Igreja de Santa Maria de Azinhoso | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Igreja de Santa Maria de Azinhoso | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Igreja de Santa Maria, paroquial de Azinhoso / Igreja Paroquial de Azinhoso / Igreja Paroquial de Azinhoso / Igreja de Santa Maria / Igreja de Nossa Senhora da Natividade (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / Igreja | ||||||||||||
Tipologia | Igreja | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Bragança/Mogadouro/Azinhoso | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Bragança | ||||||||||||
Concelho | Mogadouro | ||||||||||||
Freguesia | Azinhoso | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 44 675, DG, I Série, n.º 258, de 9-11-1962 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 12707538 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | A igreja paroquial de Azinhoso é um dos mais importantes templos medievais transmontanos, não obstante a sua localização periférica e as múltiplas dúvidas que subsistem em relação à exacta cronologia da edificação. Uma tradição veiculada pelo Guia de Portugal (3ªed., 1995, p.1026) viu no campanário a inscrição de 1196, data que foi, então, relacionada com uma eventual campanha construtiva templária, uma vez que, por essa altura, a Ordem detinha os territórios de Mogadouro e de Penas Róias. Tal informação, todavia, não se veio a confirmar e, ainda na primeira metade do século XX, o Abade de Baçal esclareceu que a inscrição era apócrifa, enquanto que Mário Barroca, mais recentemente, não encontrou quaisquer vestígios desse letreiro (BARROCA, 2000, p.1185). Mas se não é possível atribuir a actual igreja a um passado tão remoto, o facto é que quando se terraplanou o terreno envolvente, aquando do restauro a cargo da DGEMN, apareceram uma série de sepulturas escavadas na rocha, junto ao "ângulo noroeste do templo" (BARROCA, 2000, CD-ROM), o que sugere uma relativa antiguidade de ocupação religiosa deste local, provavelmente a rondar os séculos X-XI. Para uma atribuição mais rigorosa da igreja tem sido fundamental duas outras inscrições. Na esquina Sudoeste da capela-mor exibe-se um letreiro datado criticamente do século XIII e que ostenta a legenda "ALFONS" (BARROCA, 2000, p.1185). Este mesmo autor equacionou uma relação com possíveis senhores da Terra de Bragança, nomeadamente D. Afonso Rodrigues, procurador e pobrador da Terra de Bragança e Miranda, referido em 1285 e responsável por um diploma de regalias passado à localidade. Na fachada principal, do lado Sul do portal, existe uma terceira inscrição. Nela se lê apenas a palavra "ERA", não se vislumbrando os restantes caracteres, mas Mário Barroca (IDEM, 2000, p.1962), datou-a do século XIV. Será esta a leganda comemorativa da conclusão das obras do templo de Azinhoso? Não o sabemos, mas é sugestivo que assim seja, em particular tendo em atenção que a inscrição anterior se poderia referir ao arranque dos trabalhos, o que nos daria uma datação aproximada para a igreja entre os finais do século XIII e a primeira metade do século XIV. Estilisticamente, o templo adequa-se a esta cronologia e, especialmente, à região periférica em que se insere. Os seus portais, em arco já apontado, decorados com motivos perlados e quadrifoliados de tratamento sumário, inscrevem-se no que se chamou Românico tardio, ou de resistência, linguagem estilística comum no Norte e Interior do país até datas a rondar os séculos XIV e mesmo XV. Existem, todavia, algumas características que apontam para uma relativa importância da obra, como a monumental e cenográfica fachada principal, extremamente alta e rematada axialmente por campanário de dupla sineira e o amplo interior, embora de nave única. No século XV, a igreja teve grande importância regional, instituindo-se como verdadeiro centro de romaria. Datará dessa altura o alpendre existente