Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Castro do Couto de Ouro
Designação
DesignaçãoCastro do Couto de Ouro
Outras Designações / PesquisasAlto da Cidade
Curral das Éguas
Castro de Romarigães
Cividade de Romarigães / Castro do Couto de Ouro / Castro de Romarigães (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) / (Ver Ficha em www.arqueologia.patrimoniocultural.pt)
Categoria / TipologiaArqueologia / Povoado Fortificado
TipologiaPovoado Fortificado
CategoriaArqueologia
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaViana do Castelo/Paredes de Coura/Romarigães
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
-- -- Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
41.871047-8.633966
DistritoViana do Castelo
ConcelhoParedes de Coura
FreguesiaRomarigães
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDecreto n.º 26-A/92, DR, I Série-B, n.º 126, de 1-06-1992 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMESítio
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12707538
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaSítio
O Povoado Fortificado de Cividade de Romarigães ou Coto de Ouro, localiza-se no lugar do Alto da Cidade, freguesia de Romarigães, concelho de Paredes de Coura. Implanta-se num esporão com uma altitude máxima de 280 metros, a norte da sede de freguesia, delimitado a nascente pela Ribeira da Codeceira.
Na envolvente são conhecidos outros arqueossítios análogos, igualmente enquadráveis na Idade do Ferro, nomeadamente Cidade Murada, Portela da Bustarenga, Crasto e Montezuel, embora nenhum registe uma altitude tão baixa. A presença de vários marcos miliários atesta a passagem da via romana Bracara - Astorga, construída a poente.
A região de abundantes recursos hídricos é também rica em minério, nomeadamente estanho, e dispõe de solos com aptidão agrícola. O recinto circunscrito por muralhas abrangia uma extensão com cerca de 4 hectares. A primeira linha defensiva, construída em terra com pouco recurso a pedra, rodeava a acrópole de configuração oval e a segunda circunscrevia a zona mais baixa, em vertente suave. As duas linhas, em talude, possivelmente com fossos, juntavam-se a norte, onde atingiam os 10 metros de altura, no ponto em que as condições naturais de defesa, já de si deficitárias, eram menos adequadas. Um outro talude defendia a entrada para o povoado, a oeste. A área de escavação apesar de muito contida, já permitiu a reconhecer um torreão cónico levantado em terra e pedra, com 3,75 metros de altura, possivelmente com funções de vigia. No topo apresenta um perímetro de 12,5 metros e na base os 30 metros.
Foram escavadas duas grandes estruturas circulares, com diâmetro superior a 6 metros, em granito não aparelhado. A designada cabana 1, de piso em saibro amassado, dispunha de um avançado, exibia o espaço interno dividido entre uma zona doméstica e outra artesanal, onde foram recolhidas gotas de fundição de ferro e uma fíbula do tipo Santa Luzia. A cabana 2, devido ao reduzido espólio recuperado, não faculta uma identificação segura da sua funcionalidade, pelo que a investigadora Maria de Fátima Matos da Silva, avança com a proposta de consistir numa zona habitacional ou num redil para animais.
Face ao resultados obtidos nas análises de carbono 14 executadas, e ao escasso espólio exumado, é possível balizar a sua ocupação entre o século VI e o I a.C..
A fraca presença de material datável da Época Romana, constituído apenas por parcos fragmentos de cerâmica de construção e uma moeda do século IV d.C., revelam que a sua ocupação não se terá prolongado neste período.
História
A mais antiga referência conhecida da Cividade de Romarigães remonta a 1706, na Corografia Portuguesa do padre António Carvalho da Costa, o qual refere a presença de vestígios de uma fortificação com três linhas de muralha no local a que chamavam Cidade do Penedo do Curral da Egoas. Diversos autores descrevem as ruínas, mas apenas foram efetuadas escavações no final do século passado. Os trabalhos arqueológicos realizaram-se entre 1992 e 1997, num total de seis campanhas de escavação, sob a direção de Maria de Fátima Matos da Silva, no âmbito dos projetos de investigação Estudo, Musealização e Divulgação do Povoamento Proto-Histórico e Romanização da Bacia Superior do Rio Coura e Carta Arqueológica da Bacia Superior do Rio Coura .
Ana Vale
DGPC, 2019
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens0
Nº de Bibliografias5

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Carta Arqueologica do Concelho de Paredes de Coura - uma perspectiva de arqueologia espacialSILVA, Maria de Fátima MatosEdiçãoPublicado a 1994 Número : 1-2
"Carta Arqueológica do concelho de Paredes de Coura - uma perspectiva de arqueologia espacial", Actas do 1º Congresso de Arqueologia PeninsularSILVA, Maria de Fátima MatosEdição1994Porto«Trabalhos de Antropologia e Etnologia», vol. 34, n.ºs 1-2, , p. 477-499.
"Estudo, conservação, restauro, dinamização e divulgação do povoamento castrejo da Bacia Superior do Rio Coura: primeiros resultados", Actas do 1.º Congresso de Arqueologia PeninsularSILVA, Maria de Fátima MatosEdição1994Porto«Trabalhos de Antropologia e Etnologia», vol. 34, n.ºs 1-2, pp. 281-302.
"Campo internacional de arqueologia estuda Cividades de Romarigães e Cossourado", Boletim Municipal de Paredes de CouraSILVA, Carlos Alberto Gouveia daEdição1996Paredes de Couravol. 8, n.º 1, p. 12.
Relatório de Trabalhos Arqueológicos Campanha de Escavações Arqueológicas na Cividade de Romarigães - Paredes de Coura, texto policopiadoSILVA, Maria de Fátima MatosEdição1992

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