Palácio da Cerca | |||||||||||||||||
Designação | |||||||||||||||||
Designação | Palácio da Cerca | ||||||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Casa da Cerca / Palácio da Cerca (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Civil / Palácio | ||||||||||||||||
Tipologia | Palácio | ||||||||||||||||
Categoria | Arquitectura Civil | ||||||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||||||
Localização | |||||||||||||||||
Divisão Administrativa | Setúbal/Almada/Almada, Cova da Piedade, Pragal e Cacilhas | ||||||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Setúbal | ||||||||||||||||
Concelho | Almada | ||||||||||||||||
Freguesia | Almada, Cova da Piedade, Pragal e Cacilhas | ||||||||||||||||
Proteção | |||||||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 2/96, DR, I Série-B, n.º 56, de 6-03-1996 (ver Decreto) Edital N.º 7/93 de 1-03-1993 da CM de Almada Despacho de concordância de 18-12-1990, do Secretário de Estado da Cultura Despacho de concordância de 26-11-1990 do presidente do IPPC Parecer de 8-11-1990 do Conselho Consultivo do IPPC a propor a classificação do Palácio da Cerca como IIP Proposta de 3-08-1990 do IPPC para a classificação do Palácio da Cerca como VC e para a não classificação da zona envolvente Em 12-03-1990 o CAA enviou nova documentação sobre om assunto Nova proposta de 20-05-1986 do CAA Em 10-04-1986 foi solicitado Ao CAA que reformulasse a proposta para o conjunto em vias de classificação Em 9.04-1986 foi dado conhecimento à CM de Almada de que se encontrava em vias de classificação o Palácio da Cerca, e sua zona envolvente (Rua da Cerca, Pátio do Prior do Crato, Largo da Boca do Vento, Ruas Latino Coelho e Bolhão Pato e Largo das Vítimas de 26 de Agosto) Proposta de 21-05-1984 do CAA para a classificação de um núcleo habitacional na Rua da Cerca | ||||||||||||||||
ZEP | Portaria n.º 48/2014, DR, 2.ª série, n.º 14, de 21-01-2014 (sem restrições) (ver Portaria) Relatório final do procedimento aprovado por despacho de 26-02-2013 da diretora-geral da DGPC Em 14-01-2013 a DGPC informou a CM de Almada de que as intervenções de requalificação que mantivessem a cor das fachadas e os materiais das caixilharias não necessitariam de parecer prévia da mesma Em 10-12-2012 a CM de Almada manifestou a sua preocupação relativamente ao aumento dos mecanismos de controlo e consequente incremento de encargos financeiros, administrativos e temporais que poderiam resultar na inevitável maior dificuldade em reabilitar o património edificado, propósito último da criação da ZEP proposta Anúncio n.º 13644/2012, DR, 2.ª série, n.º 211, de 31-10-2012 (ver Anúncio) Despacho de concordância de 30-05-2012 do diretor-geral da DGPC Parecer favorável de 9-05-2012 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura Proposta de 8-02-2012 da DRC de Lisboa e Vale doTejo para a ZEP do Palácio da Cerca Parecer favorável de 19-03-2007 do Conselho Consultivo do IPPAR Proposta de 2-12-2005 da DR de Lisboa, alterando a ZEP do Palácio da Cerca para ZEP conjunta do Palácio da Cerca e da Estação Arqueológica da Quinta de Almaraz Despacho de homologação de 29-11-1996 do Ministro da Cultura Proposta de 4-11-1996 da DR de Lisboa Parecer favorável de 19-03-1992 do Conselho Consultivo do IPPC Proposta de 11-12-1991 do IPPC Despacho de concordância de 18-12-1990, do Secretário de Estado da Cultura Despacho de concordância de 26-11-1990 do presidente do IPPC Parecer de 8-11-1990 do Conselho Consultivo do IPPC a propor que fosse estabelecida uma ZEP para o Palácio da Cerca | ||||||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||||||
AFECTACAO | 181502 | ||||||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | O antigo Palácio da Cerca foi adquirido, em 1988, pela Câmara Municipal de Almada, e objecto de uma ampla remodelação entre os aos de 1991 e 1993, transformando-se na Casa da Cerca - Centro de Arte Contemporânea; uma instituição que, desde então, tem sido responsável pela organização de múltiplas exposições de artes plásticas e de uma série de eventos variados. Dispõe, para tal, de um Centro de Documentação e Informação, da Galeria do Pátio, do Parque de Escultura e do Jardim Botânico - O Chão das Artes -, beneficiando, ainda, de uma importante colecção de desenhos de artistas portugueses