Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Café Martinho da Arcada, o próprio estabelecimento em si, na sua globalidade exterior e interior
Designação
DesignaçãoCafé Martinho da Arcada, o próprio estabelecimento em si, na sua globalidade exterior e interior
Outras Designações / PesquisasPraça do Comércio - Edifícios pombalinos na ala Nordeste / Café Martinho da Arcada (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Civil / Café
TipologiaCafé
CategoriaArquitectura Civil
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaLisboa/Lisboa/Santa Maria Maior
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Praça do ComércioLisboa Número de Polícia:
Rua da PrataLisboa Número de Polícia: 2-8
LATITUDE LONGITUDE
38.70872-9.13583
DistritoLisboa
ConcelhoLisboa
FreguesiaSanta Maria Maior
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDecreto n.º 45/93, DR, I Série-B, n.º 280, de 30-11-1993 (ver Decreto)
Edital N.º 93/85 de 5-08-1985 da CM de Lisboa
Despacho de concordância de 24-04-1985 do Ministro da Cultura
Proposta de 17-04-1985 do IPPC para a classificação como IIP do estabelecimento em si
Despacho de homologação de 14-02-1985 do Ministro da Cultura
Novo parecer de 8-02-1985 da Assessoria Técnica do IPPC a propor a classificação do interior do café como VC
Despacho de homologação de 18-10-1984 do Ministro da Cultura
Parecer de 16-10-1984 da Assessoria Técnica do IPPC a solicitar uma melhor instrução do processo de classificação
Proposta de classificação de 9-07-1984 do IPPC
Em 16-05-1984 deu entrada no Ministério da Cultura um abaixo-assinado de mais de 2500 pessoas a pedir a classificação
Em 22-05-19984 foi dado conhecimento à CM de Lisboa de que o imóvel se encontrava em vias de classificação
Moção aprovada em reunião de 18-04-1984 da CM de Lisboa a propor a classificação
Despacho de 2-05-1984 da presidente do IPPC para se iniciar um processo de classificação
ZEPDespacho de 18-10-2011 do diretor do IGESPAR, I.P. a concordar com o parecer e a devolver o processo à DRC de Lisboa e Vale do Tejo para apresentar propostas de ZEP individuais, ou conjuntas nos casos em que tal se justifique
Parecer de 10-10-2011 da SPA do Conselho Nacional de Cultura a propor o arquivamento
Proposta de 22-08-2006 da DR de Lisboa para a ZEP conjunta do Castelo de São Jorge e restos das cercas de Lisboa, Baixa Pombalina e imóveis classificados na sua área envolvente
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12737527
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaEstabelecido desde cerca de 1778, o café Martinho da Arcada é o mais antigo dos cafés lisboetas, tendo-se instalado na loja de um dos primeiros edifícios construídos na (nova) Praça do Comércio, depois do terramoto de 1755.
Quando abriu ao público, o espaço era conhecido como Café da Neve, por vender não só bebidas mas sobretudo sorvetes, muito apreciados pelos lisboetas. Nas décadas seguintes, a sucessiva mudança de proprietário levou também a mudanças de nome do estabelecimento. Em 1784, passou a ser conhecido como Casa de Café Italiana, sendo seu proprietário o italiano Domenico Mignani.
Nos últimos anos do século XIX, já conhecido como Café do Comércio, o estabelecimento tornou-se um ponto de referência e de encontro entre os intelectuais, artistas, comerciantes e políticos, nomeadamente liberais. Precisamente por servir de encontro a reuniões políticas, Pina Manique mandou encerrar o café em 1810.
No ano de 1820, Simão Fernandes reabre a casa com o nome Café da Neve, reactivando a venda de sorvetes. Até 1829, o café teve outros dois proprietários, e nesse ano foi comprado por Martinho Rodrigues, que fez obras no espaço e o transformou no Café Martinho, considerado um dos melhores cafés-restaurantes da capital.
Em 1845, o proprietário abriu um outro café, com o seu nome, na zona do antigo Largo Camões, e assim o estabelecimento da Praça do Comércio passou a ser conhecido pelo nome que tem até aos dias de hoje, Martinho da Arcada.
Na primeira metade do século XX, o café-restaurante ficou célebre sobretudo por ser o local onde muitos dos intelectuais e artistas da capital se reuniam, como Almada Negreiros ou Mário de Sá Carneiro, tendo sido neste espaço que Fernando Pessoa escreveu grande parte dos seus poemas. A partir de então, o Martinho da Arcada tornou-se num marco cultural da modernidade portuguesa.
O espaço foi remodelado em 1988 pelo arquitecto Hestnes Ferreira, mas mantém a traça do edifício inalterada, bem como o mobiliário e o programa decorativo interior, com os estuques, revestimentos de madeira que cobrem as paredes e o tecto, havendo uma preocupação em manter o ambiente que tornou o Martinho da Arcada um dos mais populares cafés de Lisboa nos últimos 230 anos.
Catarina Oliveira
DIDA/IGESPAR, I.P./ Setembro de 2007
Processo
Abrangido em ZEP ou ZPCastelo de São Jorge e resto das cercas de Lisboa
Outra ClassificaçãoLisboa PombalinaPraça do Comércio
Nº de Imagens2
Nº de Bibliografias1

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
"Cafés", Dicionário da História de LisboaEdição1994Lisboa

IMAGENS

Café Martinho da Arcada - Vista geral da arcada

Café Martinho da Arcada - Entrada principal

MAPA

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