Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Troço de via romana entre Ranhados e Coimbrões
Designação
DesignaçãoTroço de via romana entre Ranhados e Coimbrões
Outras Designações / PesquisasTroço de Via Romana entre Ranhados e Coimbrões (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArqueologia / Via
TipologiaVia
CategoriaArqueologia
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaViseu/Viseu/Ranhados
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
-- -São João de Lourosa Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
40.641647-7.895459
DistritoViseu
ConcelhoViseu
FreguesiaRanhados
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDecreto n.º 29/90, DR, I Série, n.º 163, de 17-07-1990 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMESítio
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12707538
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaÀ semelhança do que sucedia nos restantes territórios dominados pelo Império romano, a antiga rede viária romana das actuais fronteiras físicas portuguesas constituía parte integrante, senão mesmo crucial, da sua (a)firmação política (ao mesmo tempo que económica), pois fundia-se com a estratégia de ordenamento territorial então pensada. Disposição esta que contemplava a implementação de uma política administrativa assente em dois vectores vitais para a sua cimentação: na definição de unidades político-administrativas e no traçado de vias que assegurassem a ligação contínua entre os principais centros populacionais, ao mesmo tempo que a sua renovação, face às exigências assomadas com o desenrolar dos acontecimentos registados em Roma.
A primeira destas traves mestras fundamentou-se essencialmente na definição territorial de civitates, as habituais unidades político-administrativas romanas, aproximadas, em termos de extensão, aos actuais distritos (e não tanto aos concelhos), com a sua cidade capital, à qual se subordinavam outras unidades urbanas, assim como a competente população rural. E, no que diz respeito à Beira interior, o planalto delimitado pelas linhas de serra foi dividido em duas civitates, com capitais localizadas, respectivamente, na Bobadela e em Viseu, a última das quais seria, posteriormente, sede episcopal, numa confirmação da importância da qual tinha sido entretanto investida (ALARCÃO, J., 1990, p. 369).
Uma estrutura que, como é natural, obrigava à delineação de um sistema viário bem arquitectado, pois era vital à indispensável circulação de bens e pessoas, designadamente das entidades às quais competia manter a ordem nos territórios conquistados. E, relativamente a Viseu, não podemos esquecer que era a partir do seu aglomerado urbano que se contavam as milhas de estrada existentes na civitas, aos longo dos quais se erguiam múltiplos marcos miliários (Ibid.). Uma relevância que parece confirmar-se com a existência (ainda que não registada no célebre Itinerário de Antonino, a principal fonte para a identificação das antigas vias romanas) de uma rota que ligava Emerita (Mérida) a Bracara Augusta (Braga), passando por Viseu, talvez uma das razões pelas quais alguns autores têm considerado esta capital como o nó viário mais consequente de toda a Lusitânia, sobretudo quando era do seu interior que saíam doze a treze estradas, ainda que os vestígios arqueológicos colhidos na actual cidade (Id., 1973, p. 95; Id., 1988, pp. 58-60). E, "Ainda que certas vias tenham seguido anteriores caminhos pré-romanos, mesmo que muitas delas não tenham sido pavimentadas e que as pontes construídas sobre os rios tenham sido, por vezes, de madeira ou de barcas, o investimento feito na instalação da rede viária deve ter sido considerável." (Id., 1990, p. 373).
Quanto ao "Troço de Via Romana entre Ranhados e Coimbrões" - que já fora referido no supracitado Itinerário de Antonino (vide supra) -, ele dispõe-se ao longo de um troço de via lajeada, com pouco mais de trezentos e cinquenta metros e de quase cinco de largura, e fazia parte da via que, lançada a partir de Viseu, se dirigia a sudeste, tendo sido edificado no tempo de Cláudio, por volta do ano 54 a. C.
Entretanto, e já na primeira metade do século passado, transferiu-se um marco miliário que lhe pertencia para a colecção do "arqueólogo amador" José Coelho (?-1977), que, dada a sua formação académica e, nomeadamente, o cargo que desempenhava como professor liceal, o incentivaram a dedicar-se a uma actividade apaixonante numa região que conheceria bem e no seio de cujas populações desfrutava da consideração e do apoio essenciais à sua boa prossecução.
[AMartins]
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens0
Nº de Bibliografias6

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Roteiro arqueológico do concelho de ViseuVAZ, João Luís da InêsEdição1987Viseu
Roteiro Arqueológico da Região de Turismo Dão LafõesVAZ, João Luís da InêsEdição1994Viseup. 206
Portugal RomanoALARCÃO, Jorge Manuel N. L.Edição1988LisboaLisboa Data do Editor : 1988
"O Reordenamento Territorial", Nova História de Portugal: Portugal das origens à romanizaçãoALARCÃO, Jorge Manuel N. L.Edição1990LisboaNova Historia de Portugal, 1, pp. 352-382
Roman PortugalALARCÃO, Jorge Manuel N. L.Edição1988WarminsterPublicado a 1988
"300 Sítios arqueológicos visitáveis em Portugal", Al-madanRAPOSO, JorgeEdição2001Almada2.ª série, n. º10, pp.100-157
Roteiro Arqueológico da Região de Turismo Dão LafõesPEDRO, Ivone dos Santos da SilvaEdição1994Viseup. 206
Roteiro Arqueológico da Região de Turismo Dão LafõesADOLFO, JorgeEdição1994Viseup. 206

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