Igreja de Nossa Senhora de Mércules | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Igreja de Nossa Senhora de Mércules | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Santuário de Nossa Senhora de Mércoles / Igreja de Nossa Senhora de Mércoles (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / Igreja | ||||||||||||
Tipologia | Igreja | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Castelo Branco/Castelo Branco/Castelo Branco | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Castelo Branco | ||||||||||||
Concelho | Castelo Branco | ||||||||||||
Freguesia | Castelo Branco | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 42 692, DG, I Série, n.º 276, de 30-11-1959 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 12707538 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | As origens do culto à Senhora de Mércoles encontram-se longe de estar esclarecidas. No local onde a Idade Média construiu o santuário que hoje subsiste foram identificados numerosos materiais de época romana - materiais que continuam a ser revelados a cada nova intervenção urbana neste espaço -, o que levou alguns autores a sugerir tratar-se de espólio relacionado com uma antiga cidade. Por outro lado, a própria invocação de Mércoles poderá estar associada a uma divindade pré-romana, posteriormente integrada no panteão clássico, como o parece provar a descoberta de um altar dedicado a Mercúrio neste mesmo local, e, mais tarde ainda, definitivamente cristianizada. O templo gótico resulta de uma campanha de finais do século XIV - embora pareça ter existido uma construção ligeiramente anterior -, provavelmente relacionada com a iniciativa da Ordem do Templo, que detinha a tutela sobre toda a região de Castelo Branco. O produto final é bem o reflexo das distintas correntes da nossa arte gótica na transição dinástica que impôs a família de Avis. O portal principal, de três arquivoltas e inserido num gablete, insere-se numa tipologia de portais góticos particularmente seguida em Portugal e que recua mesmo aos primórdios deste estilo em território nacional. Já a decoração vegetalista dos seus capitéis aponta claramente para a primeira fase do grande estaleiro do Mosteiro da Batalha, a principal obra de revolução do Gótico para a viragem do século XV. A igreja actual apresenta numerosas características da época moderna, sintoma das várias campanhas artísticas que se sucederam no espaço do santuário. De inícios do século XVII data o revestimento azulejar do interior e parte da decoração retabular. Sensivelmente um século depois foi efectuada a reforma da fachada principal, a que se adossaram dois torreões de planta quadrangular, responsáveis pela sensação de rigorosa simetria que caracteriza este elemento. Ainda da época barroca data a monumental escadaria de acesso ao adro do templo, bem como diversas outras obras de melhoramentos do local. Nos últimos dois séculos o edifício foi objecto de campanhas restauradoras parcelares, que alteraram, em alguma medida, o produto gótico-barroco do século XVIII. Em 1857 teve lugar uma das mais marcantes renovações, sendo levantadas novas paredes laterais, substituindo-se parte da cobertura, entaipando-se algumas janelas originais e construindo-se novos espaços alpendrados anexos ao conjunto edificado. Mais recentemente, entre 1980 e 1983, foi desenvolvida uma campanha de restauro integral, da responsabilidade dos Edifícios e Monumentos Nacionais, que logrou identificar numerosas partes originais, a que se adicionou a musealização genérica dos vestígios de pintura a fresco do interior, bem como a remoção de elementos do século XIX. A Senhora de Mércoles continua a ser palco de uma das mais importantes romarias da região, realizada na segunda semana após o Domingo de Páscoa. PAF | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 11 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 6 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Elementos para um inventário artístico do Distrito de Castelo Branco | SALVADO, António | Edição | 1976 | Castelo Branco | |
A arquitectura gótica portuguesa | DIAS, Pedro | Edição | 1994 | Lisboa | |
Castelo Branco | LEITE, Ana Cristina | Edição | 1991 | Lisboa | |
O Santuário de Nossa Senhora de Mércules | ALVES, Tarcísio Fernandes | Edição | |||
Nossa Senhora de Mércoles, resenha histórica | LOBO, Ernesto Pinto | Edição | 1971 | ||
Castelo Branco na História e na Arte | Edição | 1958 |
Igreja de Nossa Senhora de Mércules - Fachada principal
Igreja de Nossa Senhora de Mércules - Adro fronteiro
Igreja de Nossa Senhora de Mércules - Fachada principal: corpo central com portal
Igreja de Nossa Senhora de Mércules - Fachada principal: portal
Igreja de Nossa Senhora de Mércules - Fachada principal: pormenor do colunelo norte do portal
Igreja de Nossa Senhora de Mércules - Fachada principal: pormenor dos capitéis sul do portal
Igreja de Nossa Senhora de Mércules - Fachada principal: pormenor das bases de colunas norte do portal
Igreja de Nossa Senhora de Mércules - Fachada lateral norte: porta travessa
Igreja de Nossa Senhora de Mércules - Zona envolvente: caminho de acesso ao santuário
Igreja de Nossa Senhora de Mércules - Escadaria de acesso ao Santuário
Igreja de Nossa Senhora de Mércules - Panorâmica do recinto do Santuário