Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Igreja matriz da freguesia de Areias
Designação
DesignaçãoIgreja matriz da freguesia de Areias
Outras Designações / PesquisasIgreja de Nossa Senhora da Graça, matriz de Areias / Igreja Paroquial de Areias / Igreja de Nossa Senhora da Graça (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Religiosa / Igreja
TipologiaIgreja
CategoriaArquitectura Religiosa
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaSantarém/Ferreira do Zêzere/Areias e Pias
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
E.M. 527, pela E.N. 348Areias Número de Polícia:
EN 110Areias Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
39.734296-8.344479
DistritoSantarém
ConcelhoFerreira do Zêzere
FreguesiaAreias e Pias
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDecreto n.º 33 587, DG, I Série, n.º 63, de 27-03-1944 (ver Decreto)
Decreto n.º 30 838, DG, I Série, n.º 254, de 1-11-1940 (ver Decreto) (suspendeu o diploma anterior quanto aos imóveis que fossem propriedade particular, até que se cumprisse o disposto no art.º 25.º do Decreto n.º 20 985, DG, I Série, n.º 56, de 7-03-1932 (ver Decreto))
Decreto n.º 30 762, DG, I Série, n.º 225, de 26-09-1940 (ver Decreto)
Decreto n.º 23 983, DG n.º 133, de 08-06-1934 (classificada como igreja de Areias, freguesia de Pias, concelho de Tomar) (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12736827
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaOcupado desde o Paleolítico, o território que constitui a povoação de Areias integrava os domínios do antigo castelo de Ceras, situado em Tomar. Esta fortaleza, bem como todos os territórios que lhe pertenciam, foram doados aos Templários por D. Afonso Henriques em 1159, e depois da extinção da Ordem do Templo em 1312, os bens que esta possuía em Portugal passaram para a instituída Ordem de Cristo.
Desta forma, no ano de 1321, quando a Ordem de Cristo dividiu os seus domínios territoriais em diversas comendas, a povoação de Areias foi designada pelo grão-mestre D. João Lourenço sede da comenda de Pias.
A igreja matriz da povoação terá sido fundada no século XV, havendo notícias da sua existência em 1489 (SEQUEIRA, Gustavo de Matos, 1949). Esta data corresponde, sem dúvida, ao início da construção do templo, uma vez que a capela-mor foi mandada fazer em 1502 por D. Manuel, e a sacristia foi terminada em 1510 (Idem, ibidem).
Dedicada a Nossa Senhora da Graça, a igreja foi reconstruída cerca de 1548, numa campanha de obras dirigida por João de Castilho (SERRÃO, Vítor,2002, p. 67), o arquitecto responsável pelas grandes obras da Ordem de Cristo na época da reforma empreendida por Frei António de Lisboa.
O templo manteve a estrutura de gosto gótico, com planta rectangular disposta longitudinalmente, cujo espaço interior se divide em três naves. A fachada da igreja, transformada na campanha de João de Castilho, apresenta um corpo avançado de três registos, num modelo de fachada-torre , onde foi edificada no piso térreo a galilé assente sobre robustas colunas jónicas e coberta por abóbada de nervuras. No segundo registo foi colocado um nicho com baldaquino, sobre o qual foi aberta a janela que ilumina o coro-alto. No último registo foram abertas as sineiras, e uma empena remata o conjunto.
No interior, vários arcos de volta perfeita assentes sobre colunas jónicas marcam a disposição das naves, cobertas por tecto de madeira. A capela-mor é coberta por uma abóbada de nervuras cujos espaços entre nervuras são totalmente decorados com pintura de brutesco , possivelmente executadas no século XVII. As chaves da abóbada são decoradas com a Cruz de Cristo e o escudo de Portugal, gravados em relevo.
As paredes laterais da capela-mor são cobertas por painéis de azulejos de padrão seiscentistas, azuis e amarelos, e ao centro foi colocado o retábulo de talha dourada barroca.
No programa decorativo interior destaca-se ainda o retábulo pétreo, edificado na primeira capela lateral do lado do Evangelho, datado de 1596 (SEQUEIRA, Gustavo de Matos, 1949), que apresenta um modelo maneirista de linhas eruditas.
Catarina Oliveira
IPPAR/2005
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens0
Nº de Bibliografias4

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Inventário Artístico de Portugal, Distrito de SantarémSEQUEIRA, Gustavo de MatosEdição1949LisboaLocal de Edição - Lisboa Publicado a 1949 Data do Editor : 1949
Ribatejo Histórico e MonumentalCÂNCIO, FranciscoEdição1938Lisboa
História da Arte em Portugal - o Renascimento e o ManeirismoSERRÃO, VítorEdição2002Lisboa
A Arquitectura "ao Romano"CRAVEIRO, Maria de LurdesEdição2009Vila Nova de Gaia

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