Igreja matriz de Alcácer do Sal, também chamada Igreja de Santa Maria do Castelo | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Igreja matriz de Alcácer do Sal, também chamada Igreja de Santa Maria do Castelo | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Igreja Paroquial de Alcácer do Sal / Igreja de Santa Maria do Castelo (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / Igreja | ||||||||||||
Tipologia | Igreja | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Setúbal/Alcácer do Sal/Alcácer do Sal (Santa Maria do Castelo e Santiago) e Santa Susana | ||||||||||||
Endereço / Local |
| ||||||||||||
Distrito | Setúbal | ||||||||||||
Concelho | Alcácer do Sal | ||||||||||||
Freguesia | Alcácer do Sal (Santa Maria do Castelo e Santiago) e Santa Susana | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 38 147, DG, I Série, n.º 4, de 5-01-1951 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | Portaria n.º 492/2023, DR, 2.ª série, n.º 179, de 14-09-2023 (com restrições) (ver Portaria) Adenda ao relatório final do procedimento aprovada por despacho de 28-07-2023 da subdiretora-geral da DGPC Relatório final do procedimento aprovado por despacho de 8-6-2022 do diretor-geral da DGPC Anúncio n.º 244/2020, DR, 2.ª série, n.º 198, de 12-10-2020 (ver Anúncio) Processo devolvido pela DRC do Alentejo sem qualquer alteração Processo devolvido à DRC do Alentejo, a seu pedido, para alteração da proposta Despacho de concordância de 23-10-2019 do subdiretor-geral da DGPC Parecer favorável de 16-10-2019 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura Nova proposta de 29-01-2016 da DRC do Alentejo Despacho de 9-12-2014 do diretor-geral da DGPC a devolver o processo à DRC do Alentejo para reanálise Nova proposta de 18-07-2014 da DRC do Alentejo Proposta de 13-11-2013 da Unidade de Coordenação de Classificações da DGPC para que a ZEP a fixar seja em simultâneo do Castelo de Alcácer do Sal e da Igreja Matriz de Alcácer do Sal, também chamada Igreja de Santa Maria do Castelo, que se situa no seu interior Anúncio n.º 13758/2012, DG, 2.ª série, n.º 237, de 7-12-2012 (ver Anúncio) Parecer favorável de 15-12-2010 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura Nova proposta de 25-10-2010 da DRC do Alentejo Despacho de 10-12-2009 do director do IGESPAR, I.P. a devolver o processo à DRC do Alentejo para reanálise Proposta de 7-04-2009 da DRC do Alentejo Nova proposta de 16-05-2005 da CM de Alcácer do Sal Proposta de 26-09-2003 da CM de Alcácer do Sal | ||||||||||||
Zona "non aedificandi" | Portaria n.º 492/2023, DR, 2.ª série, n.º 179, de 14-09-2023 | ||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 12699926 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | A Matriz de Alcácer do Sal localiza-se no espaço intra-muralhas, numa das zonas monumentais de maior antiguidade da cidade. Ela é, igualmente, o mais eloquente testemunho de como se foram sucedendo as épocas construtivas num mesmo espaço, escolhendo os novos poderes os locais simbólicos mais relevantes do tempo político e civilizacional anterior, para melhor impor a sua autoridade. Escavações recentes sugerem que a primitiva construção implantada neste espaço tenha sido um templo romano, posteriormente cristianizado (CARVALHO, FARIA e FERREIRA, 2004, p.27). Desconhece-se ainda como se terá processado esta transição, bem como a cronologia em que o cristianismo triunfou na antiga Salacia Imperatoria Urbs. Num anexo Norte do edifício foram incorporadas duas colunas romanas, como cunhais de obra nova, o que pressupõe ter a primitiva basílica sido construída ainda com os edifícios romanos de pé. A Alta Idade Média continua a ser pouco mais que muda em termos arqueológicos. No Museu Municipal Pedro Nunes conservam-se dois capitéis que têm sido catalogados de época visigótica (BARROCA, 1992, p.92), mas outras opiniões apontam para cronologias mais tardias, eventualmente já moçárabes (REAL, 1995), ou na órbita islâmica califal (ALMEIDA, 1986, pp. 52 e 81). A terem sido resgatados na igreja do castelo, esses capitéis são peças fundamentais para a caracterização do espaço em algum momento da Alta Idade Média, condicionando a sua atribuição cronológica outra sugestão ainda não confirmada arqueologicamente: a de que sobre a basílica paleocristã se implantou a mesquita-maior, como pensa PEREIRA, 2000, p.51. O edifício que hoje conhecemos foi construído a partir da conquista da cidade