Igreja paroquial de Mira | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Igreja paroquial de Mira | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Igreja de São Tomé, paroquial de Mira / Igreja Paroquial de Mira / Igreja de São Tomé (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / Igreja | ||||||||||||
Tipologia | Igreja | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Coimbra/Mira/Mira | ||||||||||||
Endereço / Local |
| ||||||||||||
Distrito | Coimbra | ||||||||||||
Concelho | Mira | ||||||||||||
Freguesia | Mira | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 47 508, DG, I Série, n.º 20, de 24-01-1967 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 12700426 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Situada no centro da localidade de Mira, junto ao largo do Pelourinho, a igreja de São Tomé veio substituir o primitivo templo da paróquia, localizado numa zona mais afastada (CORREIA, GONÇALVES, 1952), facto que aconteceu na última década do século XVII, conforme atesta a inscrição patente sobre a porta de entrada - ESTA IGREIA / FOI FVNDADA / NA ERA DE 1690 -, por ordem do Bispo D. João de Melo, em 1688 (IDEM, Ibidem). A sua arquitectura denota grande austeridade, contrastando vivamente com o interior do templo, cuja decoração foi progressivamente enriquecida através de retábulos de talha dourada, de inúmeras imagens de épocas diferenciadas (século XV-XVIII) e, principalmente, do revestimento de painéis de azulejo com representações de cenas da Paixão, que conferem ao conjunto uma dinâmica decorativa barroca e rococó. Na realidade, as intervenções prolongaram-se até ao século XIX, e parte da torre que ladeia a frontaria, bem como as janelas e a empena desta última são já obra oitocentista. Destaca-se, na fachada principal, o nicho definido por volutas, que exibe a imagem pétrea do Padre Eterno, parte integrante de uma representação da Santíssima Trindade quinhentista, mas que chegou até nós fragmentada. O interior, de nave única, apresenta dois altares colaterais e igual número de capelas laterais. Os seus retábulos são, tal como o da capela-mor, de talha dourada, integrando-se no denominado estilo nacional ou barroco pleno (à excepção do do lado da Epístola, que é mais tardio). O tecto em caixotões, é uma obra setecentista. Os painéis de azulejo recortado, que revestem a nave, foram executados já na segunda metade do século XVIII (c. 1770) (SIMÕES, 1979, p. 151), muito possivelmente por uma oficina de Coimbra (CORREIA, GONÇALVES, 1952). Foram pintados a azul e branco mas, na zona superior, observam-se flores policromadas. A composição das molduras denuncia o gosto rococó, próprio da época, bem presente nos concheados e delicadeza do desenho. Os painéis ilustram os diferentes passos da Paixão de Cristo, num desenho de boa qualidade, representando-se, por vezes, várias cenas numa mesma composição. Nas cartelas inferiores, as legendas em português ajudam a identificar e a evidenciar o sentido das imagens, de forma a tornar clara a sua mensagem catequética. Por sua vez, também a capela de Nossa Senhora de Fátima apresenta um conjunto de azulejos da mesma campanha, onde foram retratados episódios marianos e a Última Ceia. Curiosamente, o orago do templo não se encontra representado neste programa, que deu preferência às cenas da Paixão. A iconografia de São Tomé é, por isso mesmo, bastante reduzida, circunscrevendo-se à imaginária - escultura do século XV representando o santo vestido de apóstolo (CORREIA, GONÇALVES, 1952). De facto, Tomé era um pescador da Galileia que se tornou discípulo de Jesus, sendo habitualmente recordado pela incredulidade que manifestou sobre a Ressurreição de Cristo. Poder-se-á entender a escolha da Paixão neste âmbito? Rosário Carvalho | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 12 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 2 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
---|---|---|---|---|---|
Inventário Artístico de Portugal - Aveiro, Beja, Coimbra, Évora, Leiria, Portalegre, Porto e Santarém | SEQUEIRA, Gustavo de Matos | Edição | 2000 | Lisboa | Academia Nacional de Belas Artes 3 CD ROM Tipo : Multimédia - CD Rom |
Azulejaria em Portugal no século XVIII | SIMÕES, J. M. dos Santos | Edição | 1979 | Lisboa |
Igreja Paroquial de Mira - Fachada principal
Igreja Paroquial de Mira - Fachada principal
Igreja Paroquial de Mira - Fachada lateral direita
Igreja paroquial de Mira - Fachada principal (DGEMN)
Igreja paroquial de Mira - Interior: nave e capela-mor (DGEMN)
Igreja paroquial de Mira - Interior: nave e coro-alto (DGEMN)
Igreja paroquial de Mira - Interior: púlpito (DGEMN)
Igreja paroquial de Mira - Interior: arco triunfal da capela-mor (DGEMN)
Igreja paroquial de Mira - Interior: painel de azulejo na parede da nave do lado do Evangelho (DGEMN)
Igreja paroquial de Mira - Imagem de São Lourenço (ANBA)
Igreja paroquial de Mira - Imagem de São Pedro (ANBA)
Igreja paroquial de Mira - Imagem de São Tomé (ANBA)