Nota Histórico-Artistica | Durante a Idade Média, Cinfães foi honra e centro das Terras de Ribadouro, cujo senhor era Egas Moniz. D. Afonso Henriques aí chegou a viver, na companhia do seu célebre aio, na povoação de Cresconhe (Santiago de Piães). D. Dinis reconhceu-lhe privilégios antigos, em 1290, e D. Manuel deu-lhe foral em 1513. O concelho foi extinto em 1836, e restabelecido em 1855. O pelourinho que conserva deverá datar de então, uma vez que se trata de exemplar de factura moderna, ainda que glosando um modelo antigo (manuelino?). O pelourinho levanta-se no jargo ajardinado fronteiro aos Paços do Concelho de Cinfães, sobre soco de dois largos degraus quadrangulares, de aresta. A coluna tem base cúbica, lisa, e fuste cilíndrico, que arranca de um toro circular, seguindo com ligeira entasis e secção decrescente até ao topo. O capitel, circular, é composto por astrágalo, colarinho liso, coxim, e ábaco, sobre o qual assenta um tabuleiro de molduras crescentes, coroado por merlões cantonais, rematados em pirâmide. O conjunto evoca alguns pelourinhos tradicionais, geralmente chamados de tabuleiro, rematados com um castelo estilizado. SML |