Ermida de Nossa Senhora da Purificação | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Ermida de Nossa Senhora da Purificação | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Ermida de Nossa Senhora da Purificação / Ermida do Sirol (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / Ermida | ||||||||||||
Tipologia | Ermida | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Lisboa/Torres Vedras/Dois Portos e Runa | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Lisboa | ||||||||||||
Concelho | Torres Vedras | ||||||||||||
Freguesia | Dois Portos e Runa | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 47 508, DG, I Série, n.º 20, de 24-01-1967 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 12699926 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | De acordo com a inscrição presente sobre o portal principal, alusiva à sagração do templo, ocorrida a 26 de Julho de 1749, podemos estabelecer a primeira metade do século XVIII como o período mais provável para a edificação da ermida de Nossa Senhora da Purificação. De planta longitudinal, que articula capela-mor rectangular com nave única, antecedida por galilé, a ermida caracteriza-se por uma grande depuração ao nível dos alçados exteriores. A torre, de planta quadrada, respeita a organização da fachada, prolongando o friso que, no alçado principal, separa o arco do piso térreo, da janela com varandim e moldura recortada, do registo superior. Aberta por frestas na base, e pelas sineiras de volta perfeita no registo que se sobrepõe à cornija, a torre é coberta por abóbada bolbosa, com fogaréus no eixo dos cunhais. Este remate, a par da janela do coro, são os elementos de maior dinamismo e decorativismo do conjunto, que não deixa de revelar alguma desproporção, principalmente pela configuração da torre que, em relação à fachada, parece excessivamente larga e elevada, motivando um impacto significativo na área envolvente. O interior, profusamente decorado e tirando partido da conjugação de várias técnicas e materiais, com o objectivo de criar um espaço apelativo e sensorial mas já de linguagem rococó, contrasta fortemente com o exterior. A nave é percorrida por um silhar de azulejos, com cercaduras de motivos de asas de morcegos que envolvem painéis ornamentais, executados num azul mais fraco, e figurações marianas: Nascimento da Virgem, Apresentação, Casamento, Anunciação, Jesus na Sinagoga, Fuga para o Egipto, Circuncisão e Adoração dos Pastores (SIMÕES, 1979, p. 330). Sobre os azulejos encontramos um conjunto de trabalhos em estuque, que preenchem a totalidade dos panos murários. São estas massas estucadas em relevo, e pintadas, que desenham arcos de volta perfeita, nas paredes da nave, no interior dos quais encontramos, para além de outros elementos, (como o púlpito, do lado do Evangelho), motivos diversos e figurações dos Evangelistas. Os nichos que ladeiam o arco triunfal seguem o mesmo modelo, com a representação de São Sebastião e Santa Bárbara. A abóbada da nave apresenta, também, o mesmo género de decoração, conferindo unidade ao conjunto, e contribuindo para a sua relevância enquanto espaço totalmente revestido por estuques, numa tendência que se vinha a impor em Lisboa, desde os meados do século XVIII, e que conheceu na figura de João Grossi a sua máxima expressão. Na capela-mor, mantém-se a mesm unidade decorativa, mais geometrizante e em tons de dourado . O retábulo-mor exibe a imagem de Nossa Senhora com o Menino. O revestimento azulejar conserva, também, um esquema idêntico ao da nave, com episódios alusivos à Assunção da Virgem e à Purificação de Nossa Senhora. De acordo com Santos Simões, este conjunto cerâmico deve remontar à década de 1770 (1770-75), não sendo de excluir a possibilidade de atribuir a sua execução à Fábrica do Rato, nos seus primeiros anos de laboração (SIMÕES, 1979, p. 330). Concluímos, assim, que, à campanha de obras da primeira metade do século XVIII sucedeu, anos mais tarde, a campanha decorativa do interior, marcada pela utilização de uma linguagem azulejar própria da segunda metade da centúria, e pela preferência dos trabalhos em estuque, que se tornavam uma opção cada vez mais comum. (Rosário Carvalho) | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 1 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 2 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa, vol. IV | AZEVEDO, Carlos de | Edição | 1963 | Lisboa | |
Azulejaria em Portugal no século XVIII | SIMÕES, J. M. dos Santos | Edição | 1979 | Lisboa | |
Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa, vol. IV | FERRÃO, Julieta | Edição | 1963 | Lisboa | |
Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa, vol. IV | GUSMÃO, Adriano de | Edição | 1963 | Lisboa |
Ermida de Nossa Senhora da Purificação - Fachada principal