Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Marégrafo de Cascais
Designação
DesignaçãoMarégrafo de Cascais
Outras Designações / PesquisasMarégrafo de Cascais (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Civil / Marégrafo
TipologiaMarégrafo
CategoriaArquitectura Civil
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaLisboa/Cascais/Cascais e Estoril
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Esplanada de D. Luís Filipe (plataforma perpendicular ao Passeio da Rainha D. Maria Pia)Cascais Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
38.694121-9.418193
DistritoLisboa
ConcelhoCascais
FreguesiaCascais e Estoril
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDecreto n.º 67/97, DR, I Série-B, n.º 301, de 31-12-1997 (ver Decreto)
Edital de 10-12-1996 da CM de Cascais
Despacho de classificação de 17-10-1996 do Ministro da Cultura
Parecer de 10-09-1996 do Conselho Consultivo do IPPAR a propor a classificação como IIP
Em 6-03-1995 foi dado conhecimento do despacho à CM de Cascais
Despacho de abertura de 21-02-1995 do presidente do IPPAR
Proposta de 17-02-1995 da DR de Lisboa do IPPAR para a abertura da instrução de processo de classificação
Proposta de classificação de 4-11-1994 do IGC
ZEPPortaria n.º 283/2014, DR, 2.ª série, n.º 82, de 29-04-2014 (sem restrições) (ZEP da Cidadela de Cascais, incluindo a Fortaleza de Nossa Senhora da Luz e a Torre Fortificada de Cascais, do Forte de Santa Marta (restos), do Palácio dos Condes de Castro Guimarães (...), Marégrafo de Cascais e da Casa de Santa Maria, incluindo o jardim (ver Portaria)
Relatório final do procedimento aprovado por despacho de 24-02-2014 do diretor-geral da DGPC
Anúncio n.º 340/2013, DR, 2.ª série, n.º 211, de 31-10-2013 (ver Anúncio)
Despacho de 7-03-2012 do diretor-geral da DGPC a determinar a audiência dos interessados sobre a fixação conjunta de uma só ZEP
Despacho de concordância de 10-10-2011 do diretor do IGESPAR, I.P.
Parecer de 10-10-2011 da SPAA do CNC a propor que sejam fixadas cinco ZEP, uma para cada imóvel, todas coincidentes
Proposta de 24-05-2011 da DRC de Lisboa e Vale do Tejo para a ZEP conjunta da Casa de Santa Maria, incluindo o jardim, do Palácio dos Condes de Castro Guimarães, do Forte de Santa Marta, da Cidadela de Cascais, incluindo a Fortaleza de Nossa Senhora da Luz e a Torre Fortificada de Cascais e do Marégrafo de Cascais
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12736227
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaLocalizado à entrada da baía de Cascais, junto à cidadela, o Marégrafo tem como objectivo a medição do nível médio das águas do mar, ao abrigo de um sistema relativamente simples conhecido como maregráfico, da autoria de A. Borrel. Este, teve início científico e tecnológico em 1877 e, escassos cinco anos volvidos, construiu-se o marégrafo de Cascais, que, na ocasião, ocupou um ponto mais a nascente do actual. Esta proximidade cronológica prova que o marégrafo cascalense acompanhou a vanguarda tecnológica, sendo mesmo um dos primeiros a ser construídos em território nacional. Isto fez com que tivesse sido ele a obter os resultados do nível médio das águas em toda a costa nacional, dados fundamentais para a conclusão do levantamento geodésico de Portugal continental (realizado entre 1857 e 1892). È também do marégrafo de Cascais que se adoptou o "zero de referência" altimétrica para toda a cartografia nacional, mesmo a realizada nos nossos dias.
Na sua origem, o sistema de medição compõe-se de uma bóia em conexão com um método de registo devidamente cronometrado por relógio. Esta aparente simplicidade determinou que os marégrafos sejam, a maior parte das vezes, construções desprovidas de monumentalidade, associadas a pequenas estruturas de madeira, cantaria ou betão.
É o que acontece com o de Cascais, edifício de planta circular de um só andar, coberto por cúpula semiesférica. O acesso ao interior situa-se na fachada voltada a terra (neste caso a Ocidente), onde se rasga um arco a pleno centro, moldurado e com impostas e fecho de arco devidamente marcados. Duas outras aberturas existem no alçado, concretamente duas janelas de arco de volta perfeita, a nascente e a Norte. A dependência interior é ocupada pelo sistema de registo (dotado de caneta assente em carro deslizante apoiado em régua, e datando o relógio de 1877), conectado com o fundo da baía através de um poço cilíndrico onde se situa a bóia, devidamente presa por cabo metálico.
Em contínuo funcionamento desde o século XIX e medindo directamente as águas oceânicas (enquanto outros marégrafos situam-se em pontos fluviais), o monumento de Cascais é um dos mais antigos ainda em actividade, o que possibilita a análise de uma das mais longas séries mundiais de medição. Este facto permitiu esclarecer que o nível médio de águas subiu cerca de 1,3 milímetros por ano ao longo do século XX.
Na actualidade, e embora sujeito a trabalhos de restauro geral em 1996, o velho marégrafo perdeu parte das suas funções, em benefício de um sistema mais desenvolvido, que tem como base de medição as ondas acústicas e a sua codificação por via digital. Em todo o caso, o instrumento de 1882 está em pleno funcionamento, como forma de calibragem do mais recente, num interessante "diálogo" transtemporal entre o velho e o moderno.
PAF
ProcessoEsplanada de D. Luís Filipe (plataforma perpendicular ao Passeio da Rainha D. Maria Pia)
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens4
Nº de Bibliografias0

IMAGENS

Marégrafo de Cascais - Planta com a delimitação e a ZEP conjunta com outros bens imóveis classificados

Marégrafo de Cascais - Vista geral e marina a sul

Marégrafo de Cascais - Vista geral de poente

Marégrafo de Cascais - Vista de poente (com baía de Cascais em fundo)

MAPA

Abrir

Palácio Nacional da Ajuda
1349-021 Lisboa
T.: +351 21 361 42 00
NIF 600 084 914
dgpc@dgpc.pt