Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Capela de Santa Catarina
Designação
DesignaçãoCapela de Santa Catarina
Outras Designações / PesquisasCapela de Santa Catarina das Areias (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Religiosa / Capela
TipologiaCapela
CategoriaArquitectura Religiosa
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaPorto/Vila do Conde/Vila do Conde
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
-- -Areia Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
41.356885-8.746319
DistritoPorto
ConcelhoVila do Conde
FreguesiaVila do Conde
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDecreto n.º 28/82, DR, I Série, n.º 47, de 26-02-1982 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12737527
Descrição Geral
Nota Histórico-Artistica"Do lado Norte da cidade, situada em terrenos arenosos" (MIRANDA, 1998, p.38), a pequena capela de Santa Catarina é um templo baixo-medieval ligado às populações piscatórias da zona. A sua história revela um passado de devoção sob a forma de romaria, efectuada ainda hoje a cada 25 de Novembro.
A arquitectura da capela reforça o carácter de edifício-destino de uma importante romaria. Com efeito, estamos diante de um templo de proporções singelas e sem importantes rasgos arquitectónicos ou estilísticos, dotado de alpendre lateral para albergar os romeiros e demais devotos, com um interior resumido aos espaços essenciais de celebração e de assistência.
A fachada principal é bastante simples, de pano único organizado em dois registos, abrindo-se inferiormente o portal, de arco apontado sem arquivoltas ou colunas, e superiormente, uma pequena fresta rectangular. A empena é triangular, truncada por pequena sineira de arco único assente em plataforma horizontal de leve cornijamento. Do lado Sul, em plano ligeiramente inclinado, acompanhando o declive do terreno, existe um alpendre, de telhado de água única prolongando o do corpo do templo e assente em quatro pilares de arestas chanfradas, estando as extremidades poente e nascente fechadas por muretes.
O interior é de planta longitudinal articulando dois espaços, o da nave e o da capela-mor, a que se associa, do lado Norte, uma pequena sacristia. O acesso é feito pelas portas poente e meridional da nave e, para além da relativa profundidade da capela-mor, cujas dimensões são praticamente idênticas às da nave, sobressaem três retábulos de talha: dois deles neoclássicos e localizados no corpo, e o último, barroco, provavelmente da segunda metade do século XVII, composto por quatro arquivoltas (a interior e a terceira assentes em colunas salomónicas) que ladeiam uma ampla tribuna dotada de trono onde se exibe a imagem do orago.
Apesar das escassas referências históricas acerca da capela, é possível estabelecer a sua construção pelos finais do século XV, uma vez que já é mencionada em 1518, num fólio do Tombo Verde do Mosteiro de Santa Clara (IDEM, 1998, p.38). A confirmar-se esta cronologia relativa, estamos perante mais um exemplo da multiplicidade de edificações devocionais verificada no final da Idade Média, em particular as pequenas ermidas de romaria, localizadas em pontos chave da paisagem, e por isso mesmo exercendo um poderoso fascínio sobre as populações. As características arquitectónicas do monumento, ainda que sumárias, integram-se bem nesse lapso temporal e nas mais modestas edificações, em particular no Norte e Interior do país.
Mas se a data de edificação se pode genericamente estabelecer, pouco ou nada sabemos acerca do contexto sócio-económico que presidiu à sua edificação ou do próprio entorno urbanístico original. De 1578 é uma determinação municipal para se desafogar o edifício, o que sugere a existência de um aglomerado urbano anexo, a ponto de prejudicar a própria envolvência da capela. Mas pouco mais podemos adiantar.
Outro tema que nos é difícil abordar é a própria função da capela para além de pólo de romaria. Em 1721, as Memórias Paroquiais referem a existência de uma sepultura de clérigo no pavimento, facto que sugere uma função funerária, em particular ao longo da época moderna, altura em que grande parte dos interiores de edifícios religiosos foram cemitério privilegiado. Mas tal informação carece ainda de confirmação e a investigação arqueológica nunca foi aqui desenvolvida, pelo que esta é apenas mais uma hipótese de trabalho.
Restaurada parcialmente em 1992, numa campanha que privilegiou os elementos estruturais e exteriores, é necessário proceder-se a uma intervenção de restauro de património integrado, que permita travar a ruína das obras de talha.
PAF
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens2
Nº de Bibliografias5

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
A talha no concelho de Vila do Conde. Catálogo de ExposiçãoGONÇALVES, FlávioEdição1978Vila do Conde
O Minho PittorescoVIEIRA, José AugustoEdição1887Lisboa
Vila do CondeNEVES, Joaquim PachecoEdição1991Vila do Conde
Vila do CondeMIRANDA, MartaEdição1998Lisboa
Vila do Conde e o seu Alfoz - Origens e MonumentosFERREIRA, AugustoEdição1923Porto

IMAGENS

Capela de Santa Catarina (Lugar de Santa Catarina) - Interior: nave e capela-mor

Capela de Santa Catarina (Lugar de Santa Catarina) - Interior: retábulos colaterais e capela-mor

MAPA

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