Estação eneolítica de Leceia | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Estação eneolítica de Leceia | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Estação eneolítica de Liceia (designação do diploma de classificação) / Povoado calcolítico de Leceia / Estação Eneolítica de Leceia (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arqueologia / Estação Arqueológica | ||||||||||||
Tipologia | Estação Arqueológica | ||||||||||||
Categoria | Arqueologia | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Lisboa/Oeiras/Barcarena | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Lisboa | ||||||||||||
Concelho | Oeiras | ||||||||||||
Freguesia | Barcarena | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 45 327, DG, I Série, n.º 251, de 25-10-1963 (ver Decreto) Despacho de homologação de 9-04-1963 Parecer de 27-03-1963 da 2.ª Subsecção da 6.ª Secção da JNE a propor a continuação do processo de classificação Despacho de homologação de 22-01-1960 Parecer de 9-12-1959 da 2.ª Subsecção da 6.ª Secção da JNE a propor a classificação como IIP | ||||||||||||
ZEP | Portaria n.º 470/86, DR, I Série, n.º 196, de 27-08-1986 (sem restrições) (ver Portaria) Edital N.º 176/85 de 26-11-1985 da CM de Oeiras Despacho de homologação de 21-10-1985 do Ministro da Cultura Despacho de concordância do vice-presidente do IPPAR Parecer favorável de 14-10-1985 do Conselho Consultivo do IPPC Novos limites apresentados pelo coordenador do projecto de investigação Despacho de homologação de 23-09-1985 do Ministro da Cultura Despacho de homologação de 15-09-2015 do presidente do IPPC Parecer favorável de 9-09-1985 do Conselho Consultivo do IPPC, mas com a revisão dos limites em função da morfologia do terreno, de modo a ser facilmente identificável Proposta de alteração de 29-05-1985 do coordenador do projecto de investigação Proposta de 12-09-1984 do coordenador do projecto de investigação Proposta de 8-10-1980 da DGPC Despacho de homologação de 15-11-1968 do Subsecretário de Estado da Administração Escolar Parecer de 11-08-1968 da 1.ª Subsecção da 2.ª Secção da JNE a propor que seja estabelecida uma ZEP | ||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Sítio | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 181502 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Sítio O Povoado Pré-Histórico de Leceia possuiu uma boa capacidade defensiva, encontrando-se implantado numa plataforma escarpada sobre o vale de Barcarena, de onde domina visualmente a entrada do rio Tejo. O complexo defensivo é composto por três filas de muralhas de planta curvilínea, todas elas munidas de entradas articuladas entre si por caminhos sinuosos. Ao todo esta zona amuralhada abrangeria uma área de cerca de 11 000m2. Adossados ao pano de muralha exterior encontram-se bastiões de planta semicircular, ocos ou maciços, que defendiam as três entradas. Apesar da sua longa ocupação o povoado não parece ter sofrido grandes alterações o que poderá denunciar a existência de um plano concebido previamente. No entanto, ao longo dos séculos, foram sendo efetuadas campanhas de melhoramento da área defensiva. O material de construção que foi utilizado é proveniente da região, consistindo em blocos de calcário que podem atingir cerca de duas toneladas sobretudo na fase inicial de implantação, seguindo-se depois blocos de dimensões mais reduzidas nas fases seguintes. Refira-se, ainda, a utilização de argamassa com base nas margas da região. O local foi ocupado desde Neolítico Final até ao Calcolítico Pleno, correspondendo a primeira fase ao Neolítico Final (último quartel do IV milénio a. C. até aos inícios do III Milénio a. C.), com o estabelecimento de um povoado aberto, sem construções defensivas, Desta época foram identificadas cabanas circulares com sólidas fundações. A segunda fase, já do período Calcolítico, coincide com a construção muito rápida das três linhas defensivas reforçadas por bastiões junto às entradas. A terceira fase corresponde ao reforço das estruturas defensivas e ao estreitamento das três entradas (Calcolítico Inicial-Calcolítico Pleno). A quarta fase relaciona-se com um período de adensamento da ocupação do espaço com novo tipo de construções habitacionais de planta elipsoidal, bem como um novo reforço das muralhas (final do Calcolítico Pleno). A quinta e última fase corresponde ao período de declínio com o desmantelamento de algumas estruturas habitacionais e a destruição de setores das muralhas (Calcolítico Final). Relativamente ao espólio destacam-se as pontas de seta, lâminas de foice e raspadores em sílex, bem como outros artefactos ligados às principais atividades dos habitantes como mós, machados, enxós, escopros, percutores, pesos