Palácio da Quinta das Torres, incluindo o tanque adjacente e a Casa de Frescoa em forma de «Tempietto» | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Palácio da Quinta das Torres, incluindo o tanque adjacente e a Casa de Frescoa em forma de «Tempietto» | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | |||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Civil / Palácio | ||||||||||||
Tipologia | Palácio | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Civil | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Setúbal/Setúbal/Azeitão (São Lourenço e São Simão) | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Setúbal | ||||||||||||
Concelho | Setúbal | ||||||||||||
Freguesia | Azeitão (São Lourenço e São Simão) | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 2/96, DR, I Série-B, n.º 56, de 6-03-1996 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9914630 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | O morgadio ao qual pertencia a Quinta das Torres foi instituído no século XV por Rui Gomes da Grã, e a propriedade pertencia em 1520 a D. Brites de Lara, Marquesa de Vila Real e senhora da vizinha Quinta da Bacalhoa, mulher do infante D. Fernando e mãe de D. Manuel, que então a ofereceu como presente de casamento - ainda sem casa erguida - a D. Maria da Silva e seu marido, D. Pedro Eça. A Quinta e o seu palácio, datável de c. 1560, é, tal como a vizinha Quinta da Bacalhoa, um dos mais importantes e belos conjuntos arquitectónicos renascentistas do país. A planta, de concepção nitidamente italiana (AZEVEDO, Carlos, 1988), é constituída por quatro rectângulos, em cujos vértices se destacam torreões quadrados, desenvolvendo-se em torno de um grande pátio interior. A influência italianizante estende-se ao pórtico da fachada Sul, encimado por duas pirâmides (as "torres" que lhe dão o nome) e rasgado em três vãos sobre colunas toscanas, os laterais quadrados e o central, alteado, rematado em arco redondo ao modo serliano, e ao átrio, que evidenciam tanto os princípios de proporção e simetria como o elogio da vivência campestre característicos do estilo de Palladio. De desenho particularmente delicado é a casa de fresco, em forma de tempietto, de planta redonda e cúpula assente em doze colunas, erguido no meio do grande tanque quadrado da propriedade. A disposição em torno do largo pátio central, perfeitamente integrado na planta, bem como toda a regularidade e harmonia do traçado, aliadas à introdução de detalhes tão saborosos como o pavilhão circular do lago ou o átrio de desenho erudito, fazem da Quinta das Torres um caso único, e pioneiro, na introdução do renascimento italiano em Portugal. No interior da casa, quase todas as amplas salas possuem tectos de madeira, portas à romana e painéis de azulejos na parede. Um dos mais significativos conjuntos azulejares está numa sala voltada para o tanque, a Norte, (sala que na opinião de Santos Simões teria sido originalmente aberta em galeria ou loggia, como no Palácio da Bacalhoa) representando temas mitológicos retirados da "Eneida" de Virgílio - a "Fuga de Eneias e incêndio de Tróia" e a "Morte de Dido e construção de Cartago". Trata-se de dois painéis de majólica de factura italiana, provavelmente oriundos da oficina do mestre Orazio Fontana, em Urbino (SIMÕES, J. M. dos Santos, 1946). Para além destes, a casa ainda recolhe outros belos exemplares de azulejaria de fabrico nacional ou hispânico. A quinta manteve-se na posse da família D' Eça até que no século XVIII, por falta de sucessão directa, passou para o ramo colateral dos Corte-Real, e mais tarde, de novo por herança, para a família Saldanha e depois para a casa de Murça. Em 1878, após a morte do 3º Conde de Murça, a quinta foi adquirida pelo Dr. Manuel Bento de Sousa, cujos herdeiros adaptaram há alguns anos uma parte das dependências, justamente as voltadas para o lago, primeiro a casa de chá e pequeno hotel e, posteriormente, a uma mais ampla estalagem. SML | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 6 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 6 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Palácios e solares portuguezes (Col. Encyclopedia pela imagem) | SEQUEIRA, Gustavo de Matos | Edição | 1900 | Porto | |
Cidades e Vilas de Portugal - Azeitão | CALADO, Maria | Edição | 1993 | Lisboa | |
Solares Portugueses | AZEVEDO, Carlos de | Edição | 1988 | Lisboa | |
"Panneaux de Majolique au Portugal", in Faenza - Bolletino del Museo Internazionale delle Ceramiche, fasc. III-IV | SIMÕES, J. M. dos Santos | Edição | 1946 | ||
A Arquitectura "ao Romano" | CRAVEIRO, Maria de Lurdes | Edição | 2009 | Vila Nova de Gaia | |
Quinta das Torres (artigo on-line), in www.azeitão.pt | Edição |
Palácio da Quinta das Torres - Lago com casa de fresco, em forma de tempietto
Palácio da Quinta das Torres - Fachada voltada ao lago com casa de fresco
Palácio da Quinta das Torres - Fachada principal
Palácio da Quinta das Torres - Portal de acesso ao pátio central
Palácio da Quinta das Torres - Pátio central: fachada Sul
Palácio da Quinta das Torres - Pátio central