Igreja da Misericórdia e Fonte | |||||||||||||||||
Designação | |||||||||||||||||
Designação | Igreja da Misericórdia e Fonte | ||||||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Igreja da Misericórdia de Alandroal e Fonte Igreja da Santa Casa da Misericórdia de Alandroal e Fonte / Edifício e Igreja da Santa Casa da Misericórdia do Alandroal (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) / Fonte da Misericórdia (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / Igreja | ||||||||||||||||
Tipologia | Igreja | ||||||||||||||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||||||
Localização | |||||||||||||||||
Divisão Administrativa | Évora/Alandroal/Alandroal (Nossa Senhora da Conceição), São Brás dos Matos (Mina do Bugalho) e Juromenha (Nossa Senhora do Loreto) | ||||||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Évora | ||||||||||||||||
Concelho | Alandroal | ||||||||||||||||
Freguesia | Alandroal (Nossa Senhora da Conceição), São Brás dos Matos (Mina do Bugalho) e Juromenha (Nossa Senhora do Loreto) | ||||||||||||||||
Proteção | |||||||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 45/93, DR, I Série-B, n.º 280, de 30-11-1993 (ver Decreto) | ||||||||||||||||
ZEP | |||||||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||||||
CLASS_NAME | Conjunto | ||||||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||||||
AFECTACAO | 22051577 | ||||||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | A estrutura da Misericórdia do Alandroal, com duas igrejas paralelas (uma quinhentista e outra setecentista), deixa adivinhar os grandes períodos da sua existência, dos quais resultaram evidentes consequências ao nível arquitectónico e decorativo. Não se sabe ao certo a data da sua instituição, mas a existência de um livro de contas de 1511 permite supor que já existia neste ano (ESPANCA, 1978). Será, no entanto, necessária uma investigação mais aprofundada para se apurar a fundação desta Misericórdia, não mencionada em estudos mais recentes (SÁ, 2002, p. 22). A primitiva igreja era da invocação do Espírito Santo e, embora tenha sido utilizada como sala do Consistório durante longo tempo, mantém a traça original. Situada a Leste, apresenta nave única, arco triunfal ogival e capela-mor rectangular, com cobertura em abóbada de nervuras, com fecho onde se representa a cruz da Ordem de Cristo e pinturas a fresco, já seiscentistas. Se a arquitectura mantém os traços manuelinos, que podem corroborar a maior antiguidade da igreja e da instituição da Misericórdia, os elementos decorativos que aqui encontramos são já do período barroco, possivelmente contemporâneos da grande intervenção que deu origem à igreja setecentista. Os panos murários exibem, também, pintura a fresco, com representações de São João Baptista no deserto, um santo Bispo e São Francisco recebendo os estigmas (ESPANCA, 1978). O retábulo que hoje observamos é de alvenaria e remonta ao período barroco. A lápide no pavimento indica que ali se encontra sepultado D. Jorge de Melo (+ 1549), por alguns autores considerado o fundador da Misericórdia. A fachada desta capela foi integrada na igreja que se edificou posteriormente, constituindo a sua porta principal, de verga recta, a base da torre sineira. Em relação à nova igreja são poucos os dados conhecidos. A sua arquitectura indica uma construção que pode ser balizada entre o final do século XVII e o início do seguinte, sendo que boa parte dos elementos decorativos, onde se inclui a cartela sobre o portal principal, são já do reinado de D. João V. A edificação de um outro templo, paralelo ao primitivo, poderá justificar-se por uma questão de espaço. A capela original não deveria apresentar ruína, uma vez que foi conservada e reutilizada. A fachada principal, em empena, destaca-se pelo portal principal, coroado por frontão recortado em cujo tímpano se inscrevem as armas de D. João V, denunciando não apenas uma época construtiva mas, eventualmente, a participação real nas obras que então decorriam. No interior, a nave rectangular é coberta por abóbada de meio canhão; tem coro alto, dois altares, e o púlpito de mármore branco do século XVIII. Ganha especial relevância a tribuna dos mesários, de madeira entalhada (com elementos a anunciar o rocaille), assente sobre cachorros marmóreos. Esta tribuna pode, eventualmente, indiciar uma outra campanha de obras tardia, mais próxima ou a decorrer no reinado de D. José (ESPANCA, 1978). Na capela-mor, o retábulo de talha dourada, estilo nacional, apresenta tribuna com um trono, a que se sobrepunha, por vezes, um painel representando a Visitação, executado por um pintor regional. Os panos murários destacam-se pelo revestimento azulejar azul e branco, característicos da primeira metade do século XVIII e que Santos Simões data de c. 1740 (1969, p. 396). Ilustram a Última Ceia e Cristo a lavar os pés aos Apóstolos. Uma última referência para as restantes dependências da Misericórdia e antigo Hospital, cuja fachada se desenvolve no prolongamento do alçado principal da igreja, acompanhando o declive da rua. Pauta-se por vãos de verga recta e janelas de sacada no piso superior. Incluída na presente classificação, a fonte, situada em frente da entrada do antigo hospital, foi inaugurada em 1872. Veio substituir um antigo poço, e a fonte erguida em 1782. O seu espaldar, em mármore, é muito depurado, salientando-se o remate em frontão contracurvado. (RC) | ||||||||||||||||
Processo | |||||||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | Castelo do Alandroal | ||||||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||||||
Nº de Imagens | 2 | ||||||||||||||||
Nº de Bibliografias | 4 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Azulejaria em Portugal no século XVIII | SIMÕES, J. M. dos Santos | Edição | 1979 | Lisboa | |
Inventário Artístico de Portugal - vol. IX (Distrito de Évora, Zona Sul, volume I) | ESPANCA, Túlio | Edição | 1978 | Lisboa | O vol. II é totalmente dedicado às ilustrações. |
Origens e Formação das Misericórdias Portuguesas | CORREIA, Fernando da Silva | Edição | 1999 | Lisboa | |
"As Misericórdias da fundação à União Dinástica", Portugaliae Monumenta Misericordiarum - fazer a história das Misericórdias, vol. 1, pp. 19-45 | SÁ, Isabel dos Guimarães | Edição | 2002 | Lisboa |
Igreja da Misericórdia de Alandroal - Interior: capela-mor (CME)
Igreja da Misericórdia de Alandroal - Interior: nave e capela-mor (CME)