pelas tropas portuguesas de 1217. Ele é, por isso, e pela descaracterização generalizada do paço medieval, o mais importante testemunho da vitória cristã e do novo tempo civilizacional, que fez com que Alcácer ficasse na posse da Ordem de Santiago. Trata-se de um dos mais meridionais edifícios tardo-românicos, que integra já alguns elementos de transição, em particular ao nível da flora dos capitéis do corpo. O portal principal, de arco de volta perfeita sustentado por arquivolta única sobre colunas de capitéis desprovidos de decoração, é o imediato testemunho estilístico a quem se depara com a igreja. O mais importante vestígio é, todavia, o portal lateral Norte, inscrito em corpo avançado em forma de alfiz. É um amplo portal de arco a pleno centro, definido por três arquivoltas, a exterior ornamentada com friso de rosetas geometrizantes. As duas arquivoltas interiores são lisas, mas suportadas por colunas cujos capitéis exibem um vegetalismo característico do século XIII, com amplos espaços por preencher, porém já com composições em andares. No interior, salientam-se os capitéis, que apresentam motivos fitomórficos semelhantes aos do portal setentrional, com figurações ainda muito presas ao campo escultórico. Em todo o caso, dois capitéis ilustram o que parecem ser sereias, numa assunção já algo anacrónica do bestiário românico. Se a estrutura geral da obra é ainda românica, muitos foram os melhoramentos por que o templo passou nos séculos seguintes. Na época moderna, pelos séculos XVII-XVIII, refez-se a cobertura, suprimindo-se o tecto original, presumivelmente de madeira, para a actual solução de três panos. A frontaria foi bastante transformada nessa altura, com novo segundo andar e coroamento (que incluiu uma janela monumental) e, principalmente, com torre sineira barroca, de secção quadrangular e adossada à face lateral Sul da frontaria. No interior, construiu-se a Capela do Santíssimo Sacramento (2ª metade do século XVII), que tem a particularidade das paredes laterais serem revestidas por azulejos polícromos seiscentistas. PAF | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 7 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 6 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
---|---|---|---|---|---|
"O castelo de Alcácer do Sal. Um projecto de arqueologia urbana", Bracara Augusta, vol. 46 (Actas do Encontro de Arqueologia Urbana), pp.215-264 | PAIXÃO, António Manuel Cavaleiro | Edição | 1994 | Braga | Publicado a 1994 Número : 97 |
"O castelo de Alcácer do Sal. Um projecto de arqueologia urbana", Bracara Augusta, vol. 46 (Actas do Encontro de Arqueologia Urbana), pp.215-264 | CARVALHO, António Rafael | Edição | 1994 | Braga | Publicado a 1994 Número : 97 |
"O castelo de Alcácer do Sal. Um projecto de arqueologia urbana", Bracara Augusta, vol. 46 (Actas do Encontro de Arqueologia Urbana), pp.215-264 | FARIA, João Carlos Lázaro | Edição | 1994 | Braga | Publicado a 1994 Número : 97 |
"Inovação e resistência: dados recentes sobre a antiguidade cristã no ocidente peninsular", IV Reunião de Arqueologia Cristã Hispânica (Lisboa, 1992), 1995, pp.17-68 | REAL, Manuel Luís | Edição | 1995 | ||
História da Arte em Portugal, vol. 2 (Alta Idade Média) | ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de | Edição | 1986 | Lisboa | |
Alcácer do Sal na Idade Média, Dissertação de Mestrado apresentada à Universiade Nova de Lisboa | PEREIRA, Maria Teresa Lopes | Edição | 1998 | Lisboa | |
Alcácer do Sal islâmica | CARVALHO, António Rafael | Edição | 2004 | Alcácer do Sal | |
Alcácer do Sal islâmica | FARIA, João Carlos Lázaro | Edição | 2004 | Alcácer do Sal | |
Alcácer do Sal islâmica | FERREIRA, Marisol Aires | Edição | 2004 | Alcácer do Sal | |
"3. Capitel", Nos confins da Idade Média, p.92 | BARROCA, Mário Jorge | Edição | 1992 | Porto |
Igreja matriz de Alcácer do Sal - Fachada principal
Igreja matriz de Alcácer do Sal - Fachada principal e cruzeiro fronteiro
Igreja matriz de Alcácer do Sal - Fachada posterior: colunas de época romana reaproveitadas
Igreja matriz de Alcácer do Sal - Fachada lateral norte: portal tardo-românico
Igreja matriz de Alcácer do Sal - Fachada lateral sul: capitéis do portal tardo-românico (lado poente)
Igreja matriz de Alcácer do Sal - Fachada lateral sul: capitéis do portal tardo-românico (lado nascente)
Castelo de Alcácer do Sal e Igreja Matriz de Alcácer do Sal - Planta anexa à portaria que fixou a ZEP