Capela românica da freguesia de Távora ou Capela de São João Baptista da Comenda | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Capela românica da freguesia de Távora ou Capela de São João Baptista da Comenda | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Capela Românica / Capela de Santa Maria / Capela de São João Baptista da Comenda (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / Capela | ||||||||||||
Tipologia | Capela | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Viana do Castelo/Arcos de Valdevez/Távora (Santa Maria e São Vicente) | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Viana do Castelo | ||||||||||||
Concelho | Arcos de Valdevez | ||||||||||||
Freguesia | Távora (Santa Maria e São Vicente) | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 129/77, DR, I Série, n.º 226, de 29-09-1977 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 12707538 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Apesar dos vários estudos dedicados a este monumento, a sua história permanece por desvendar em áreas fundamentais como as origens, a passagem (ou instituição) para a Ordem do Hospital e a respectiva sucessão dos seus titulares. Nas Inquirições de 1258, ainda não se refere qualquer templo com esta invocação. Por outro lado, em 1269, num documento de D. Afonso III, menciona-se o "reguengo de Távora". Tendo em conta, estas referências, Lourenço Alves sugeriu que a edificação da capela, por iniciativa dos Hospitalários, teve lugar entre estas datas (ALVES, 1982, pp.89-90). No entanto, a referência ao reguengo deve motivar alguma cautela nesta cronologia, uma vez que só depois de 1269 ter-se-á passado a propriedade para a posse dos frades hospitalários, iniciando-se, então, a construção da capela. Ao final das obras deve referir-se uma inscrição na fachada Sul, datada de 1294, que Mário Barroca equacionou ser alusiva a uma qualquer "reforma arquitectónica do templo" (BARROCA, 2000, p.1108). Perante estes dados cronológicos, não restam dúvidas sobre a condição tardia do monumento, erigido quando, há muito, o Gótico havia entrado no país e fazia a sua afirmação nas regiões de maior desenvolvimento do centro e do Sul do reino. No entanto, existe uma segunda inscrição alusiva à construção românica, situada no tímpano do portal principal, actualmente muito delida, mas ainda possível de reconhecer a sua data: 14 de Setembro de 1180, de acordo com a proposta de BARROCA, 2000, pp.438-439. Neste sentido, ganha claro sentido a pré-existência de um templo - por qualquer razão não referido em 1258 -, posteriormente doado à Ordem do Hospital, instituição que haveria de ser responsável pela construção do templo actual. A avaliação estilística da capela atesta a sua maior proximidade em relação aos "fins do século XIII que dos finais da centúria anterior" (ALMEIDA, 1986, p.66), pelo que a inscrição de 1180 deve ser relacionada com uma fase construtiva anterior, de que aparentemente não restam evidências. Com efeito, a sua estrutura revela um plano românico tardio e de resistência, simplificado e destituído de rasgos arquitectónicos de originalidade. Com uma só nave e capela-mor rectangular (bastante alterada na época moderna), a sua fachada principal possui um portal axial de arco apontado, assente em duas consolas e na caixa-murária, a que se sobrepõe uma fresta e, coroando o alçado, um campanário de dupla sineira de volta perfeita, elemento característico das derradeiras e rurais construções românicas no nosso país. A maior originalidade do edifício está na sua janela do lado Sul, de arco de volta perfeita, em cujas colunas se esculpiram duas figuras humanas. A interpretação destas esculturas tem vindo a ser objecto de discussão, sendo provável que representem São João Evangelista e São João Baptista (GRAF, 1986, vol.2, p.46; RODRIGUES, 1995, pp.229), ambos padroeiros da Ordem do Hospital e aqui figurados como exemplos das duas Eras do Mundo (antes e depois de Cristo) (RODRIGUES, 1995, p.289). A restante decoração do templo coloca alguns problemas estilísticos, quer a dos capitéis do interior (que parecem apontar para uma cronologia mais recuada), quer a dos tímpanos (à base de elementos geométricos incisos, que podem corresponder a formulários já ensaiados no Entre-Douro-e-Minho em tempos mais recuados, como se depreende pela relação que ALMEIDA, 1986, p.65, estabeleceu com elementos de Sanfins de Friestas). Adossada ao lado Sul da cabeceira, construiu-se, na primeira metade do século XIV, a capela funerária de São Tomé. Ela está datada de 1327 (BARROCA, 2000, p.1524) e terá sido construída por uma família nobre local para seu panteão, dando continuidade ao carácter funerário que parece ter presidido à edificação da própria capela de São João Baptista, local de sepultura dos comendadores hospitalários, cujos túmulos um visitador do século XVII viu (ALVES, 1982, p.91) e de que restam ainda alguns no exterior. PAF | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 0 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 11 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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"Primeiras Impressões sobre a Arquitectura românica portuguesa", Revista da Faculdade de Letras do Porto, Série História, nº1, pp.3-56 | ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de | Edição | 1972 | Porto | |
Alto Minho | ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de | Edição | 1987 | Lisboa | |
História da Arte em Portugal - O Românico | ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de | Edição | 2001 | Lisboa | |
História da Arte em Portugal, vol. 3 (o Românico) | ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de | Edição | 1986 | Lisboa | |
Arquitectura Românica de Entre Douro e Minho | ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de | Edição | 1978 | Porto | |
Epigrafia medieval portuguesa (862-1422) | BARROCA, Mário Jorge | Edição | 2000 | Lisboa | |
Necrópoles e sepulturas medievais de Entre-Douro-e-Minho: séculos V a XV | BARROCA, Mário Jorge | Edição | 1987 | Porto | Tese de aptidão pedagogica Publicado a 1987 |
"O mundo românico (séculos XI-XIII)", História da Arte Portuguesa, vol.1, Lisboa, Círculo de Leitores, 1995, pp.180-331 | RODRIGUES, Jorge | Edição | 1995 | Lisboa | |
Portugal roman, vol. II | GRAF, Gerhard N. | Edição | 1986 | ||
"Igrejas e Capelas românicas da Ribeira Lima", Caminiana, ano IV, nº7, pp.47-118 | ALVES, Lourenço | Edição | 1982 | Caminha | |
Egrejas e Capelas Românicas de Ribeira Lima | BARREIROS, Manuel de Aguiar | Edição | 1926 | Porto |