Aldeia Velha de Monsanto | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Aldeia Velha de Monsanto | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Povoação de Monsanto / Aldeia de Monsanto (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Mista / Centro Histórico | ||||||||||||
Tipologia | Centro Histórico | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Mista | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Castelo Branco/Idanha-a-Nova/Monsanto e Idanha-a-Velha | ||||||||||||
Endereço / Local |
| ||||||||||||
Distrito | Castelo Branco | ||||||||||||
Concelho | Idanha-a-Nova | ||||||||||||
Freguesia | Monsanto e Idanha-a-Velha | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Despacho de 9-01-2025 do presidente do Património Cultural, I.P. a determinar o envio do processo, com pedido de determinar a efetiva delimitação do bem classificado, como condição prévia à posterior tramitação Despacho de 7-10-2022 do diretor-geral da DGHPC a determinar a abertura do procedimento de classificação de âmbito nacional Proposta de 3-11-2021 da DRC do Centro para a abertura de novo procedimento de definição dos limites, de reclassificação para CIN-MN e de redenominação para Povoação de Monsanto ou Aldeia de Monsanto Decreto n.º 28/82, DR, I Série, n.º 47, de 26-02-1982 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | Despacho de homologação de 39-09-1983 do Ministro da Cultura Parecer favorável de 20-09-1983 da Assessoria Técnica do IPPC Proposta de alargamento de 14-07-1983 da DGO Parecer de 28-03-1983 da Assessoria Técnica do IPPC a propor o alrgamento da ZEP do Castelo de Monsanto Em 28-02-1978 a DGEMN enviou nova cópia da proposta Proposta da DGEMN (1957) | ||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Conjunto | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9914630 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | A "aldeia mais portuguesa de Portugal" - estatuto alcançado num célebre concurso do Estado Novo, em 1938 - localiza-se numa das mais impressionantes formações geológicas do país: verdadeiro inselberg, o seu ponto mais elevado, ergue-se a uma altitude de mais de 750 metros, dispersando-se a aldeia pelas encostas. Desde cedo o impacto desta montanha granítica, a meio da campina, exerceu forte fascínio nas comunidades humanas. Em Monsanto, a presença do Homem encontra-se desde o Paleolítico, sendo o seu cume posteriormente ocupado por um castro. No sopé, uma estação romana (São Lourenço) prova a vitalidade e importância da região para esta civilização, cuja centralidade de Idanha-a-Velha determinou a existência de um ager relativamente amplo em seu redor. Mas é à Idade Média que Monsanto deve grande parte da sua fisionomia e fascínio. Integrado na coroa portuguesa no reinado de D. Afonso Henriques, a aldeia foi doada aos Templários, que ergueram o primitivo castelo. Os séculos seguintes pautaram-se por uma contínua tentativa de incentivar o povoamento e a fixação de comunidades, mais propensas a instalarem-se em zonas menos íngremes. Desfrutando de feira, desde 1308, as imediações da pequena capela de São Pedro de Vira-Corça transformaram-se num importante centro regional, ao mesmo tempo que possibilitaram o abastecimento às populações do cimo do monte. Ao longo da época moderna, enquanto a vila perdeu importância e as suas ruas ficaram desertas, o castelo manteve as anteriores prerrogativas. Diversos exércitos aqui se enfrentaram, com invariável sucesso para os defensores da fortaleza, demasiado alta e de difícil acesso para ser vencida. Monsanto foi sede de concelho até 1853. Nessa altura, já bastante despovoada, o reordenamento administrativo determinou a centralização de estruturas de poder em Idanha-a-Nova, que passou, então, a tutelar um vasto território oriental, até à linha de fronteira. Mais recentemente, a transformação do aglomerado em Aldeia Histórica determinou uma relativa inversão da desertificação. São muitos os locais de interesse e de visita na aldeia. No cimo, o castelo, de fundação templária do século XII, é contemporâneo das obras marcantes de Tomar, Almourol ou Pombal, mas foi bastante modificado nos séculos seguintes. A vila é, toda ela, evocadora de um certo imaginário rural medieval. Ruas estreitas, íngremes, calcetadas de granito, onde as casas surgem por entre os enormes blocos pétreos, caracterizam o núcleo principal. A igreja Matriz é um dos edifícios que melhor definem os espaços. À entrada da vila, surge diante da principal rua da localidade, que liga ao Pelourinho e à Igreja