Forte de Santa Catarina | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Forte de Santa Catarina | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Forte de Santa Catarina (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Militar / Forte | ||||||||||||
Tipologia | Forte | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Militar | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Faro/Portimão/Portimão | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Faro | ||||||||||||
Concelho | Portimão | ||||||||||||
Freguesia | Portimão | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 129/77, DR, I Série, n.º 226, de 29-09-1977 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9913529 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | São muito discutidas as origens do forte de Santa Catarina. Alguns autores apontam uma origem quinhentista, durante o reinado de D. Sebastião, mas nenhuma prova foi, até ao momento, identificada. Em 1621, em pleno domínio espanhol, Alexandre Massai, à frente de uma comitiva de uma dezena de especialistas, percorreu a foz do rio Arade. Pretendia-se encontrar o melhor local para edificar uma fortaleza que pudesse defender a barra do mais importante rio do Sul do território, uma vez que os velhos castelos medievais (de Ferragudo e de Portimão) se encontravam já desajustados em relação às exigências de uma defesa activa contra piratas, corsários e invasões marítimas. Esse local haveria de ser a ponta da Praia da Rocha (ou Ponta de Santa Catarina, dado que aí existia uma ermida posteriormente integrada na fortaleza, e que ainda hoje existe, apesar de substancialmente transformada), no extremo Sul do território de Portimão, e sobre uma falésia disposta em cunha sobre o mar. Vários argumentos foram invocados para esta localização, em detrimento de uma fortaleza mais interior, situada preferencialmente em Ferragudo: as melhores condições do relevo; a maior facilidade de abastecimento de água e, especialmente, a privilegiada ligação a Portimão, determinaram esta escolha (COUTINHO, 1997, p.124). Nesse ano de 1621, Massai desenhou três propostas para a fortificação, todas concordando com a existência de uma ampla fachada, a Norte, que ficaria a servir de fachada principal ao edifício (COUTINHO coord., 2001, p.134, onde se publicam as respectivas propostas). A obra, propriamente dita, iniciou-se, apenas, oito anos mais tarde, em 1629, e estava terminada em 1633, o que indica uma edificação relativamente rápida. Infelizmente, as muitas alterações por que o edifício passou, nos séculos seguintes, fez com que toda a configuração original do interior fosse suprimida. Do projecto do século XVII, resta apenas a fachada principal, organizada em três panos simétricos, sendo o central - onde se abre a porta principal - ligeiramente recuado. Esta, de perfil recto, possui grossas pilastras e lintel compostos por pedras almofadadas, que conferem uma certa monumentalidade à entrada e que contrasta com a dominante horizontal, e relativamente baixa, de toda a fachada. Ainda desse projecto filipino fazia parte um fosso, que antecedia a entrada e uma ponte levadiça, elementos de que hoje nenhum vestígio resta. O terramoto de 1755 danificou a fortaleza. As obras de reconstrução desenvolveram-se em duas fases fundamentais: nos anos imediatos, deram-se as reparações imprescindíveis; na década de 90, as restantes (VENTURA e MAIA, 1993, p.41). Contudo, a profunda remodelação deste espaço aconteceu já no século XX, no âmbito do desenvolvimento turístico do Barlavento. O interior foi repartido entre um posto da Guarda Fiscal e da Capitania do Porto de Portimão (que patrocinaram a construção de novos edifícios) e um miradouro. Este último, data da década de 60 e foi ocupar a zona onde originalmente se encontravam as baterias de combate, viradas ao mar e no extremo Sudeste do conjunto. Nestas obras, parte do penedo sobre o qual se encontra a fortaleza foi reforçado com construção moderna, o que permitiu uma ampliação da área de miradouro. Paralelamente, o progressivo assoreamento da barra e o consequente aumento do areal, permitiu o aproveitamento de toda a estrutura como ponto de apoio à praia da Rocha, razão da existência de um restaurante e esplanada recentes. Uma das últimas construções militares filipinas em território algarvio, erguida com a preocupação de defender as costas da Península, por diversas vezes assoladas por armadas de corsários e de exércitos inimigos, a fortaleza de Santa Catarina é um dos fortes que melhor ilustra a acção de Alexandre Massai, engenheiro militar que viajou pelo Algarve, entre 1617 e 1621, e de cujo périplo resultou uma Descrição do Reino do Algarve e numerosos projectos de fortificações costeiras. PAF | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 0 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 7 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Roteiro dos Monumentos Militares Portugueses | ALMEIDA, João de | Edição | 1948 | Lisboa | |
Portimão | VENTURA, Maria da Graça Mateus | Edição | 1993 | Lisboa | |
Portimão | MARQUES, Maria da Graça Maia | Edição | 1993 | Lisboa | |
"As fortalezas da costa algarvia durante o período das economias-mundo centradas em Amsterdão e Londres", O Algarve, da Antiguidade aos nossos dias, pp.263-268 | COUTINHO, Valdemar | Edição | 1999 | Lisboa | |
Dinâmica defensiva da costa do Algarve. Do período islâmico ao século XVIII | COUTINHO, Valdemar | Edição | 2001 | Portimão | |
Castelos, fortalezas e torres da região do Algarve | COUTINHO, Valdemar | Edição | 1997 | Faro | |
Algarve - Castelos, Cercas e Fortalezas | MAGALHÃES, Natércia | Edição | 2008 | Faro | |
Aspectos do reino do Algarve nos séculos XVI e XVII: a descrição de Alexandre Massaii (1621) | GUEDES, Lívio da Costa | Edição | 1988 | Lisboa |