Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Pelourinho de Ponte de Lima
Designação
DesignaçãoPelourinho de Ponte de Lima
Outras Designações / PesquisasPelourinho de Ponte de Lima (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Civil / Pelourinho
TipologiaPelourinho
CategoriaArquitectura Civil
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaViana do Castelo/Ponte de Lima/Arca e Ponte de Lima
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Praça da RepúblicaPonte de Lima Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
41.76757-8.583047
DistritoViana do Castelo
ConcelhoPonte de Lima
FreguesiaArca e Ponte de Lima
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDecreto n.º 23 122, DG, I Série, n.º 231, de 11-10-1933 (ver Decreto) Ver inventário elaborado pela ANBA
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO181501
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaO conselho de Ponte de Lima é um dos mais antigos no território nacional, tendo recebido o primeiro foral em 1125, antes mesmo da formação de Portugal. A via romana que aí atravessava o Rio Lima, ligando Portucale e a Galiza, determinou a importância estratégia do local e o seu rápido repovoamento cristão. As terras da Ponte, integradas no Condado Portucalense, cujo governo fora entregue pelo rei de Leão a Henrique da Borgonha, faziam então parte de um sistema de administração militar baseado em tenências, correspondendo à circunscrição de Riba de Lima. No seguimento da estratégia de independência em relação à monarquia galega, à qual o condado estava unido por laços de vassalagem, iniciada pelo próprio Conde D. Henrique e continuada por sua mulher D. Teresa, várias localidades da região recebem carta de foral na mesma altura. No documento referente a Ponte de Lima, esta é designada como "lugar de Ponte", sendo o topónimo completo utilizado pela primeira vez nas Inquirições de 1258. Na carta de D. Teresa é também mencionada a feira local, a mais antiga que se conhece no país, determinando desde a alta Idade Média a importância da actividade mercantil e comercial para a prosperidade da região.
O foral de 1125 é posteriormente confirmado, primeiro por D. Afonso II, em 1212, e depois por D. Afonso IV (1326), pela infanta D. Branca (1332), e por D. Afonso V (1449). Por fim, Ponte de Lima recebe Foral Novo de D. Manuel, em 1511, na mesma altura em que se levavam a cabo obras de melhoramento em toda a vila, ordenadas pelo monarca. Na sequência do novo foral ter-se-à erguido um pelourinho, do qual ainda restam alguns elementos, embora apenas parcialmente utilizados na reconstrução actual, datada já do século XX. O pelourinho manuelino terá substituído uma "picota" mais antiga, anterior pelo menos a 1444, quando assim é designada em carta de D. Afonso V. Foi levantado extramuros, em pleno areal do rio Lima, o mesmo onde se desenrolava a feira, e diante da Porta do Postigo e da Torre de São Paulo, sofrendo frequentemente os efeitos das cheias periódicas que chegavam a atingir esta última. O primeiro restauro documentado do pelourinho quinhentista é de 1755, devendo-se ao derrube do monumento, novamente em consequência da subidas das águas, no ano anterior. Em 1818, foram acrescentadas no topo do fuste as armas do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarve. Em 1857, em consequência das obras de alargamento do Passeio de D. Fernando, fronteiro ao rio, o Senado da Câmara encontra nova localização para o pelourinho, e este é apeado para se remontar na Praça da Rainha. No entanto, neste processo dispersam-se boa parte dos seus elementos. As pedras do soco e da base do fuste foram imediatamente empregues nas obras do passeio, enquanto outras peças viriam a ser reutilizadas ao longo do século: o Escudo Régio foi colocado, depois de 1863, na fonte de S. João, uma parte do capitel foi colocada em 1884 no Claustro do Asilo de D. Maria Pia, e o fuste serviu, em 1877, para sustentar o travejamento de uma taberna ainda no Passeio de D. Fernando. A esfera armilar perdeu-se, depois de ter estado arrumada no pátio interior do edifício da Câmara.
A reconstrução actual, que data de 1935, foi feita para o Jardim da Praça da República, diante do Tribunal, e aí colocada durante as Festas do Concelho. De acordo com a notícia da cerimónia, este pelourinho aproveitava apenas as armas de D. João VI, sendo novos todos os outros elementos. Levanta-se presentemente em frente aos Paços do Conselho, sendo constituído por uma plataforma de três degraus circulares, sobre a qual assenta a base, cilíndrica e lisa, e o fuste, liso e de secção circular, adelgaçando em direcção ao topo. O capitel é ainda um cilindro esguio e de faces lisas, onde se destaca o escudo citado, encimado por coroa imperial ao modo de dossel. O conjunto é rematado por quatro volutas ao alto, com uma haste sustentando esfera armilar e Cruz da Ordem de Cristo, vazada. SML
Processo
Abrangido em ZEP ou ZPCasa torreada dos Barbosas Aranhas
Outra Classificação
Nº de Imagens1
Nº de Bibliografias4

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Roteiro da Ribeira LimaAURORA, Conde deEdição1959Porto
Pelourinhos Portugueses, Tentâmen de Inventário GeralMALAFAIA, E. B. de AtaídeEdição1997Lisboa
Anais Municipais de Ponte de LimaLEMOS, Miguel Roque dos ReisEdição1977Ponte de Lima
Anais Municipais de Ponte de LimaREIS, António MatosEdição1977Ponte de Lima
Pelourinhos do distrito de Viana do CasteloEdição2001Viseu

IMAGENS

Pelourinho de Ponte de Lima - Vista geral

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