Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Ponte antiga em Cheleiros
Designação
DesignaçãoPonte antiga em Cheleiros
Outras Designações / PesquisasPonte Antiga em Cheleiros (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Civil / Ponte
TipologiaPonte
CategoriaArquitectura Civil
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaLisboa/Mafra/Igreja Nova e Cheleiros
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Rua do Arco da PonteCheleiros Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
38.888354-9.327326
DistritoLisboa
ConcelhoMafra
FreguesiaIgreja Nova e Cheleiros
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDecreto n.º 28/82, DR, I Série, n.º 47, de 26-02-1982 (ver Decreto)
Edital de 21-08-1977 da CM de Mafra
Despacho de homologação de 18-05-1978 do Secretário de Estado da Cultura
Parecer de 18-05-1978 da COISPCN a propor a classificação como IIP
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO181502
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaSabe-se muito pouco acerca da ponte antiga de Cheleiros. A maioria dos autores aponta para uma origem romana, servindo a estrada que, "de Galamares, Faião e Cheleiros conduzia a Mafra" (RIBEIRO, 1998, p.115). A robustez da construção, a solidez que, ainda hoje, transmite e, sobretudo, o facto de o seu arco ser de volta perfeita, amplo, e constituído por grandes silhares cuidadosamente aparelhados, são indicadores que sugerem esse passado romano, condição reforçada ainda pela ampla romanização (de carácter eminentemente rural) do actual concelho de Mafra.
Existem, todavia, outros indícios que favorecem uma catalogação estilística gótica, elementos que, igualmente, não têm passado despercebidos aos vários autores que escreveram sobre este imóvel. O tabuleiro em cavalete, de dupla rampa ascendente, é uma das marcas mais claramente medievais e que, simultaneamente, contradiz a recorrente horizontalidade romana. Também o recurso ao aparelho miúdo, que caracteriza grande parte da construção dos parapeitos (e que é revestido de reboco), ou o pavimento em calçada regular podem considerar-se indicadores de época medieval.
Recentemente, Fernando António Baptista Pereira evidenciou um provável paralelismo entre a ponte de Cheleiros e a vizinha ponte da Carvoeira (PEREIRA, 2000, p.22). Em boa verdade, esta última aproxima-se bem mais do protótipo de pontes góticas nacionais, com vários arcos de diferentes vãos, sendo os centrais (aqueles que se lançam sobre a zona central dos cursos de água) mais amplos, e os laterais (os que se encontram junto das margens) de menores dimensões (ALMEIDA e BARROCA, 2002, p.125). Em Cheleiros, a campanha medieval manteve o amplo arco de origem romana e não necessitou de outras obras complementares junto às margens, para lá dos paredões que, ainda hoje, se conservam.
Mas se parecem não restar grandes dúvidas acerca de uma reforma medieval da ponte, mais difícil se torna identificar o momento exacto em que aconteceu. É possível que essa beneficiação tenha ocorrido nas primeiras décadas do século XIV, na mesma altura em que D. Violante Lopes Pacheco e D. Diogo Afonso de Sousa, enquanto donatários da vila de Mafra e sua região, patrocinaram a construção da igreja de Cheleiros. Por outro lado, sabemos que, nessa primeira metade do século XIV, houve a tendência para um afastamento da iniciativa privada na construção de pontes, o que levou D. Afonso IV a legislar no sentido de assegurar a continuidade desta actividade (e respectiva manutenção) através das autoridades centrais e municipais (ALMEIDA e BARROCA, 2002, p.125). Por todos estes dados, será natural pensarmos numa reforma arquitectónica da ponte de Cheleiros no reinado de D. Dinis ou já de D. Afonso IV, mas esta é uma perspectiva que aguarda, ainda, elementos inequívocos de comprovação.
Restaurada pontualmente ao longo dos séculos (e mais recentemente na década de 80 do século XX), a Ponte Velha de Cheleiros - como também é conhecida - permanece como principal referência monumental e identitária desta vila.
PAF
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens5
Nº de Bibliografias5

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de LisboaAZEVEDO, Carlos deEdição1963LisboaLisboa Data do Editor : 1973
Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa, vol. III (Mafra, Loures e Vila Franca de Xira)AZEVEDO, Carlos deEdição1963Lisboa
Mafra. MonografiaLUCENA, Armando deEdição1963Lisboa
Identidades. Património Arquitectónico do Concelho de MafraFERNANDES, Paulo AlmeidaEdição2009Mafra
Notas sobre o urbanismo da antiga vila de Cheleiros, Boletim Cultural 2008, pp. 27-66FERNANDES, Paulo AlmeidaEdição2009Mafra
Identidades. Património Arquitectónico do Concelho de MafraVILAR, Maria do CarmoEdição2009Mafra
Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de LisboaFERRÃO, JulietaEdição1963LisboaLisboa Data do Editor : 1973
Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa, vol. III (Mafra, Loures e Vila Franca de Xira)FERRÃO, JulietaEdição1963Lisboa
Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de LisboaGUSMÃO, Adriano deEdição1963LisboaLisboa Data do Editor : 1973
Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa, vol. III (Mafra, Loures e Vila Franca de Xira)GUSMÃO, Adriano deEdição1963Lisboa

IMAGENS

Ponte antiga em Cheleiros - Vista geral

Ponte antiga em Cheleiros - Enquadramento geral

Ponte antiga em Cheleiros - Tabuleiro com perfil de cavalete

Ponte antiga em Cheleiros - Vista geral

Ponte antiga em Cheleiros - Tabuleiro: pormenor do pavimento e muro de protecção

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