Capela de São Pedro do Castro | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Capela de São Pedro do Castro | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Capela de São Pedro de Castro (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / Capela | ||||||||||||
Tipologia | Capela | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Santarém/Ferreira do Zêzere/Ferreira do Zêzere | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Santarém | ||||||||||||
Concelho | Ferreira do Zêzere | ||||||||||||
Freguesia | Ferreira do Zêzere | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 32 973, DG, I Série n.º 175, de 18-08-1943 (ver Decreto) Decreto n.º 30 838, DG, I Série, n.º 254, de 1-11-1940 (ver Decreto) (suspendeu o diploma anterior quanto aos imóveis que fossem propriedade particular, até que se cumprisse o disposto no art.º 25.º do Decreto n.º 20 985, DG, I Série, n.º 56, de 7-03-1932 (ver Decreto)) Decreto n.º 30 762, DG, I Série, n.º 225, de 26-09-1940 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 12736827 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Integrado, nos nossos dias, na "Região de Turismo dos Templários" (abrangendo a mancha de floresta central e albufeiras), o território correspondente ao actual concelho de Ferreira do Zêzere mereceu desde sempre o interesse de diferentes comunidades humanas, que nele procuraram a abundância de recursos naturais indispensáveis à sua sobrevivência e fixação. Com efeito, à notável beleza natural desta região, proporcionada por esse rio de excelência que é o Zêzere, acrescentou-se a fertilidade dos campos, propícios à prática da lavoura, dotando-os em simultâneo das pastagens necessárias ao pastoreio, bem como a outras actividades directamente relacionadas com a terra.
Não surpreende, por conseguinte, que o termo de Ferreira do Zêzere seja particularmente abundante em vestígios dos denominados "casais rústicos" (ou habitat de cronologia romana, conforme as escolas arqueológicas) disseminadas na Península Ibérica ao tempo da conquista romana, a mesma que procuraria, no leito do rio, o ouro que pretendia explorar. Um processo de povoamento que se manteve ao longo do tempo. Estas características, associadas às condições naturais de defesa do seu espaço, justificaram, no fundo, a doação, em 1159, por parte de D. Afonso Henriques (1109-1185), das terras de Ferreira do Zêzere à Ordem dos Templários, que via assim reforçada toda uma ampla linha defensiva. Foi, no entanto, em 1190 que D. Sancho I (1154-1212) entregou a um dos seus fiéis guerreiros, Pero Ferreira e sua mulher, Maria Vasques, uma herdade que povoou e seria convertida em morgado de Águas Belas pelo irmão do Condestável Nuno Álvares Pereira (1360-1431), Rodrigo Álvares Pereira (c. 1350-?), depois de ter sido aforada pelo mesmo casal, em 1222, altura em que passou a designar-se "Villa Ferreiro". Entretanto, em 1306 a "Villa" formou, juntamente com Vila de Rei, uma comenda da Ordem de Cristo, até que, em 1517, D. Manuel I (1469-1521) "[...] a fez vila sobre si, e Ferreira em riba de Ozêzar se tornou independente de Vila de Rei." (Guia de Portugal, 1984, p. 495), menos de três décadas antes da sua elevação a vila (1531), por ordem de D. João III (1502-1557). E foi essencialmente com os forais manuelinos que se assistiu na zona a um acentuado movimento construtivo (como, ademais, na maioria do restante território, ao tempo), sobremaneira facilitado pela expressiva quantidade e qualidade de algumas matérias-primas, de entre as quais sobressaía a madeira de castanho, proveniente das abundantes e densas matas regionais, alguma da qual utilizada no levantamento de elementos arquitectónicos no Convento de Cristo, bem como em obras realizadas na própria Corte, em Lisboa ("Ferreira do Zêzere", p. 199). Das estruturas erguidas provavelmente ainda no século XV, faz parte a "Capela de São Pedro de Castro", situada no topo de um monte sobranceiro ao Rio Zêzere. De planta longitudinal, a capela-mor surge-nos em porta de verga recta e impostas curvas sobre as ombreiras, sendo ainda possível observar no interior do templo uma imagem pétrea quinhentista de S. Pedro e um capitel romano, constituindo este último elemento um claro indício de reaproveitamento de materiais ancestrais na edificação de estruturas mais consentâneas às novas necessidades espirituais, olvidado que se encontraria o significado e a relevância primeira dos suportes aos quais pertenceria originalmente. Uma situação reencontrada no alçado principal (de empena triangular) do templo, no qual foi incorporada uma lápide, encimando o portal gótico (rasgado em arco quebrado), ostentando a capela campanário adossado à fachada esquerda. [AMartins] | ||||||||||||
Processo | Entre os lugares de Maxial e Pombeira, junto do rio Zêzere | ||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 0 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 6 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Tesouros Artísticos de Portugal | ALMEIDA, José António Ferreira de | Edição | 1976 | Lisboa | |
Guia de Portugal. Estremadura, Alentejo, Algarve. | PROENÇA, Raul | Edição | 1924 | Lisboa | |
Inventário Artístico de Portugal - Distrito de Santarém. vol. III | SEQUEIRA, Gustavo de Matos | Edição | 1949 | Lisboa | |
Colectânea artística. Concelho de Ferreira do Zêzere | NEVES, Paulo Alcobia | Edição | 1990 | Ferreira do Zêzere | |
"A Vila e o Concelho de Ferreira do Zêzere", O Arqueólogo Português | BAIÃO, António | Edição | 1911 | Lisboa | vol. XVI, Jan. - Dez., p. 51-94 |
"Ferreira do Zêzere", Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira | Edição | Lisboa | XI, pp. 198-199 |
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