Chafariz da Praça Teófilo Braga | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Chafariz da Praça Teófilo Braga | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Chafariz da Praça Teófilo Braga (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Civil / Chafariz | ||||||||||||
Tipologia | Chafariz | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Civil | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Setúbal/Setúbal/Setúbal (São Julião, Nossa Senhora da Anunciada e Santa Maria da Graça) | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Setúbal | ||||||||||||
Concelho | Setúbal | ||||||||||||
Freguesia | Setúbal (São Julião, Nossa Senhora da Anunciada e Santa Maria da Graça) | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 129/77, DR, I Série, n.º 226, de 29-09-1977 (ver Decreto) Edital N.º 27/75 de 22-05-1975 da CM de Setúbal Despacho de homologação de 13-02-1975 do Secretário de Estado da Cultura e Educação Permanente Parecer de 7-02-1975 da 4.ª Subsecção da 2.ª Secção da JNE a propor a classificação como IIP | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 181502 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | A questão do abastecimento de água às cidades mereceu especial atenção ao longo dos séculos, com soluções diversas de acordo com os meios técnicos disponíveis. Na cidade de Setúbal foi construído um monumental aqueduto no reinado de D. João II, cuja importância pode ser atestada pelos constantes melhoramentos introduzidos. O chafariz actualmente implantado na Praça Teófilo Braga, mas originalmente construído na Praça do Sapal, em frente do edifício dos Paços do Concelho, é bem um exemplo das obras de beneficiação referidas, estas ocorridas no reinado de D. Pedro II. De facto, durante os séculos XVII e XVIII o problema do abastecimento às populações voltou a colocar-se de forma activa, em consequência de uma série de factores como as melhorias técnicas, a importância da água no período barroco enquanto elemento indissociável da denominada "festa barroca", ou do próprio pensamento iluminista (ROSSA, 1989, p. 115). A construção, em Setúbal, deste novo chafariz veio confirmar a importância do aqueduto, reforçando a imagem do poder concelhio, que desta forma colocava à disposição da população um meio de abastecimento de água, cumprindo a sua função primeira de suprir as carências da cidade. De acordo com a inscrição patente na zona posterior, o chafariz foi construído no ano de 1697, a expensas do Senado da Câmara. O seu traçado tem vindo a ser atribuído a Francisco da Silva Tinoco, o arquitecto régio de D. Pedro II que na época poderia ter concebido um chafariz com a monumentalidade e qualidade desta obra (SILVA, 1990, p. 40). Todo o conjunto, assente sobre dois degraus, é em mármore rosa e branco. O corpo de onde jorram as bicas, em forma de mascarões, acompanha o movimento ondulado da planta do tanque, sobrepondo-se-lhes três esferas armilares de grandes dimensões. Estas enquadram um outro corpo, de secção prismática, que é rematado pelas armas de Portugal e por dois anjinhos que as ladeiam. O espaldar apresenta duas volutas e no alçado posterior, a porta de acesso ao interior do chafariz exibe dois baixos relevos com a representação de navios da época. Estamos, pois, em presença de uma iconografia que exalta não apenas o poder concelhio e da coroa, mas alude ainda à importância económica da cidade de Setúbal que lhe advinha do comércio marítimo (SILVA, 1990, p. 40). Com o passar dos tempos, a importância utilitária dos aquedutos e chafarizes foi conhecendo uma redução gradual, o que transformou estes monumentos em exemplares de relevância histórico-cultural, muitas das vezes sacrificados pela recente ordem urbana. No caso do chafariz em questão, a sua transferência da Praça de Bocage, no decorrer do século XX, ficou a dever-se a problemas de ordenamento do trânsito, uma vez que a sua colocação, ao centro da Praça, dificultava a circulação. Nesta mudança para a Praça Teófilo Braga perdeu-se o bebedouro para animais, que se encontrava na zona posterior. Uma última referência para os anjos que ladeiam as armas de Portugal, por se tratarem de réplicas, dado que os originais foram destruídos aquando da implantação da República (SILVA, 1990, p. 40). (Rosário Carvalho) | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 6 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 2 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Setúbal | SILVA, José Custódio Vieira da | Edição | 1990 | Lisboa | |
"CHAFARIZ", Dicionário da Arte Barroca em Portugal | ROSSA, Walter | Edição | 1989 | Lisboa |
Chafariz da Praça Teófilo Braga - Vista geral
Chafariz da Praça Teófilo Braga - Vista geral
Chafariz da Praça Teófilo Braga - Face posterior
Chafariz da Praça Teófilo Braga - Face posterior: cartela e inscrição
Chafariz da Praça Teófilo Braga - Baixo-relevo representando navio da época
Chafariz da Praça Teófilo Braga - Pormenor das bicas, esferas armilares e armas de Portugal