Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Anta do Penedo Gordo
Designação
DesignaçãoAnta do Penedo Gordo
Outras Designações / PesquisasAnta do Penedo Gordo (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArqueologia / Anta
TipologiaAnta
CategoriaArqueologia
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaPortalegre/Gavião/Belver
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
- -Lugar da Torre Fundeira Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
39.491877-7.997217
DistritoPortalegre
ConcelhoGavião
FreguesiaBelver
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDecreto n.º 1/86, DR, I Série, n.º 2, de 3-01-1986 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMESítio
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO9914630
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaJuntamente com a exploração dos povoados de altura, predominantemente datáveis da Idade do Ferro - os denominados castros ou citânias -, foram os monumentos megalíticos os testemunhos do passado mais remoto da presença humana no actual território português que mereceram maior atenção por parte de quem se dedicava à jovem ciência arqueológica, seguindo uma tradição há muito enraizada noutros países, nomeadamente em Inglaterra e em França, para citarmos apenas estes dois países, nalguns dos quais acabariam por ser politicamente utilizados, nomeadamente para estruturar pretensões de foro regionalista e/ou nacionalista.
Não terá sido este, propriamente, o caso ocorrido em Portugal, ainda que se registasse, em determinados momentos, uma certa necessidade de comprovar a anterioridade de exemplares megalíticos existentes em território nacional relativamente aos registados em solo espanhol, muito provavelmente em face de algumas pretensões de conotação iberista assomadas já durante o segundo quartel do século XIX (Cf. MARTINS, A. C., 2005).
Não podemos esquecer, em todo o caso, que as diversas tipologias megalíticas sobressaiam, a maioria das vezes, de modo acentuado na paisagem envolvente, sendo, por conseguinte, de fácil identificação, ao mesmo tempo que suscitavam uma curiosidade natural decorrente de todo um desconhecimento relativo à utilização primeva da maioria das respectivas tipologias, envoltas durante séculos nas mais díspares especulações e fabulações. Ademais, os sepulcros megalíticos, ou seja, os dólmenes - ou antas (como serão mais conhecidos em parte expressiva das nossas regiões) - atraíam sobremaneira a curiosidade de cientistas e diletantes, não apenas pela sua estrutura, como, sobretudo, pelo espólio associado que seria alcançado com a sua investigação, a par do facto de se pretender estabelecer uma cronologia com base na análise construtiva, seguindo o princípio evolucionista linear, então predominante no seio da comunidade científica ocidental.
A verdade é que as antas acabaram por ocupar um lugar central nas actividades arqueológicas dos percursores da Arqueologia conduzida em Portugal entre finais de oitocentos, princípios de novecentos, figurando de modo destacado na primeira lista de estruturas antigas a merecerem, entre nós, a classificação de "monumento nacional", com todas as implicações legais acarretadas por uma medida similar a tantas outras em vigor noutros estados europeus.
Ao que se sabe, o exemplar megalítico funerário erguido durante o Neo-calcolítico, conhecido por "Anta do Penedo Gordo", mereceu desde cedo a atenção dos nossos primeiros geólogos e pioneiros dos estudos pré-históricos, conduzidos em solo nacional a partir de meados do século XIX, por iniciativa da emblemática Commissão dos Serviços Geológicos, na sequência de uma primeira formada, a pedido do Governo, pela "Real Academias das Ciências", ainda em 1848.
De facto, foi um dos seus reputados membros, o lente de Mineralogia e Geologia da Escola Politécnica Costa (1809-1889), quem a identificou primeiramente (Cf. COSTA, F. A. P. da, 1868), sendo objecto de novo interesse científico já no início da nova centúria, dessa feita por mão de um dos colaboradores mais activos do Muzeu Ethnographico Portuguez, Félix Alves Pereira (Cf. PEREIRA, F. A., 1912).
Monumento megalítico erguido durante o Neo-calcolítico fixado para esta região do actual território português, a anta (o termo pelo qual os dólmenes são localmente mais conhecidos entre nós) possui câmara funerária de planta poligonal alongada, com pouco mais de três metros de comprimento e quase três de largura, composta de nove esteios. Quanto ao corredor de acesso ao seu interior, com aproximadamente três metros de comprimento, ele é constituído por quatro esteios de cada lado, não tendo sido encontrada a laje de cobertura , ainda que remanesçam elementos da primitiva mamoa.
[AMARTINS]
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens0
Nº de Bibliografias5

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Noções sobre o estado préhistórico da terra e do homem seguidas da descripção de alguns dolmins ou antas de PortugalCOSTA, Francisco A. Pereira daEdição1868Lisboap. 90
"A consolidação do sistema agro-pastoril", Nova História de PortugalJORGE, Susana de OliveiraEdição1990Lisboapp. 102-162
A Associação dos Arqueólogos Portugueses na senda da salvaguarda patrimonial. Cem anos de transformação (1863-1963). Texto policopiado. Tese de Doutoramento em Letras.MARTINS, Ana CristinaEdição2005LisboaTese de Doutoramento defendida na Reitoria da Universidade de Lisboa em Junho de 2006. Tese impressa em dois volumes: - I - aparato crítico; - II - aparato iconográfico.
"A Antiguidade em Belver", O Arqueólogo PortuguêsPEREIRA, Félix AlvesEdição1912Lisboa1.ª série, vol. 17, pp. 265-275
"Contribuição para a carta arqueológica da freguesia de Belver (concelho de Gavião)", Actas das 1ªs Jornadas de Arqueologia do Nordeste AlentejanoCARDOSO, JoãoEdição1987Coimbrapp. 83-99
"Contribuição para a carta arqueológica da freguesia de Belver (concelho de Gavião)", Actas das 1ªs Jornadas de Arqueologia do Nordeste AlentejanoCARVALHO, Rogério Pires deEdição1987Coimbrapp. 83-99

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