Fábrica romana de salga integrada nas caves de um edifício na Travessa de Frei Gaspar, 10, em Setúbal | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Fábrica romana de salga integrada nas caves de um edifício na Travessa de Frei Gaspar, 10, em Setúbal | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Fábrica Romana de Salga, em Setúbal / Fábrica Romana de Salga (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arqueologia / Complexo Industrial | ||||||||||||
Tipologia | Complexo Industrial | ||||||||||||
Categoria | Arqueologia | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Setúbal/Setúbal/Setúbal (São Julião, Nossa Senhora da Anunciada e Santa Maria da Graça) | ||||||||||||
Endereço / Local |
| ||||||||||||
Distrito | Setúbal | ||||||||||||
Concelho | Setúbal | ||||||||||||
Freguesia | Setúbal (São Julião, Nossa Senhora da Anunciada e Santa Maria da Graça) | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 26-A/92, DR, I Série-B, n.º 126, de 1-06-1992 (ver Decreto) Edital N.º 73/86 de 25-03-1986 da CM de Setúbal Despacho de homologação Despacho de concordância de 8-11-1985 do vice-presidente do IPPC Parecer de 4-11-1985 do Conselho Consultivo do IPPAR a propor a classificação como IIP Proposta de classificação de 25-05-1984 do MAEDS | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Sítio | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 181502 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | As ruínas da Fábrica Romana de Salga foram descobertas em 1979, aquando das obras de construção de um edifício situado na Travessa de Frei Gaspar, em Setúbal. Este complexo industrial destinava-se à preparação de derivados de peixe, incluindo o garum, ou pasta de peixe salgada, que na época constituía valiosa moeda de troca. Setúbal, a Cetobrica romana, era então um importante entreposto comercial, baseado em grande parte no comercio das conservas do abundante pescado do estuário do Sado. Para além da fábrica da Travessa de Frei Gaspar, conhecem-se duas outras na cidade, situadas na Rua Januário da Silva e na Praça de Bocage. A laboração destas salgadeiras implicava o desenvolvimento de indústrias auxiliares, como as olarias, os estaleiros, as manufacturas de redes de pesca, as salinas e as quintas agrícolas, dinamizando desta forma toda a região. As escavações arqueológicas realizadas no sítio revelaram dois grandes grupos estruturais. Um primeiro conjunto de estruturas teria eventual carácter habitacional, sendo datável de meados do século I d. C., época na qual seriam construídos o peristilo e a zona do pátio. No último quartel da centúria foi edificada a fábrica de salga, que se desenvolvia em torno do pátio central já referido, numa série de estruturas das quais apenas uma parte se encontra identificada. Junto da construção existiria um forno de olaria, para fabricação das ânforas nas quais os preparados de peixe eram embalados para exportação. A fábrica foi abandonada ao longo do século IV, quando os tanques ou cetárias passaram a ser utilizados como lixeiras, mas seria recuperada no século seguinte, quando se deu a segunda fase de construção do complexo. Embora não voltasse a laborar em pleno, os tanques foram beneficiados com novos revestimentos, em opus signinum, aparelhamento habitualmente utilizado para impermeabilizar estruturas, constando de cal e cerâmica triturada. Na mesma época, um dos tanques quadrangulares de maiores dimensões foi dividido em dois, e o pátio do século I foi igualmente revestido por um segundo pavimento. É em torno deste que se organizam, e são ainda visíveis, 14 tanques quadrangulares, dispostos em duas fiadas paralelas. A fábrica seria definitivamente abandonada no século V ou VI, certamente devido à decadência dos mercados e do comércio que se seguiu à queda do Império Romano, em 476 d.C.. Sílvia Leite / DIDA / IGESPAR, I.P. / 18-09-2007 | ||||||||||||
Processo | O complexo industrial em causa encontra-se nas caves de um edifício de quatro andares, vedado por painéis vítreos. | ||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 3 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 5 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
---|---|---|---|---|---|
"Algumas considerações sobre as fabricas de conservas de peixe da antiguidade encontradas em Portugal" | FERREIRA, Octávio da Veiga | Edição | 1867 | Publicado a 1966-67 | |
Arqueologia de Setúbal. Para o conhecimento das origens da cidade | VÁRIA | Edição | 1990 | ||
"Fábrica de Salga da Época romana da Travessa de Frei Gaspar", Primeiro Encontro Nacional de Arqueologia Urbana | SILVA, Carlos Tavares da; SOARES, Antónia C.; SOARES, Joaquina | Edição | 1985 | Data do Editor : 1985 | |
"Fábrica romana de salga de peixe de Cacilhas. Relatório dos trabalhos arqueológicos de 1987", Informação Arqueológica | BARROS, Luís Manuel Boa Ventura de | Edição | 1994 | Lisboa | 9, p. 136-138 |
Fábrica de preparados de peixe da época romana | GONÇALVES, Luís Jorge | Edição | Setúbal | Folheto do Posto de Turismo da Região de Turismo da Costa Azul, na Travessa de Frei Gaspar, onde se encontram as salgadeiras. |
Fábrica Romana de Salga - Vista parcial (sob o pavimento do actual Turismo de Setúbal)
Fábrica Romana de Salga - Pormenor
Fábrica Romana de Salga - Pormenor através do pavimento
Palacete Vilar de Allen
Rua António Cardoso, nº 175
4150-081 Porto, Portugal
NIF 517 842 920
Tel. +351 226 000 454
geral@patrimoniocultural.gov.pt