do lado Norte e que, de acordo com os vestígios nas restantes fachadas, rodearia toda a frontaria do templo, ligando os três portais. Em finais do século XIV, D. João I passou pela povoação e terá oferecido ao seu templo paroquial um firmal para a imagem de Nossa Senhora que ainda existe no interior (AFONSO, 1988, pp.135-136). Algum tempo depois, D. Luís Eanes de Madureira, vigário geral do arcebispo de Braga, fez-se sepultar em arcossólio no interior da igreja, obra decorada com pinturas murais semelhantes a outras encontradas na fachada principal da Sé de Braga, o que permite supor da acção de uma mesma oficina (AFONSO, 1996, pp.64-65). Com o passar do tempo, registaram-se algumas alterações no conjunto. As mais importantes deram-se no tempo barroco, quando se realizaram os retábulos laterais e o retábulo-mor, este ainda do século XVII, e a edificação da Casa da Misericódia (1647), anexa ao lado Norte da capela-mor. PAF | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | Pelourinho de Azinhoso | ||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 6 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 16 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Memórias arqueológico-históricas do distrito de Bragança: repositório amplo de notícias corográficas, hidro-orográficas, geológicas, mineralógicas, hidrológicas, biobibliográficas, heráldicas (...), 2ªed. | ALVES, Francisco Manuel | Edição | 2000 | Bragança | Publicado a 1909-1948 |
História da Arte em Portugal - O Românico | ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de | Edição | 2001 | Lisboa | |
História da Arte em Portugal, vol. 3 (o Românico) | ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de | Edição | 1986 | Lisboa | |
Apontamentos arqueológicos | LOPO, Albino dos Santos Pereira | Edição | 1987 | Lisboa | |
Povoamento Romano de Trás-os-Montes Oriental, 6 vols., Dissertação de Doutoramento apresentada à Universidade do Minho | LEMOS, Francisco Sande | Edição | 1993 | Braga | 6 Vols. |
O Leste do Território Bracarense | NETO, Joaquim Maria | Edição | 1975 | Torres Vedras | p. 363 |
A arquidiocese de Braga no século XV | MARQUES, José | Edição | 1988 | Braga | |
"Necrópole de sepulturas escavadas na rocha da Igreja de Santa Maria de Azinhoso", Do Douro Internacional ao Côa. As raízes de uma fronteira, CD-ROM | BARROCA, Mário Jorge | Edição | 2000 | Porto | |
Epigrafia medieval portuguesa (862-1422) | BARROCA, Mário Jorge | Edição | 2000 | Lisboa | |
"O mundo românico (séculos XI-XIII)", História da Arte Portuguesa, vol.1, Lisboa, Círculo de Leitores, 1995, pp.180-331 | RODRIGUES, Jorge | Edição | 1995 | Lisboa | |
Portugal roman, vol. II | GRAF, Gerhard N. | Edição | 1986 | ||
"Igreja de Santa Maria de Azinhoso", Do Douro Internacional ao Côa. As raízes de uma fronteira, CD-ROM | ROSAS, Lúcia Maria Cardoso | Edição | 2000 | Porto | |
"Aspectos da escultura figurativa na Matriz de Algosinho", Brigantia, vol. XIX, nº1/2, pp.3-16 | FERNANDES, Paulo Almeida | Edição | 1999 | Bragança | |
"As pinturas murais (século XV) do pórtico axial da Sé de Braga", Mínia, 3ª série, nº4, pp.51-76 | AFONSO, Luís Urbano | Edição | 1996 | Braga | |
"Nossa Senhora na Arte - algumas Virgens de Majestade do Distrito de Bragança", Brigantia, vol. VIII, nº1/2, pp.131-140 | AFONSO, Belarmino | Edição | 1988 | Bragança | |
Arquitectura Religiosa da Diocese de Miranda do Douro (1545-1800) | MOURINHO JÚNIOR, António Rodrigues | Edição | 1995 | Bragança |
Igreja de Santa Maria de Azinhoso - Fachada principal (IPPC)
Igreja de Santa Maria de Azinhoso - Vista geral (DGEMN)
Igreja de Santa Maria de Azinhoso - Fachada lateral esquerda: alpendre e portal (DGEMN)
Igreja de Santa Maria de Azinhoso - Fachada lateral direita (DGEMN)
Igreja de Santa Maria de Azinhoso - Fachada lateral direita: portal (DGEMN)
Igreja de Santa Maria de Azinhoso - Interior: nave e capela-mor (DGEMN)