da Misericórdia. É uma construção modesta, com prováveis raízes medievais, mas profundamente alterada no século XVIII, conforme se comprova pelo interior barroco. A praça principal é caracterizada pelo pelourinho, do século XVI, e ergue-se à sombra da Torre do Relógio, ou de Lucano, uma torre defensiva que permite um amplo campo de visão para as zonas a ocidente da aldeia, e em cujo topo se implantou o famoso galo de prata, prémio do concurso de Aldeia mais Portuguesa. A capela de Santo António, no limite Sul da vila, confronta com a Porta de Santo António, um dos mais importantes acessos medievais da vila, por onde se acedia à feira de São Pedro de Vira-Corça. No outro extremo, a Capela do Espírito Santo limita a Norte o aglomerado. O forno comunitário, na íngreme ladeira que conduz ao castelo, é o testemunho privilegiado da vivência na aldeia, em que os habitantes, mais que vizinhos, regiam-se por laços fortes de solidariedade comunitária. As habitações não seguem uma tipologia única ou, sequer, homogénea. È um facto que o granito foi o material utilizado na esmagadora maioria dos casos, mas o carácter unifamiliar das casas e o diminuto espaço disponível determinou uma enorme variedade de soluções, contribuindo para a aparente irracionalidade urbanística da aldeia. PAF | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | Castelo e muralhas de Monsanto | ||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 36 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 6 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
---|---|---|---|---|---|
A gloriosa história dos mais belos castelos de Portugal | PERES, Damião | Edição | 1969 | Barcelos | |
Archeologia do distrito de Castelo Branco. Uma contribuição para o seu estudo. | PROENÇA JÚNIOR, Francisco Tavares | Edição | 1910 | Leiria | Publicado a 1910 |
"São Miguel de Monsanto e São Pedro de Vira-Corça: derradeiros testemunhos do mundo românico em Portugal", A Raia, nº13, Junho 1999, pp.26-31 | FERNANDES, Paulo Almeida | Edição | |||
O castelo de Monsanto | BARROS, Guilhermino de | Edição | 1879 | Lisboa | |
Monsanto, a aldeia mais portuguesa de Portugal : roteiro, 2ªed. | CORREIA, Francisco Barbosa | Edição | 1986 | Lisboa | |
As aldeias históricas : conjuntos históricos a valorizar | NEVES, Vítor Pereira | Edição | 1996 | Lisboa |
Aldeia Velha de Monsanto - Vista panorâmica do monte (inselberg)
Aldeia Velha de Monsanto - Vista panorâmica aproximada do inselberg
Aldeia Velha de Monsanto - Vista parcial do casario
Aldeia Velha de Monsanto -Vista geral da aldeia, a partir de uma das rampas de acesso ao castelo
Aldeia Velha de Monsanto - Vista parcial do casario e afloramento rochoso
Aldeia Velha de Monsanto - Casario na Rua Direita
Aldeia Velha de Monsanto - Panorâmica (DGEMN, 1953)
Aldeia Velha de Monsanto - Panorâmica (DGEMN, 1950)
Aldeia Velha de Monsanto - Vista parcial de rua (DGEMN, 1950)
Aldeia Velha de Monsanto - Igreja da Misericórdia: fachada principal (DGEMN, 1949)
Aldeia Velha de Monsanto - Casario em afloramento rochoso
Aldeia Velha de Monsanto - Casario em afloramento rochoso
Aldeia de Monsanto - Afloramento rochoso inserido no casario
Aldeia de Monsanto - Afloramento rochoso inserido no casario
Aldeia de Monsanto - Arruamento
Aldeia de Monsanto - Vista parcial das coberturas do casario e paisagem envolvente
Aldeia de Monsanto - Afloramentos rochosos
Aldeia de Monsanto - Habitação recuperada
Aldeia de Monsanto - Arruamento
Aldeia de Monsanto - Vista parcial das coberturas do casario
Aldeia de Monsanto - Vista parcial do casario e afloramento rochoso do castelo
Aldeia de Monsanto - Solar da família Pinheiro: pedra de armas sobre o portal
Aldeia de Monsanto - Cruzeiro de Via Sacra
Aldeia de Monsanto - Encosta com afloramentos rochosos
Aldeia de Monsanto - Afloramento rochoso inserido no casario
Aldeia de Monsanto - Vista parcial do casario e afloramento rochoso do castelo
Aldeia de Monsanto - Igreja da Misericórdia: fachada principal
Aldeia de Monsanto - Afloramento rochoso do castelo
Aldeia de Monsanto - Paisagem envolvente
Aldeia de Monsanto - Afloramentos rochosos
Aldeia de Monsanto - Paisagem envolvente
Aldeia de Monsanto - Afloramento rochoso
Aldeia de Monsanto - Cruzeiro de Via Sacra
Aldeia de Monsanto - Solar da família Pinheiro: janelas
Aldeia de Monsanto - Igreja da Misericórdia: fachada principal
Aldeia de Monsanto - Paisagem envolvente
Palacete Vilar de Allen
Rua António Cardoso, nº 175
4150-081 Porto, Portugal
NIF 517 842 920
Tel. +351 226 000 454
geral@patrimoniocultural.gov.pt