contemporâneos. A origem deste espaço, que desfruta de uma situação geográfica privilegiada, dotada de uma das mais marcantes perspectivas da cidade de Lisboa e do rio Tejo é, no entanto, bem mais remota. Não se conhecem muitos dados relativos aos primórdios ou formação da propriedade. Das três possibilidades habitualmente mais difundidas - terrenos doados aos dominicanos, hospício da mesma Ordem, ou casa real -, ganha especial importância a primeira, por ser considerada a mais plausível e pelo facto destes religiosos possuírem várias outras propriedades nos arredores (ESTEVES, 1993, p. 21). Até ao final do século XIX não subsistem muitas referências documentais à Quinta. Resta apenas o próprio edifício, cuja análise permite perceber uma série de campanhas de obras de datação aproximada. É certo que, no século XVII, existiam edifícios no local, pois estes são perceptíveis numa gravura de Almada (IDEM). Poderão, eventualmente, corresponder à área central do actual palácio, considerado o núcleo mais antigo, seiscentista, e onde as diferenças estruturais ao nível dos panos murários deixam adivinhar acrescentos e modificações. Naturalmente, esta construção ficou fortemente danificada em consequência do Terramoto de 1755, tendo sido reedificada em época posterior. O edifício que hoje conhecemos obedece a uma estrutura comum à arquitectura civil portuguesa barroca, com planta em U e alçados bem ritmados através de uma sucessão de vãos, revelando, os da casa da Cerca, grande depuração (AZEVEDO, 1979). Os corpos laterais são unidos por um passadiço que fecha o pátio interno, e define uma fachada, com certeza, mais recente, pois denota um gosto romântico e revivalista, bem presente nas janelas neogóticas, com vitrais coloridos, que flanqueiam o portão. Por cima, o local de passagem é delimitado por grades de ferro. Nos alçados do pátio, duas escadas laterais, convergentes, permitem o acesso ao andar nobre, prolongando-se, os balaustres das escadarias, na varanda, aberta no corpo central. Esta, sobrepõe-se à arcaria tripla do piso térreo. Se, de um modo geral, observamos uma continuidade e manutenção da sobriedade seiscentista, a composição do corpo central é muito cenográfica, tirando partido do desenvolvimento da escadaria e da abertura dos vãos, num efeito monumentalizante, tão ao gosto barroco. A meio da ala direita insere-se a capela, com uma janela tapada pelo retábulo, o que sugere uma adaptação deste espaço ao culto católico ou, em alternativa, a manutenção do ritmo do alçado (ESTEVES, 1993, p. 23). O retábulo, de talha dourada, apresenta uma estrutura simplificada. As paredes são revestidas por painéis de azulejos, atribuídos ao Mestre P.M.P., e datáveis de 1717-25, representando, os da direita, a Anunciação e a Visitação, e os da esquerda a Adoração dos Pastores e dos Magos. Num espaço com as características da Quinta da Cerca, os jardins revestiam-se, naturalmente, de importância acrescida, pois a sua localização permitia aproveitar as inúmeras possibilidades cenográficas oferecidas. É nesse contexto que se deverá entender a existência de um pavilhão, de janelas ogivais, com entrada própria (datada de 1781) que forma um corredor sobre a falésia. No restante espaço, profusamente arborizado, encontra-se um conjunto de mobiliário urbano setecentista que convidava à fruição destes locais. (Rosário Carvalho) | ||||||||||||||||
Processo | |||||||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||||||
Nº de Imagens | 6 | ||||||||||||||||
Nº de Bibliografias | 3 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Azulejaria em Portugal no século XVIII | SIMÕES, J. M. dos Santos | Edição | 1979 | Lisboa | |
Solares Portugueses | AZEVEDO, Carlos de | Edição | 1988 | Lisboa | |
"A Quinta da Cerca - Almada", Actas das Jornadas de Estudos sobre o Concelho de Almada, pp. 21-24 | ESTEVES, Teresa Arminda Ferreira | Edição | 1993 | Almada |
Palácio da Cerca - Planta com a delimitação e a ZP que esteve m vigor até ser fixada a ZEP
Palácio da Cerca - Planta com a delimitação e o primeiro esboço de ZEP proposto (já substituído)
Palácio da Cerca - Planta com a delimitação e a ZEP em vigor
Palácio da Cerca - Enquadramento geral de nascente
Palácio da Cerca - Planta com a delimitação e a ZEP proposta pela DRCLVT
Palácio da Cerca - Enquadramento geral