Nota Histórico-Artistica | A povoação de Aveloso foi pertença de Penedono, e terá sido doada ao Bispo de Lamego, D. Paio, por D. Afonso II, no início do século XIII. Aí se desenvolveu uma povoação onde os Bispos de Lamego tinham uma residência de veraneio. Recebeu carta de foral outorgada por D. Manuel em 1514, passando então a sede de concelho, extinto em 1832 ou 1836, e a partir de 1842 integrado no concelho da Meda. O pelourinho foi seguramente erguido na sequência da atribuição do foral manuelino, estando hoje restaurado. Sobre um soco de quatro degraus quadrangulares, o térreo quase totalmente enterrado no solo, levanta-se o conjunto da coluna e remate, em granito. A coluna tem fuste oitavado, com base quadrada talhada no mesmo bloco, directamente assente nos degraus. Não existe capitel, a menos que se considere ser este formado pela base da gaiola que constitui o remate. Esta tem a forma de cesto oitavado, ou pirâmide truncada e invertida, com uma moldura ligeiramente saliente na ligação com o fuste, e faces decoradas com diversos motivos geometrizantes. O chapéu da gaiola é composto por uma pirâmide oitavada de faces lisas, assente sobre oito ferros que irrompem da base, e sobre um colunelo central. Os ferros substituem tantos outros colunelos originais, que estariam adossados aos vértices (ou às faces) da base da gaiola. A pirâmide de remate é encimada por uma pequena pinha estriada na metade inferior. O pelourinho foi restaurado pela Junta de Freguesia de Aveloso em 1967, não sendo fácil identificar a extensão desta intervenção. Vários pelourinhos idênticos subsistem na região, como os de Carapito, Algodres, Almendra, Castelo Mendo, Castelo Rodrigo, Moreira de Rei, Muxagata, Trancoso, Marialva (este mais singelo), Alverca da Beira e Cedovim (estes também restaurados), entre outros. SML |