Casa Grande de Romarigães (conjunto formado pela casa, anexos de função rural e Capela do Amparo) | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Casa Grande de Romarigães (conjunto formado pela casa, anexos de função rural e Capela do Amparo) | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Quinta do Amparo / Casa Grande de Romarigães (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Civil / Conjunto | ||||||||||||
Tipologia | Conjunto | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Civil | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Viana do Castelo/Paredes de Coura/Romarigães | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Viana do Castelo | ||||||||||||
Concelho | Paredes de Coura | ||||||||||||
Freguesia | Romarigães | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 1/86, DR, I Série, n.º 2, de 3-01-1986 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Conjunto | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 12707538 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | A classificação da Casa Grande de Romarigães, cuja designação é homónima do muito conhecido romance de Aquilino Ribeiro inclui, para além da casa, os anexos rurais, a igreja dedicada a Nossa Senhora do Amparo, de interessante fachada barroca, e a propriedade, delimitada pelo muro onde se abre um portão brasonado. A construção da casa deverá ter tido iniciado na segunda década do século XVII, época em que se instituiu o vínculo de Nossa Senhora do Amparo. Depois de algumas vicissitudes, a quinta foi adquirida em processo judicial pelo Par do Reino, Conselheiro Miguel de Antas, à família Meneses de Montenegro. A propriedade só viria a conhecer uma intervenção de restauro no século XX, quando, depois de ter passado pela posse do genro de Bernardino Machado (Presidente da primeira Republica), foi herdada pela mulher de Aquilino Ribeiro (CUNHA, 1909). É o próprio que nos relata, no prefácio que escreve ao seu romance, como a casa estava em mau estado e como, no decorrer das obras, encontrou uma série de documentação que o levariam a escrever a "Casa Grande de Romarigães: "Quando se procedeu ao restauro da Casa Grande, que foi solar dos Meneses e Montenegros, houve que demolir paredes de côvado e meio de bitola em que há um século lavrava a ruína, ocasionando-lhes fendas por onde entravam os andorinhões de asas abertas e desníveis com tal bojo que a derrocada parecia por horas. Num armário, não maior que o nicho dum santo, embutido na ombreira da janela, que a portada, em geral aberta, dissimulava atrás de si, encontrou-se uma volumosa rima de papéis velhos". Junto ao portão encontra-se, de um lado, uma casa de dois pisos, de planta quadrada e, do outro, a igreja. Esta, foi edificada em data próxima de 1700, constituindo, a sua fachada, um dos elementos mais destacados do conjunto. É delimitada por pilastras rematadas por pináculos, nos cunhais, e ao centro abre-se um portal de verga recta, flanqueado por janelas idênticas mas com frontão de volutas. Correspondem-lhes, no registo superior, três nichos com imagens e um óculo central, profusamente decorado. A empena é interrompida pelo campanário, de planta quadrada, que coroa todo o conjunto, acentuando o eixo central. Uma referência para os elementos decorativos aplicados no alçado, que formam motivos diversos (carrancas, volutas...) e que contribuem para a sensação de interligação entre todos os elementos (portal, janelas, nichos..), acentuando um quase "horror ao vazio", que ganha maior complexidade na zona superior da fachada. Por sua vez, o portão, definido por pilastras almofadadas, é posterior, denotando uma linguagem mais próxima do rococó, terminando em frontão ondulado e ostentando as armas da família proprietária da quinta. Actualmente, têm vindo a público notícias sobre o eventual restauro da propriedade, com o objectivo de aí instalar o espólio do escritor, a ser doado por seu filho, e criar uma espécie de centro de estudos aquilinianos (Correio da Manhã, 29/06/2000). (Rosário Carvalho) | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 3 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 3 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Alto Minho | ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de | Edição | 1987 | Lisboa | |
No Alto Minho. Paredes de Coura, 1909 (2ªed. 1979) | CUNHA, Narcizo Cândido Alves da | Edição | 1979 | Braga | Publicado a 1979 |
"Espólio de Aquilino fica em Paredes de Coura", Correio da Manhã | Edição | 2000 | Lisboa |
Casa Grande de Romarigães - Fachada voltada à rua
Casa Grande de Romarigães - Vista geral da capela
Casa Grande de Romarigães - Fachada voltada à rua