Escadaria que dá acesso ao átrio superior da Misericórdia | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Escadaria que dá acesso ao átrio superior da Misericórdia | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Misericórdia de Setúbal / Hospital da Santa Casa da Misericórdia de Setúbal / Associação Sociedade Cultural e Recreativa Capricho Setubalense / Cruz Vermelha Portuguesa de Setúbal (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Civil / Escadaria | ||||||||||||
Tipologia | Escadaria | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Civil | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Setúbal/Setúbal/Setúbal (São Julião, Nossa Senhora da Anunciada e Santa Maria da Graça) | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Setúbal | ||||||||||||
Concelho | Setúbal | ||||||||||||
Freguesia | Setúbal (São Julião, Nossa Senhora da Anunciada e Santa Maria da Graça) | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Decreto nº 23 008, DG, I Série, N.º 196 de 30-08-1933 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 22051577 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Não é conhecida a data exacta da fundação da Misericórdia de Setúbal, embora estudos recentes apontem como mais provável o ano de 1499 (ABREU, p. 21). Certo é que a confraria já existia em 5 de Fevereiro de 1500, data em que Rodrigo Afonso (conselheiro real e vedor da fazenda) efectuou a doação da ermida de Santa Maria dos Anjos à Misericórdia, que aí estabeleceu a sua primeira sede. Apesar dos privilégios concedidos por D. Manuel, a confraria mantinha-se um pouco à margem dos poderes instituídos em Setúbal, onde funcionavam outras confrarias, de tradição medieval. A própria localização periférica da ermida de Santa Maria dos Anjos (próxima do mosteiro de Jesus), muito afastada do centro e fora das muralhas, em nada contribuíu para alterar a situação. Tal só veio a acontecer a partir de 1566, data em que ocorreu a anexação da "rede hospitalar da vila", onde se incluía o Hospital do Espírito Santo e respectivos bens (ficando excluído o da Anunciada, um pólo de resistência até à sua incorporação, em 1869 - sobre esta questão, de contornos mais complexos, veja-se ABREU, pp. 27-28; IDEM, 1999, pp.282-289). A capacidade económica da Misericórdia conheceu, então, um reforço significativo, com reflexos na importância e prestígio da confraria, que beneficiou, desde logo, da transferência das suas instalações para o Hospital do Espírito Santo, em local central, no interior da malha urbana fortificada (IDEM, p. 31). A partir deste período, que coincidiu com toda uma conjuntura religiosa determinada pelo Concílio de Trento, e graças ao sal e à indústria conserveira (principais meios de subsistência dos setubalenses), os legados pios cresceram de forma acentuada, pois a Misericórdia assumia-se, cada vez mais, como uma intercessora privilegiada para todos quantos pretendiam alcançar a eternidade (IDEM). O reflexo desta situação e o apogeu económico da confraria verificou-se no século XVII, embora os últimos anos desta centúria fizessem prever o período de decadência que se avizinhava, com reflexos visíveis nas dificuldades de reconstrução do seu hospital e igreja, profundamente danificados em consequência do Terramoto de 1755. A história da Misericórdia, intimamente ligada à vida hospitalar de Setúbal, prosseguiu com a ocupação das instalações do extinto convento de Jesus, e culminou com a edificação do Hospital de São Bernardo, inaugurado em 1959, e cuja administração a confraria manteve até 1974. O edifício que hoje conhecemos, onde funcionou o antigo hospital, e que é, também, ocupado pela Cruz Vermelha e pela Sociedade Cultural e Recreativa Capricho Setubalense, resulta da reconstrução levada a cabo depois de 1755. Prova disso é o seu traçado, de cariz pombalino, onde ressalta uma depuração arquitectónica, apenas atenuada pelos lintéis dos múltiplos vãos que se abrem nas fachadas, com molduras e frontões contracurvados. No interior do edifício conserva-se a imponente escadaria de distribuição dos diversos espaços e pisos, de lanços opostos, destacando-se, ainda, algumas dependências com tectos pintados, ou silhares de azulejos. A igreja, que correspondia ao alçado Este, onde se observam janelas de molduras actuais, desapareceu nos anos 60 do século XX, para dar lugar ao alargamento da rua e ao edifício da Caixa Geral de Depósitos (em terrenos vendidos pela confraria), consequência da explosão urbanística da época, que não obedeceu a qualquer plano director (SILVA, p. 31). (Rosário Carvalho) | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 0 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 6 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Setúbal | SILVA, José Custódio Vieira da | Edição | 1990 | Lisboa | |
As Misericórdias | GOODOLPHIM, Costa | Edição | 1897 | Lisboa | |
A Santa Casa da Misericórdia de Setúbal de 1500 a 1755 | ABREU, Laurinda | Edição | 1990 | Setúbal | |
Memórias da Alma e do Corpo. A Misericórdia de Setúbal na Modernidade. | ABREU, Laurinda | Edição | 1999 | Braga | |
"As Misericórdias da fundação à União Dinástica", Portugaliae Monumenta Misericordiarum - fazer a história das Misericórdias, vol. 1, pp. 19-45 | SÁ, Isabel dos Guimarães | Edição | 2002 | Lisboa | |
A Fundação das Misericórdias: o reinado de D. Manuel vol. III, in Portugaliae Monumenta Misericordiarum (coord. científica José Pedro Paiva) | Edição | 2004 | Lisboa |