Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Castelo da Senhora da Luz
Designação
DesignaçãoCastelo da Senhora da Luz
Outras Designações / PesquisasFortaleza de Nossa Senhora da Luz / Castelo da Senhora da Luz / Fortaleza de Nossa Senhora da Luz (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Militar / Castelo
TipologiaCastelo
CategoriaArquitectura Militar
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaFaro/Lagos/Luz
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Ponta da CalhetaLagos Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
37.085167-8.730426
DistritoFaro
ConcelhoLagos
FreguesiaLuz
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDecreto n.º 129/77, DR, I Série, n.º 226, de 29-09-1977 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO9914630
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaA fortaleza de Nossa Senhora da Luz, na Ponta da Calheta, é um dos mais importantes testemunhos de arquitectura militar seiscentista na costa algarvia, e um dos que melhor ilustra a preocupação do Portugal Restaurado em dotar a zona mais meridional do seu território continental de estruturas de defesa.
É certo que muito antes de 1640 aqui existiu uma fortificação, de que, até ao momento, nenhum elemento foi encontrado. Também se desconhece a data de construção desse primitivo reduto: um castelo medieval, para alguns; uma fortaleza edificada em 1575, para outros (DGEMN on-line, 1991); ou uma torre circular, datada de 1624, ainda para um terceiro grupo de autores (COUTINHO, 1997, p.135). Estas duas últimas perspectivas podem ser encaradas em complementariedade, uma vez que situam a primeira fortificação da Ponta da Calheta no período filipino (ou muito próximo dele). Neste sentido, será lícito equacionar uma acção da monarquia espanhola, à semelhança do que aconteceu em numerosos locais da costa algarvia, que por essa altura foram fortificados, para fazer frente às grandes armadas dos países europeus do Norte que (quase invariavelmente) passavam pela costa portuguesa.
A fortaleza que hoje podemos observar, contudo, nada tem de filipino. Ela é o produto do vastíssimo processo de militarização e de fortificação do país, na sequência da Restauração da Independência (1640) e das Guerras então protagonizadas pelos dois reinos peninsulares. Ao contrário da pequena torre de vigia, que se pensa aqui ter existido até essa altura, o projecto joanino promoveu a construção de uma fortaleza de raiz, de características muito particulares e em voga à altura. Com efeito, a opção pela planta poligonal, de quatro baluartes angulosos definindo um quadrilátero irregular que se aproxima da forma estrelada, é um modelo aplicado a numerosas outras fortificações, e é o resultado da aplicação de mecanismos conceptuais e eruditos, ensaiados em grandes complexos defensivos, a fortalezas secundárias. O facto de as obras se terem prolongado até, pelo menos, 1670, é um indicador da importância desta fortaleza e do cuidado com que foi edificada, ocupando uma área de cerca de 200 m2.
Infelizmente, o estado em que hoje se apresenta a quem a visite não revela a grandeza do projecto seiscentista. Os panos de muralha, que inicialmente possuíam 5 metros de altura, foram parcialmente submergidos pelas areias da praia, e uma parte importante deles já desapareceu, restando apenas a secção voltada ao mar. Por outro lado, o interior do recinto foi ocupado por um edifício, de dois pisos e de arquitectura eclética (que conjuga a preocupação cenográfica das amplas fachadas, com um certo carácter fortificado, evocador do local onde se encontra implantado, pela existência de dois torreões nos extremos e de ameias a toda a volta do conjunto), onde funciona, presentemente, um restaurante. Décadas de construções e de remodelações no interior da fortaleza determinaram a supressão da organização dos espaços, que, por uma planta de 1821, incorporava dois grandes pavilhões (COUTINHO, coord., 2001, p.113). Outro tanto tempo de dinâmica construtiva nas imediações determinou a radical alteração da envolvência, com particular impacto para os próprios muros. A fortaleza, todavia, lá se encontra, testemunhando a preocupação das autoridades em defender a cidade de Lagos, nos tempos de corsários, piratas, armadas islâmicas e vizinhança pouco amistosa do lado espanhol.
PAF
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens3
Nº de Bibliografias7

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Roteiro dos Monumentos Militares PortuguesesALMEIDA, João deEdição1948Lisboa
A história da minha terra, Nossa Senhora da LuzGUERREIRO, Catarina GlóriaEdição1991Lagos
Dinâmica defensiva da costa do Algarve. Do período islâmico ao século XVIIICOUTINHO, ValdemarEdição2001Portimão
Castelos, fortalezas e torres da região do AlgarveCOUTINHO, ValdemarEdição1997Faro
Algarve - Castelos, Cercas e FortalezasMAGALHÃES, NatérciaEdição2008Faro
Corografia ou memoria economica, estadistica, e topografica do reino do AlgarveLOPES, João Baptista da SilvaEdição1841Lisboa
História das fortificações marítimas da Praça de Guerra de LagosCALLIXTO, Carlos PereiraEdição1992Lagos

IMAGENS

Castelo da Senhora da Luz - Vista geral

Castelo da Senhora da Luz - Fachada sul

Castelo da Senhora da Luz - Vista parcial

MAPA

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