Capela-mor da igreja da Luz | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Capela-mor da igreja da Luz | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Igreja Paroquial da Luz de Lagos / Igreja de Nossa Senhora da Luz (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / Igreja | ||||||||||||
Tipologia | Igreja | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Faro/Lagos/Luz | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Faro | ||||||||||||
Concelho | Lagos | ||||||||||||
Freguesia | Luz | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 33 587, DG, I Série, n.º 63, de 27-03-1944 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9914629 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Em pleno centro histórico da vila da Luz, de Lagos, a Igreja de Nossa Senhora - mais propriamente a sua cabeceira - constitui um dos mais interessantes exemplos de arquitectura manuelina em todo o Algarve. Com efeito, a relativamente ampla capela-mor, de três tramos cobertos por abóbada estrelada dotada de cadeia central, e três bocetes decorados com medalhões, é a parte mais antiga actualmente conservada do conjunto, e atesta bem a importância do templo e a qualidade artística da campanha. Trata-se de mais um testemunho - do restrito número de exemplos remanescentes - do rico foco tardo-manuelino algarvio, momento estilístico que dotou a província mais meridional de Portugal continental de uma vasta rede de igrejas paroquiais, desde as localidades mais importantes do litoral, a numerosos templos do Barrocal e da Serra. Uma informação prestada pelo pároco Benevides, por altura do terramoto de 1755, dava conta de uma inscrição com a data 1521, ano provável da conclusão das obras (GUERREIRO, 1991). Igualmente importante era o facto desta inscrição se encontrar associada ao zimbório da igreja, facto que prova ter este templo, provavelmente numa segunda campanha de obras quinhentistas, sido dotado de uma estrutura relativamente erudita e pouco comum na arquitectura algarvia: um zimbório. Infelizmente, pouco mais sabemos do projecto manuelino. No interior, conserva-se ainda uma pequena pia de água benta, em forma de mísula, adossada a uma das paredes da nave, que pela sua decoração é claramente manuelina. No entanto, foram muitas as alterações por que a igreja passou, nos séculos seguintes. Logo em 1575, menos de cinquenta anos da conclusão da campanha tardo-manuelina, deu-se uma renovação do templo, cuja amplitude e relevância artística são, até ao momento, difíceis de avaliar. Supomos datar dessa altura o zimbório sobre um eventual cruzeiro, mas nada podemos, por agora, assegurar. Igualmente maneirista é a pia baptismal, despida de decoração e assente numa base quadrangular em forma de capitel invertido. Também o desenho do portal principal, inserido em duas pilastras desprovidas de decoração, se pode filiar estilisticamente no Maneirismo, numa variante regional e epigonal, ainda que o produto que hoje vemos deva ser atribuído às muitas remodelações por que o templo passou. Entrando na centúria de Seiscentos, a localidade da Luz de Lagos necessitava de um mais eficaz sistema defensivo. Ele foi realizado em 1624, em pleno período filipino, numa altura em que a tensão entre a coroa espanhola e os seus mais directos inimigos europeus determinou a fortificação generalizada das zonas costeiras. Em torno do templo, foi construída uma cintura de muralhas, numa acção mais vasta de defesa de toda a vila e, em última instância, de fortificação de toda a costa. A história da destruição e reconstrução da igreja da Luz de Lagos começa no século XVIII. Em 1755, o terramoto causou a derrocada parcial do templo, ruindo o zimbório e outras partes importantes. As obras de reconstrução então efectuadas, sob o signo da reconstrução apressada que tão bem caracteriza algumas empreitadas de então, dotou o templo de uma relativa estabilidade, mas um século depois, em 1874, havia já a necessidade de se reerguer todo o corpo da igreja. Contudo, também estas obras do século XIX se haveriam de revelar desastrosas para a igreja e, em 1941, um ciclone que assolou a costa foi o responsável pela ruína do corpo, que desabou um ano depois, ficando de pé apenas a capela-mor. Os trabalhos de reconstrução iniciaram-se em 1947, sob a responsabilidade da DGEMN, que então reedificou o corpo da igreja, aproveitando grande quantidade de materiais originais, mas inevitavelmente construindo, em obra nova, o grosso do templo. Solenemente inaugurada a 26 de Maio de 1957, a igreja de Nossa Senhora da Luz mantém-se como principal referência religiosa da comunidade, e um precioso testemunho das vagas de destruição e reconstrução ao longo dos tempos. PAF | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 4 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 3 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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A história da minha terra, Nossa Senhora da Luz | GUERREIRO, Catarina Glória | Edição | 1991 | Lagos | |
"Decoração arquitectónica manuelina na região de Silves (séculos XV-XVI)", Revista Xelb, nº3, 1996, pp.79-142 | RAMOS, Manuel Francisco Castelo | Edição | 1996 | Silves | |
Corografia ou memoria economica, estadistica, e topografica do reino do Algarve | LOPES, João Baptista da Silva | Edição | 1841 | Lisboa |
Capela-mor da igreja da Luz - Fachada principal da igreja
Capela-mor da igreja da Luz - Fachada principal da igreja: portal
Capela-mor da igreja da Luz - Data inscrita na pedra de fecho do portal principal da igreja
Capela-mor da igreja da Luz - Fachadas posterior e lateral esquerda