Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Palácio do Manique do Intendente
Designação
DesignaçãoPalácio do Manique do Intendente
Outras Designações / PesquisasPalácio de Manique do Intendente (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Civil / Palácio
TipologiaPalácio
CategoriaArquitectura Civil
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaLisboa/Azambuja/Manique do Intendente, Vila Nova de São Pedro e Maçussa
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Largo Pina ManiqueManique do Intendente Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
39.221729-8.893699
DistritoLisboa
ConcelhoAzambuja
FreguesiaManique do Intendente, Vila Nova de São Pedro e Maçussa
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDecreto n.º 45/93, DR, I Série-B, n.º 280, de 30-11-1993 (ver Decreto)
Edital N.º 26/88 de 5-02-1988 da CM de Azambuja
Despacho de homologação de 26-03-1980 do Secretário de Estado da Cultura
Parecer de 26-03-1980 da COISPCN a propor a classificação como IIP
Proposta de classificação de 30-12-1977 da DGEMN
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO9914631
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaDiogo Inácio de Pina Manique (1733-1805) desempenhou vários cargos no tempo do Marquês de Pombal, tendo sido nomeado Intendente da Polícia em 1780 (no reinado de D. Maria I), função que acumulou com as que então já detinha. A sua acção pautou-se pela implementação de uma série de melhoramentos, quer de infraestruturas quer ao nível da segurança na cidade de Lisboa, mas também pela perseguição que moveu a todos quantos apoiavam os ideais revolucionários oriundos de França, acabando por ser afastado do cargo em 1803, por imposição do governo francês, depois dos problemas registados com o embaixador, o General Lannes.
A ligação deste homem à povoação que veio a ser designada por Manique do Intendente, e que inicialmente constituía o prazo de Alcoentrinho, pertença da Ordem da Cristo, remonta ao tempo de seu tio, Diogo de Pina Manique, que instituiu um morgadio a favor do sobrinho em 1773, por ocasião do seu casamento com D. Inácia Margarida Umbelina de Brito Nogueira e Matos. Mais tarde, D. Maria permitiu que Alcoentrinho mudasse de nome e fosse senhorio de solar, passando o Intendente e seus descendentes a intitular-se Senhores de Manique. Assim se deu início a um projecto muito mais ambicioso, que pressupunha a criação de uma vila com todas as instituições necessárias ao seu funcionamento, obedecendo a uma configuração arquitectónica racionalista, actualizada em relação ao que se fazia à época, na Europa e, principalmente, em Lisboa. Para além do grandioso palácio, o plano incluía, entre outros, a Câmara Municipal, o pelourinho, o Palácio da Justiça, a igreja. O afastamento do cargo de Intendente e a sua morte, ocorrida apenas dois anos depois, impediram-no de ver concluído o projecto, permanecendo ainda hoje inacabado o solar onde deveria ter residido.
Dominando a praça principal de Manique do Intendente, o solar impõe-se pela sua monumental fachada, que integra, ao centro, a capela. Os corpos laterais são abertos, no piso superior, por janelas de verga recta sobrepujadas por frontão curvo ou semicircular, a que correspondem, no piso térreo, vãos simétricos de configuração diferenciada, alguns dos quais envoltos por molduras de aparelho rusticado. Ambos os corpos são rematados por balaustrada interrompidas por socos coroados por esculturas, parte das quais ainda se conservam. O corpo correspondente ao templo é antecedido por uma escadaria e por arcaria que suporta a varanda superior, para a qual se rasgam três janelas de frontões triangulares. Termina este corpo um frontão semicircular, com obelisco no topo. Mais atrás, a torre da igreja que se ergueu a expensas da população local aquando do restauro do templo, em 1941, que o permitiu manter aberto ao culto.
Não se conhece o autor deste grandioso projecto, que deveria incluir todo o urbanismo envolvente senão mesmo os edifícios públicos de maior relevo, embora seja apontado o nome de José da Costa e Silva, que nesta época estava ocupado com a construção do teatro São Carlos, em Lisboa, por iniciativa de Diogo Inácio de Pina Manique, e com o qual comunga de uma mesma linguagem neoclássica (SILVA, 1958, p. 113).
(Rosário Carvalho)
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens0
Nº de Bibliografias2

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Nobres Casas de PortugalSILVA, António Lambert Pereira daEdição1958Porto
Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de LisboaATAÍDE, M. MaiaEdição1988LisboaLisboa Data do Editor : 1988

IMAGENS

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