e de apoio à quinta (piso térreo) e a segunda correspondente ao andar nobre, com escadaria que torna independente do registo inferior o acesso, e janelas de guilhotina de cuidada feição, harmoniosamente abertas no alçado. A partir deste nível, abriu-se uma passagem para o segundo piso da torre, através de um arco de feição moderna.
Para além deste corpo, outras transformações ocorreram na propriedade. Do lado oposto, adossou-se ao ângulo da torre uma capela de nave única, cuja fachada principal pretendeu repetir o modelo da estrutura medieval, ao recorrer a uma janela de arco quebrado com grelha de madeira e a ameias a encimar a empena. Por outro lado, no prolongamento do alçado da torre edificou-se um muro de delimitação da propriedade, com arco de volta perfeita de aduelas caneladas, sobrepujado por tímpano de perfil trapezoidal e encimado por pináculo axial. E diante da fachada principal do conjunto habitacional construiu-se um espaço ajardinado, à maneira de claustro, com fonte central.
Desde a origem até à actualidade, a torre permaneceu na posse de privados, facto que, se por um lado tem motivado a conservação e manutenção da propriedade, por outro tem favorecido as constantes reformas e adulterações das estruturas originais. Torre senhorial comum a tantas outras levantadas no Norte do país durante a Baixa Idade Média, a torre das Coreixas necessita, ainda, de um estudo específico que permita concluir sobre as diversas fases construtivas, sobre a marcha dos proprietários e suas encomendas e, inevitavelmente, sobre a real ocupação do lugar ao longo da História.
PAF
ProcessoLugar de Coreixas
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens0
Nº de Bibliografias4

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
História da Arte em Portugal - o GóticoALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira deEdição2002Lisboa
Portugal antigo e moderno: diccionario geographico, estatistico, chorographico, heraldico, archeologico, historico, biographico e etymologico de todas as cidades, villas e freguezias de Portugal e de grande numero de aldeias...PINHO LEAL, Augusto Soares d'Azevedo Barbosa deEdição1990Lisboa
A terra de PenafielAGUIAR, José Monteiro deEdição1943Porto
História da Arte em Portugal - o GóticoBARROCA, Mário JorgeEdição2002Lisboa
Portugal antigo e moderno: diccionario geographico, estatistico, chorographico, heraldico, archeologico, historico, biographico e etymologico de todas as cidades, villas e freguezias de Portugal e de grande numero de aldeias...FERREIRA, Pedro AugustoEdição1990Lisboa
"A família dos Brandões e as suas torres em terras de Penafiel", Terras de Penafiel, nº1, pp.MIRANDA, AbílioEdição1937Penafiel

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