Conjunto de fornalhas e poços cilíndricos da antiga tinturaria da Real Fábrica de Panos da Covilhã | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Conjunto de fornalhas e poços cilíndricos da antiga tinturaria da Real Fábrica de Panos da Covilhã | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Real Fábrica de Panos da Covilhã / Museu de Lanifícios da Covilhã / Polo da Universidade da Beira Interior (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Património Industrial / | ||||||||||||
Tipologia | |||||||||||||
Categoria | Património Industrial | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Castelo Branco/Covilhã/Covilhã e Canhoso | ||||||||||||
Endereço / Local |
| ||||||||||||
Distrito | Castelo Branco | ||||||||||||
Concelho | Covilhã | ||||||||||||
Freguesia | Covilhã e Canhoso | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 28/82, DR, I Série, n.º 47, de 26-02-1982 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Conjunto | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 12707538 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Situada na Serra da Estrela, local privilegiado de criação de gado e plataforma das rotas de transumância, a Covilhã é conhecida desde o século XII como um "(...) espaço social singular, caracterizado por uma acentuada extensão do trabalho dos lanifícios (...)" (PINHEIRO, 1998, p. 46). Nas centúrias seguintes, destacou-se pela grande produção de lanifícios, sempre considerados de excelente qualidade, e a partir do século XVI registou-se uma preocupação por parte da Coroa em proteger a manufactura dos panos (GOMES, 2003). As acções mais marcantes são as medidas tomadas por D. Sebastião em 1573, que promulgou o Regimento dos Panos, datando desta época a criação da Fábrica d'El Rei , e o crescimento da manufactura e oficinas locais durante o reinado de D. Pedro II (PINHEIRO, 1998, p. 17). Em 1758, face à crise das manufacturas nacionais, o Marquês de Pombal mandou realizar um inquérito à situação dos "teares que tem a vila da Covilhã", tomando nos anos seguintes várias medidas de fomento industrial local que culminaram com a fundação da Real Fábrica de Panos da Covilhã em 1764, cujo objectivo era funcionar como um "(...) pólo dinamizador da indústria local (...) [criando] um nível técnico de aperfeiçoamento das operações de tinturaria e ultimação dos panos (...)", assegurando a qualidade da produção e a formação dos aprendizes (Idem, ibidem, p. 18). O edifício, construído na Ribeira da Goldra, foi planificado por Bento José da Costa Matos e João Álvares, destacando-se o "(...) caracter monumental que as dimensões, os materiais e os cuidados de edificação atestam (...)" (Idem, ibidem, p. 20). A fábrica era composta por quatro alas rectangulares, dispostas em torno de uma praça central, apresentando fachadas de modelo pombalino . No interior dispunham-se, no primeiro piso, as tinturarias, as casas que albergavam os teares, divididos consoante as dimensões, e casas para prensas, composição de tintas e armazenamento de lãs; o segundo piso era ocupado pelos serviços administrativos, armazéns vários, salas de fiação e alojamento dos aprendizes (Idem, ibidem, p. 21). Em 1822, a fábrica seria encerrada, e as suas funções militares posteriores em muito contribuíram para a transformação e degradação do espaço. Em 1975 instalou-se no local a Universidade da Beira Interior, e foi durante as obras de adaptação do edifício às suas novas funções académicas que foram postas a descoberto algumas fornalhas e poços cilíndricos das instalações de tinturaria da Real Fábrica de Panos. O conjunto corresponde às antigas salas de pequeno tinte , integrando 3 fornalhas, 8 dornas, dispostas paralelamente com canalizações de granito, a de grande tinte ou tinturaria dos panos de lã, com caldeiras e chaminés, um tanque, a tinturaria de lãs em meada, com uma fornalha e suporte de caldeira, e a designada Galeria das Fornalhas, com três chaminés e várias bocas de fornalha. Depois de uma profunda intervenção arqueológica na área, esta foi transformada num núcleo museológico, o Museu de Lanifícios da Universidade da Beira Interior, cujo projecto de adaptação do espaço foi executado pelo Arquitecto Nuno Teotónio Pereira. As obras iniciaram-se em 1990, e a inauguração decorreu em Abril de 1992. Catarina Oliveira GIF/IPPAR/ Junho de 2006 | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 8 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 4 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
---|---|---|---|---|---|
Catálogo do Museu de Lanifícios da Universidade da Beira Interior | PINHEIRO, Elisa Calado | Edição | 1998 | Covilhã | |
Roteiro do Museu de Lanifícios da Universidade da Beira Interior | PINHEIRO, Elisa Calado | Edição | 1998 | Covilhã | |
Covilhã - percursos de uma história secular | GOMES, Paulino | Edição | 2003 | Covilhã | |
"Inventário do património industrial da Covilhã - Um caso de estudo no âmbito da salvaguarda patrimonial", Revista Património - Estudos, nº 3 | FOLGADO, Deolinda | Edição | 2002 | Lisboa |
Conjunto de fornalhas da Real Fábrica de Panos da Covilhã - Vista geral do conjunto da Real Fábrica
Conjunto de fornalhas da Real Fábrica de Panos da Covilhã - Fachada do Museu dos Lanifícios
Conjunto de fornalhas da Real Fábrica de Panos da Covilhã - Interior: poços de tintura de panos e lanifícios
Conjunto de fornalhas da Real Fábrica de Panos da Covilhã - Interior: poços de tintura de panos e lanifícios
Conjunto de fornalhas da Real Fábrica de Panos da Covilhã - Tinas da casa da tinturaria (IPPC)
Conjunto de fornalhas da Real Fábrica de Panos da Covilhã - Tinas existentes na casa da tinturaria (IPPC)
Conjunto de fornalhas da Real Fábrica de Panos da Covilhã - Tina da casa da tinturaria (IPPC)
Conjunto de fornalhas da Real Fábrica de Panos da Covilhã - Fornos (IPPC)
Palacete Vilar de Allen
Rua António Cardoso, nº 175
4150-081 Porto, Portugal
NIF 517 842 920
Tel. +351 226 000 454
geral@patrimoniocultural.gov.pt