de tear e anzóis em cobre. A produção de objetos em osso encontra-se também bem representada, sendo de destacar as espátulas e os elementos de adorno como alfinetes e contas de colar. Foi também exumado um significativo número de recipientes cerâmicos, com especial destaque para os exemplares campaniformes com diferentes decorações como a folha de acácia. Como testemunho da importante atividade metalúrgica existente no povoado foram encontrados lingotes de cobre, um machado do mesmo metal bem como diversas escórias. O espólio encontra-se depositado no Museu Nacional de Arqueologia e no Museu Geológico do LNEG. História A O Povoado de Leceia foi identificado em 1878 pelo geólogo Carlos Ribeiro e, apesar de ter sido alvo de diferentes prospeções entre os anos 20 e anos 50 do séc. XX, é apenas em 1983 que se inicia um plano de escavações científicas na sequência de diferentes ameaças à integridade do sítio, nomeadamente a pressão urbanística que se começava a fazer sentir. Assim, entre 1983 e 2003 o sítio é alvo de escavações arqueológicas anuais, tendo sido colocadas a descoberto várias estruturas do povoado e identificadas as respetivas fases de ocupação, para além do estudo de grande parte do espólio aqui encontrado. Em 2003 inicia-se o projeto de musealização do povoado, tendo sido criado, para tal, um circuito de visita constituído por passadiços de madeira. Ana Teresa Henriques e Maria Ramalho/DGPC/2018. | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 4 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 15 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Oeiras ha 5 000 anos. Monografia de Leceia | SOARES, Maria Joaquina Coelho | Edição | Publicado a 1987 | ||
Carta Arqueologica do Concelho de Oeiras | CARDOSO, Guilherme | Edição | Publicado a 1993 | ||
Flauta, chamariz ou negaca de caca de osso encontrada no castro de Leceia (Barcarena) | FERREIRA, Octávio da Veiga | Edição | Publicado a 1975 | ||
Oeiras ha 5 000 anos. Monografia de Leceia | SILVA, Carlos Manuel Lindo Tavares da | Edição | Publicado a 1987 | ||
O Homem pre-historico no concelho de Oeiras. Estudos de Antropologia Fisica. | CUNHA, Armando Santinho | Edição | Publicado a 1991 | ||
"Do Paleolítico ao Romano. Investigações arqueológicas na área de Lisboa. Os últimos 10 anos: 1984-1993 ", Al-madan | CARDOSO, João | Edição | 1994 | Almada | 2.ª Série, n.º 3, pp. 59-74. |
Leceia. Resultados das escavações realizadas (1983-1988) | CARDOSO, João | Edição | |||
"O povoado Calcolítico de Leceia (Oeiras) - 1ª e 2ª Campanhas de escavação (1982 e 1983)", CLIO/Arqueologia | CARDOSO, João | Edição | |||
"Cronologia absoluta para o Campaniforme da Estremadura e do Sudoeste de Portugal", O Arqueólogo Português | CARDOSO, João | Edição | 1992 | Lisboa | 4ª série: 8-10, p. 203-228 |
Oeiras ha 5 000 anos. Monografia de Leceia | CARDOSO, João | Edição | Publicado a 1987 | ||
A reconstrução de grandes estruturas em povoados calcoliticos. O exemplo de Leceia (Oeiras) | CARDOSO, João | Edição | Publicado a 1991 | ||
Leceia 1983-1993. Escavações Arqueologicas de Oeiras. | CARDOSO, João | Edição | Publicado a 1994 | ||
Noticia da estação humana de Leceia, por Carlos Ribeiro, 1878. Notas e comentarios a edição original. | CARDOSO, João | Edição | Publicado a 1991 | ||
Carta Arqueologica do Concelho de Oeiras | CARDOSO, João | Edição | Publicado a 1993 | ||
O Homem pre-historico no concelho de Oeiras. Estudos de Antropologia Fisica. | CARDOSO, João | Edição | Publicado a 1991 | ||
Flauta, chamariz ou negaca de caca de osso encontrada no castro de Leceia (Barcarena) | CARDOSO, João | Edição | Publicado a 1975 | ||
"Cronologia absoluta para o Campaniforme da Estremadura e do Sudoeste de Portugal", O Arqueólogo Português | SOARES, António Manuel Monge | Edição | 1992 | Lisboa | 4ª série: 8-10, p. 203-228 |
Estudos pre-históricos em Portugal. Noticia de algumas estações e monumentos pre-historicos. Noticia da estação de Leceia. | RIBEIRO, Carlos | Edição | Publicado a 1878 | ||
Estação Eneolitica de Leceia (Barcarena) | FONTES, Joaquim | Edição | Publicado a 1955 | ||
O Homem pre-historico no concelho de Oeiras. Estudos de Antropologia Fisica. | AGUIAR, D. | Edição | Publicado a 1991 | ||
O povoado pre-historico de Leceia. Nota previa sobre a colecção de Alvaro de Bree | Colecção | ||||
Estação Eneolitica de Leceia (Barcarena) | Colecção |
Estação Eneolítica de Leceia - Vista geral, 2006.
Estação Eneolítica de Leceia - Vista geral, 2006.
Estação Eneolítica de Leceia - Passadiço em 2006.
Estação Eneolítica de Leceia - Portaria n.º 470/86, DR, I Série, n.º 196, de 27-08-1986 - Texto e planta do diploma
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