Muralhas de Portimão | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Muralhas de Portimão | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Muralhas de Portimão / Cerca urbana de Portimão (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Militar / Muralha | ||||||||||||
Tipologia | Muralha | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Militar | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Faro/Portimão/Portimão | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Faro | ||||||||||||
Concelho | Portimão | ||||||||||||
Freguesia | Portimão | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 45/93, DR, I Série-B, n.º 280, de 30-11-1993 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Conjunto | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 12707538 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | A história da actual cidade de Portimão recua ao período de apogeu do Algarve no período de ligação ao reino português, quando a província foi o ponto de partida e de chegada para as aventuras quatrocentistas nacionais na costa africana. Simples lugar de pescadores, nos meados do século XV, menos de cem anos depois Portimão assumia-se já como a 4ª maior cidade do litoral algarvio, com 634 vizinhos. O início da vila remonta a 1463, ano em que um grupo de moradores se dirigiu a D. Afonso V, no sentido de obter autorização real para fundar uma povoação, na margem direita da foz do rio Arade. Essa autorização foi concedida e a localidade passou a chamar-se São Lourenço da Barrosa, designação rapidamente substituída pela de Portimão. Pouco mais de dez anos depois, em 1475, os Procuradores de Silves às cortes de Évora queixaram-se da morosidade das obras de fortificação da vila, facto que, com certeza, esteve na origem da mudança de atitude por parte do rei relativamente ao desenvolvimento da localidade. Um ano depois, a 10 de Abril de 1476, D. Afonso V concedeu Vila Nova de Portimão a um seu vedor da Fazenda, D. Gonçalo Vaz de Castelo Branco, obrigando-o a fortificar a localidade com um castelo e muralhas. Dada a sua localização privilegiada, à entrada do principal rio da província e em constante comunicação com o mar, o amuralhamento de todo o burgo assumia-se como a principal e prioritária tarefa. Neste contexto, a acção do primeiro donatário da vila foi importantíssima, a ele se devendo a erecção do sistema defensivo tardo-medieval. Estamos muito mal informados acerca das muralhas da cidade, sucessivamente sacrificadas ao longo dos séculos, com particular incidência nas últimas décadas. Ao que tudo indica, a área amuralhada era superior a 6 hectares e definia um polígono irregular que acompanhava a margem do rio e englobava a parte mais alta da vila, onde se situava a Igreja Matriz, também ela mandada edificar por Gonçalo Castelo Branco. A quase totalidade das muralhas foi destruída, restando pequenos troços, entre prédios e muros de propriedades. O principal troço remanescente localiza-se entre a Porta da Serra e o Postigo dos Fumeiros, conservando ainda parte do caminho de ronda da fortaleza. Um segundo troço, entre o Postigo da Igreja e a Porta de São João, mantém-se ainda parcialmente, bastante danificado e suprimido por construções posteriores. A fisionomia da malha urbana foi também sujeita a numerosas alterações. Em todo o caso, e ao que tudo indica, a vila organizava-se em função de três eixos viários fundamentais, que ligavam outras tantas portas: a da Ribeira; a da Serra e a de São João (MARQUES e VENTURA, 1993, p.12). Junto à primeira destas portas, na secção urbana mais próxima do rio, localiza-se o núcleo mais antigo, onde ainda se podem observar algumas portas com decoração manuelina, como o nº106 da Rua de Santa Isabel. Em 1616 há notícia de uma reparação da cerca da cidade, mas desconhece-se a sua amplitude, sendo de admitir uma campanha pontual, na medida em que grande parte da cidade se desenvolvia já extra-muros. Alguns anos depois, Alexandre Massai, ao visitar a província, projectou um mais amplo sistema defensivo, de que se conserva o desenho no Museu da Cidade de Lisboa, mas que nunca foi chegou a realizar-se. No século XVII, os tempos eram já substancialmente diferentes e as preocupações defensivas da costa não passavam pela fortificação dos velhos burgos medievais. Para fazer frente a expedições estrangeiras, piratas e corsários, a opção recaía em modernas fortalezas costeiras, em situação de vigia permanente e de difícil acesso a partir do mar, de onde a artilharia terrestre pudesse ter alguma vantagem. Foi nesse sentido que se construiu o Forte de Santa Catarina e numerosas outras fortalezas um pouco por toda a costa meridional, de Castro Marim a Aljezur. PAF | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | Igreja Matriz de Portimão | ||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 0 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 7 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Roteiro dos Monumentos Militares Portugueses | ALMEIDA, João de | Edição | 1948 | Lisboa | |
Portimão | VENTURA, Maria da Graça Mateus | Edição | 1993 | Lisboa | |
Portimão | MARQUES, Maria da Graça Maia | Edição | 1993 | Lisboa | |
As muralhas de Portimão, subsídios para o estudo da História Local | CARRAPIÇO, Francisco José | Edição | 1974 | Portimão | |
As muralhas de Portimão, subsídios para o estudo da História Local | PALHINHA, A. | Edição | 1974 | Portimão | |
As muralhas de Portimão, subsídios para o estudo da História Local | BRÁZIO, José | Edição | 1974 | Portimão | |
Memória monographica de Villa Nova de Portimão | VIEIRA, José Gonçalves | Edição | 1911 | Portimão | |
Dinâmica defensiva da costa do Algarve. Do período islâmico ao século XVIII | COUTINHO, Valdemar | Edição | 2001 | Portimão | |
Algarve - Castelos, Cercas e Fortalezas | MAGALHÃES, Natércia | Edição | 2008 | Faro | |
Aspectos do reino do Algarve nos séculos XVI e XVII: a descrição de Alexandre Massaii (1621) | GUEDES, Lívio da Costa | Edição | 1988 | Lisboa |