Igreja das Queijadas | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Igreja das Queijadas | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Igreja de Queijada Igreja de São João Baptista de Queijadas / Igreja Paroquial de Queijada / Igreja de São João Baptista (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / Igreja | ||||||||||||
Tipologia | Igreja | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Viana do Castelo/Ponte de Lima/Queijada | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Viana do Castelo | ||||||||||||
Concelho | Ponte de Lima | ||||||||||||
Freguesia | Queijada | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 47 508, DG, I Série, n.º 20, de 24-01-1967 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 12699926 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Muito transformada na época moderna, a igreja paroquial de Queijada é um dos vários templos da região que provam como o Barroco substituiu o Românico de forma drástica. Neste caso, como noutros que temos vindo a assinalar no Entre-Douro-e-Minho, os mais antigos vestígios da edificação foram mantidos apenas nas zonas periféricas (as fachadas laterais), onde a sua manutenção não colidia com a imagem de modernidade pretendida pelos construtores setecentistas (que naturalmente actuaram sobre a fachada principal, o interior e a capela-mor). As origens do templo são discutidas, assim como os inícios da própria localidade. Ao que tudo indica, já existia no século XI, aparecendo documentada como São Paio de Tamial (Cf. ALVES, 1982, p.70). Nos meados do século XIII, é mencionada como propriedade dos Hospitalários, sendo possível que a edificação românica se tenha ficado a dever a esta ordem. Com efeito, e apesar da modéstia artística de que se revestem, os mais antigos elementos que se conservam podem datar-se do século XIII, ao abrigo daquele Românico de resistência, em dissolução, continuado nas regiões mais interiores do Norte e Centro do país pela arreigada tradição de construir, mas de matriz simplista e, até, em alguns casos, estilisticamente incaracterística. Na actualidade, as cornijas de modilhões das faces laterais do corpo são o testemunho mais importante dessa época. Elas compõem-se de cachorros cúbicos, alguns chanfrados e maioritariamente sem decoração, numa fórmula que se integra, na perfeição, no fenómeno tardo-românico periférico que temos vindo a abordar. Na fachada Sul, existem ainda vestígios da entrada lateral (adulterada pela construção de uma janela rectangular barroca e entaipada em data incerta), que revelam um arco ligeiramente apontado, de dupla arquivolta não decorada assente directamente sobre a caixa murária. E na capela-mor, parte da cornija possui ainda modilhões semelhantes aos da nave. Um dos poucos cachorros decorados do conjunto representa uma tartaruga, figuração que Jorge Rodrigues entendeu como exemplo de uma atitude românica de retratar o real e o concreto, "próxima do naturalismo" (RODRIGUES, 1995, p.309), mas que pouco tem que ver com eventuais coerências iconográficas, que aqui manifestamente não existem. A primeira metade do século XVIII significou a radical reformulação do templo. A fachada principal foi ligeiramente alteada (com pilastras-cunhais) e deu-se nova forma aos vãos (o portal em arco de volta perfeita regular, e a janela do segundo registo de perfil rectangular moldurado). Do lado Sul da frontaria, adossou-se uma torre sineira tipicamente barroca, de secção quadrangular delimitada por pilastras-cunhais e dois registos, abrindo-se sineiras de arco a pleno centro em cada face. O seu actual coruchéu é uma construção do século XX, mas não os pináculos que a encimam nas extremidades. No interior, edificou-se um coro alto simples e um púlpito do lado Sul, ao mesmo tempo que se refez todo o mobiliário litúrgico e devocional, em particular os retábulos mor e laterais, o primeiro em talha dourada do reinado de D. João V e, os segundos, em composições tripartidas de gosto já neoclássico. O próprio arco triunfal foi objecto de reforma com policromia e a capela-mor recebeu um tecto de caixotões, com nove pinturas alusivas ao orago, aos Evangelistas e à Paixão e Ressurreição de Cristo (ALVES, 1982, p.71). Ao nível da planimetria, a reforma barroca foi também importante, na medida em que subverteu a planta românica, que articulava unicamente o corpo com a capela-mor mais baixa e estreita. Na ábside, imediatamente após o arco-triunfal, abriram-se lateralmente dois arcos de volta perfeita, que dão para outras tantas dependências. Estas, apesar da fisionomia e funcionalidade diferentes, actuam como uma espécie de transepto, e colocam em comunicação a capela-mor com o exterior (pelo lado Norte) e com uma capela devocional (do lado Sul). PAF | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 0 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 7 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Alto Minho | ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de | Edição | 1987 | Lisboa | |
Monografia do concelho de Ponte de Lima | AURORA, Conde de | Edição | 1946 | Porto | |
Itinerários de Ponte de Lima | REIS, António Matos | Edição | 1973 | Ponte de Lima | |
Arquitectura religiosa do Alto Minho, 2 vols. | ALVES, Lourenço | Edição | 1987 | Viana do Castelo | |
"Igrejas e Capelas românicas da Ribeira Lima", Caminiana, ano IV, nº7, pp.47-118 | ALVES, Lourenço | Edição | 1982 | Caminha | |
Egrejas e Capelas Românicas de Ribeira Lima | BARREIROS, Manuel de Aguiar | Edição | 1926 | Porto | |
Inventário Artístico da Região Norte - III (Concelho de Ponte de Lima) | Edição | 1974 | Porto | série «Estudos Regionais» - n.º 10 |